Crianças "difíceis" [recurso eletrônico] : conhecendo e intervindo
Jaqueline Pereira Lattaro
TCC
TCC/UNICAMP L355c
Campinas, SP : [s.n.], 2013.
1 recurso online (66 p.) : il., digital, arquivo PDF.
Orientador: Telma Pileggi Vinha.
Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação
Resumo: Inúmeros estudos têm demonstrado a dificuldade de os professores lidarem com classes ou alunos considerados indisciplinados, que não se sujeitam às regras estipuladas pelos educadores, conversam fora de hora e procuram chamar a atenção para si com atitudes agressivas, provocativas, hostis,...
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Resumo: Inúmeros estudos têm demonstrado a dificuldade de os professores lidarem com classes ou alunos considerados indisciplinados, que não se sujeitam às regras estipuladas pelos educadores, conversam fora de hora e procuram chamar a atenção para si com atitudes agressivas, provocativas, hostis, impulsivas e desrespeitosas. São os chamados "alunos difíceis". Tais crianças apresentam dificuldades tanto nas interações sociais e nos conflitos interpessoais, quanto com relação à disciplina e aos limites. Conhecer um pouco mais sobre as características desse aluno, bem como a relação da escola com essa criança e, ainda, propor intervenções que possam contribuir para que ela supere as dificuldades que enfrenta foram os objetivos do presente trabalho. Para tanto, foi realizada uma pesquisa bibliográfica investigando tais questões, principalmente na literatura construtivista e nos estudos da psicologia moral. De acordo com a literatura disponível na área, muitas dessas crianças possuem dificuldades para identificar perspectivas, sentimentos e intenções do outro. Ainda não conseguem refletir simultaneamente sobre as ações e sentimentos que ocorrem dentro de cada envolvido, nem coordená-los. Também demonstram dificuldades para se autorregularem quando frustradas, contrariadas ou irritadas. Em vista disso, em situações de conflitos, empregam, na maior parte das vezes, estratégias momentâneas, impulsivas e irrefletidas, tais como a intervenção física direta (bater, chorar, empurrar, gritar etc.) ou a imposição de sua vontade ("Me dá isso agora!"). Ao usar tais estratégias parecem não considerar ou refletir sobre os efeitos psicológicos (motivos, tristeza, raiva) gerados nos envolvidos. Crianças assim costumam abusar de seu poder na tentativa de fazer com que o outro modifique seu comportamento de forma a atender aos seus desejos ou fazer o que consideram justo. Isso faz com que as interações sociais, principalmente entre os 10 pares, se tornem deficitárias, dificultando ainda mais o desenvolvimento da autorregulação. Ao lidar com essas crianças, muitos pais e professores se sentem inseguros, frustrados e cansados, pois, não raro, apesar de suas intervenções, elas apresentam poucas mudanças de comportamento e os episódios impulsivos permanecem frequentes. Em vista disso, buscam identificar as causas do problema por meio de "maratonas" a médicos, psicólogos e outros profissionais, na esperança de encontrar estratégias que os ajudem a educá-las. Geralmente, acabam adotando atitudes de contenção, com o uso de punições, ameaças, censuras ou prêmios. Inúmeras pesquisas apresentam intervenções e procedimentos mais eficazes no sentido de favorecer o desenvolvimento do processo de coordenação de perspectivas e do emprego de estratégias mais cooperativas, assim como do mecanismo de autorregulagem da criança. É necessário investir na formação do profissional da educação para fazê-lo compreender melhor as características do aluno "difícil" e oferecer a ele condições de promover situações que auxiliem no seu desenvolvimento e na interação social. Cabe à escola preparar-se para ajudar a família a se relacionar com essas crianças, através de um trabalho efetivo de parceria
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