O papel pró-cíclico das agências de Rating
TCC
TCC/UNICAMP Si38p
Campinas, SP : [s.n.], 2013.
50 p.
Orientador: Maryse Farhi
Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Economia
Resumo: As agências de classificação de risco de crédito, conhecidas como agências de rating, tiveram papel relevante em diversas crises recentes, principalmente a partir da crise asiática na segunda metade da década de 1990. Sua atuação foi alvo de severas críticas tanto por não darem sinais para o...
Resumo: As agências de classificação de risco de crédito, conhecidas como agências de rating, tiveram papel relevante em diversas crises recentes, principalmente a partir da crise asiática na segunda metade da década de 1990. Sua atuação foi alvo de severas críticas tanto por não darem sinais para o mercado de que ocorreria a crise financeira nos Estados Unidos a partir de 2008 quanto por sua orientação conservadora após sua deflagração, principalmente em relação aos países do sul da União Europeia. Esse trabalho buscará compreender por que a atuação das agências de rating possui um caráter pró-cíclico. Para isso, irá apresentar as origens histórias dessas empresas e dos marcos regulatórios que estão ligadas, um detalhamento da atuação delas em crises contemporâneas e diversos pontos de vista sobre os pontos problemáticos de sua atuação. Concluirá que esse caráter pró-cíclico vem da ineficácia em realizar a classificação de risco com informações que não estejam disponíveis ao público previamente, o que é amplificado pela organização do mercado de ratings em forma de oligopólio, com vários conflitos de interesses, e sua relação com os Acordos de Basileia e estatutos de investidores institucionais
Abstract: The credit rating agencies have had an important role in several recent crises, mainly since the Asian crisis in the second half of the 1990s. Their performance were widely criticized for both not giving signals to the market that the financial crisis would occur in the United States since...
Abstract: The credit rating agencies have had an important role in several recent crises, mainly since the Asian crisis in the second half of the 1990s. Their performance were widely criticized for both not giving signals to the market that the financial crisis would occur in the United States since 2008 and for their conservative bias after its outbreak, especially in relation to the southern countries of the European Union. This paper aims to understand why the role of the rating agencies has a pro-cyclical character. With this objective, it will present the origins of these companies, the regulatory frameworks to which they are linked, a breakdown of their performances in contemporary crises and different points of view on this question. It concludes that this pro-cyclical character comes from inefficiency in assessing risk with information not previously available to the public, which is amplified by the organization of the market in the form of ratings oligopoly with numerous conflicts of interest, and their relationship with the Basel Accords and statutes of institutional investors