Orientador: Jorge Sidney Coli Junior

Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas

Resumo: Entre as décadas de 1950 e 1960, São Paulo conheceu um grande crescimento vertical, impulsionado pelo aquecimento do mercado imobiliário, e pela prosperidade econômica do período. Inserido no impulso de modernização criado pelo governo desenvolvimentista de Juscelino Kubitschek, está um...

Resumo: Entre as décadas de 1950 e 1960, São Paulo conheceu um grande crescimento vertical, impulsionado pelo aquecimento do mercado imobiliário, e pela prosperidade econômica do período. Inserido no impulso de modernização criado pelo governo desenvolvimentista de Juscelino Kubitschek, está um notável número de edifícios que expressam certa ideia de modernidade. São obras que estabelecem parceria entre arquitetos e artistas plásticos. Esses últimos criaram diversos murais feitos em pastilha de vidro, cerâmica, afrescos e azulejos. A execução dessas obras mobilizou o trabalho em conjunto de nomes como Oscar Niemeyer, Cândido Portinari, Clóvis Graciano, Fulvio Pennacchi, Vilanova Artigas, Rino Levi, Roberto Burle Marx, Antônio Maluf, Bramante Buffoni, entre outros. Os temas abordados nessas obras variam entre motes alusivos à identidade e à memória paulista: bandeirantes, o trabalho e a indústria, mas podem também escolher formas abstratas, expressando um debate entre figurativismo e abstração, recorrente na época. Inseridos no contexto do modernismo paulista, estas obras permitem a reflexão acerca de um programa estético vinculado à ideia de harmonização e convergência das artes, remetendo-se à estetização do cotidiano e ao conceito de arte total, noções pensadas desde o século XIX, e revisitadas nas décadas iniciais século XX, por vezes com forte conotação política. Estabelece-se ainda como característica fundamental para a compreensão destas produções, a veiculação de uma educação e atualização do gosto, exprimindo convicções estéticas de diversos grupos de artistas e arquitetos

Abstract: Between the 1950s and 1960s, São Paulo experienced a great vertical growth, driven by the warming of the real estate market, and by the economic prosperity of the period. Inserted in the momentum of modernization created by the developmentalist government of Juscelino Kubitschek, is a...

Abstract: Between the 1950s and 1960s, São Paulo experienced a great vertical growth, driven by the warming of the real estate market, and by the economic prosperity of the period. Inserted in the momentum of modernization created by the developmentalist government of Juscelino Kubitschek, is a remarkable number of buildings that express a certain idea of modernity. They are works that establish a partnership between architects and artists. These last ones created diverse murals made in glass tablets, ceramic, frescoes and tiles. The execution of these works mobilized the work together of Oscar Niemeyer, Cândido Portinari, Clóvis Graciano, Fulvio Pennacchi, Vilanova Artigas, Rino Levi, Roberto Burle Marx, Antônio Maluf, Bramante Buffoni, among others. The themes covered in these works vary between motes alluding to the identity and memory of São Paulo: bandeirantes, work and industry, but they can also choose abstract forms, expressing a debate between figurativism and abstraction, recurrent at the time. Inserted in the context of São Paulo's modernism, these works allow the reflection on an aesthetic program linked to the idea of harmonization and convergence of the arts, referring to the aestheticization of everyday life and the concept of total art, notions thought since the nineteenth century, and revisited In the early decades of the 20th century, sometimes with a strong political connotation. It is also established as a fundamental characteristic for the understanding of these productions, the transmission of an education and updating of the taste, expressing aesthetic convictions of diverse groups of artists and architects

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