Resumo: Pensar encontros para mobilizar pensamentos e fazer brotar outra(s) África(s) é a proposta desta pesquisa em educação que se dispõe a provocar nos leitores reflexões sobre imagens do continente africano. Reflexões que tiveram início em conversas que aconteceram em oficinas realizadas com professores de Geografia, convidados a pensar o continente africano com imagens cartográficas, fotográficas e videográficas produzidas por artistas africanos contemporâneos. Nas oficinas e nesta pesquisa o que importa não é o acúmulo ¿ de informações e conhecimentos ¿ e sim as potências ¿ das criações e pensamentos, os acontecimentos que ali e aqui tem lugar e que possibilitam a proliferação de pensamentos e de experimentações curriculares que derivaram dos encontros e conversas, permitindo que se pensasse o currículo com imagens como possibilidade de resistência, currículo-resistência, no território da educação que é predominantemente da escrita. A materialização das linhas de fuga, reterritorialização dos pensamentos em imagens pelos professores, e a proliferação de criações realizadas pelos alunos destes professores, mostram a mobilização provocada ao longo dos encontros, permitindo que os professores-participantes manifestassem muitos dos clichês de África presentes na cultura escolar brasileira, e também se encharcassem e resistissem a esses clichês, possibilitando encontros com outra(s) África(s) que não foram permanentes, que por ali passaram, demoraram e foram embora, de maneira singular e individual permitindo que a multiplicidade se fizesse presentes e em constante devir Ver menos

Abstract: Thinking meetings to mobilize thoughts and bring forth other Africas was the purpose of this research in education. We were willing to provoke on the readers reflections concerning images of the African continent. These reflections started in conversations that occurred in workshops with Geography teachers, invited to think the African continent with cartographic, photographic and video images produced by contemporary African artists. What mattered in those workshops - and also for this research - was not the accumulation (of information and knowledge), but the powers of creations and thoughts, the events that take place here and there, and that enable the proliferation of curricular experiences and thoughts which stemmed from meetings and conversations, allowing everyone thought the curriculum from images as a resistance possibility (resistance-curriculum) within the education, which is predominantly the territory of writing and not the images. Realising the vanishing point, the reterritorialization of thoughts into images by the teachers and the proliferation of creations made by the students of these teachers show the mobilization triggered throughout the sessions, allowing teachers-participants manifest many of the clichés of Africa present in Brazilian school culture and also penetrate and resisted these clichés, allowing encounters with other Africas, Africas those who were not permanent, they spent in their classrooms and for our meetings, took the necessary and went away in a unique and individual way, allowing that multiplicity is made gifts and constant becoming Ver menos