Orientador: Felippe Bevilacqua Prado

Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Odontologia de Piracicaba

Resumo: Armas de fogo podem causar feridas fatais e serem identificadas pelos vestígios deixados no corpo ou em torno deste. Entretanto, há casos em que nem projétil e nem arma do delito estão dispostos no local de crime. Estudos balísticos envolvendo modelos de elementos finitos podem reproduzir...

Resumo: Armas de fogo podem causar feridas fatais e serem identificadas pelos vestígios deixados no corpo ou em torno deste. Entretanto, há casos em que nem projétil e nem arma do delito estão dispostos no local de crime. Estudos balísticos envolvendo modelos de elementos finitos podem reproduzir condições biomecânicas computacionais, sem ferir princípios bioéticos, pois não ocorrem testes diretos em animais ou em seres humanos. O objetivo deste estudo é comparar as morfologias de orifícios de entrada causados por projéteis calibre .40 Smith & Wesson (S&W), calibre .380 e calibre 9x19 mm Luger. Um projétil .40 S&W encamisado total, um projétil .380 encamisado total e um projétil 9x19 mm Luger encamisado total foram computacionalmente disparados contra região de glabela do modelo de elementos finitos, à distância de 10 cm, com incidência perpendicular ao ponto do alvo. Os resultados apresentam diferentes morfologias nos orifícios de entrada produzidos pelos três projéteis, utilizando-se o mesmo modelo de crânio e na mesma distância de tiro. Os resultados e as características dos orifícios de entrada foram discutidos. Modelos de elementos finitos permitem pesquisas balísticas computacionais praticáveis, que podem ser úteis para peritos forenses quando da comparação e análise de dados relacionados a feridas por arma de fogo na região frontal do crânio

Abstract: Firearms can cause fatal wounds, which can be identified by traces on or around the body. However, there are cases where neither the bullet nor gun is found at the crime scene. Ballistic research involving finite element models can reproduce computational biomechanical conditions, without...

Abstract: Firearms can cause fatal wounds, which can be identified by traces on or around the body. However, there are cases where neither the bullet nor gun is found at the crime scene. Ballistic research involving finite element models can reproduce computational biomechanical conditions, without compromising bioethics, as they involve no direct tests on animals or humans. This study aims to compare the morphologies of gunshot entrance holes caused by .40-caliber Smith & Wesson (S&W), .380-caliber, and 9x19-mm Luger bullets. A fully metal-jacketed .40 S&W projectile, a fully metal-jacketed .380 projectile, and a fully metal-jacketed 9x19-mm Luger projectile were computationally fired at the glabellar region of the finite element model from a distance of 10 cm, at perpendicular incidence. The results show different morphologies in the entrance holes produced by the three bullets, using the same skull at the same shot distance. The results and traits of the entrance holes are discussed. Finite element models allow feasible computational ballistic research, which may be useful to forensic experts when comparing and analyzing data related to gunshot wounds in the forehead