Orientador: Iara Lis Franco Schiavinatto

Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas

Resumo: Nas trilhas da história intelectual e a história cultural do livro e o jornal, este trabalho se propõe entender o lugar histórico da cultura independente da imprensa e a opinião pública na configuração da ordem simbólica da República da Colômbia durante a década de 1820. Nesse horizonte,...

Resumo: Nas trilhas da história intelectual e a história cultural do livro e o jornal, este trabalho se propõe entender o lugar histórico da cultura independente da imprensa e a opinião pública na configuração da ordem simbólica da República da Colômbia durante a década de 1820. Nesse horizonte, leva-se a cabo uma análise de três tipos diferenciados de materialidade impressa reveladores da linguagem política da época: o mapa, o livro e o impresso público, tentando compreender as articulações que guarda cada um desses objetos com relação tanto à busca de legitimidade do novo regímen político, quanto aos cenários das lutas políticas pela fixação do sentido, no contexto de quebra dos alicerces de verdade do Antigo Regime. Os mapas oficiais de 1822 e 1827, elaborados por Francisco Antonio Zea (1766-1822) y José Manuel Restrepo (1781-1863), e o compendio de historia publicado em onze tomos por este último em 1827, permitem uma aproximação aos sistemas históricos e geográficos de representação do projeto republicano centro-andino dos anos vente, a partir dos quais o Estado colombiano pretenderia fixar a imaginação política dos novos cidadãos. Por sua parte, no marco da emergência de uma cultura política que reconhece nas prensas o principal ressorte dos regímenes populares representativos, o impresso público providencia uma leitura enriquecida da natureza conflitiva do período

Abstract: The proposal of this paper is to understand the historical place of the independent culture of printing and public opinion, within the routes of intelectual history and the cultural history of book and newspaper, as part of the configuration of the symbolic order of the Republic of...

Abstract: The proposal of this paper is to understand the historical place of the independent culture of printing and public opinion, within the routes of intelectual history and the cultural history of book and newspaper, as part of the configuration of the symbolic order of the Republic of Colombia during the decade of 1820. Along that horizon, an analysis of three kinds of printed material is achieved, which reveal the political languages of the epoch: maps, books and the public printed papers, trying to understand the articulations that each one of these objects keeps, in relation, not only with the search of the legitimacy of the new political regime, but also with the political struggles scenes for the establishment of sense, within the context of the rupture of the foundations of the truth of the Ancient Regime. The official maps of 1822 and 1827, made by Francisco Antonio Zea (1766-1822) and José Manuel Restrepo (1781-1863), as well as the eleven volumes' history compendium published by himself in 1827, enable an approximation to the historical and geographical systems of representation of the central - andinian republican project of nation of the twenties, from which the Colombian State tried to fix the political imagination of the new citizens. For its part, within the frame of the emergence of a political culture that recognizes in printings the principal means of the representative popular regimes, the public printings provide an enriched reading of the unsettled nature of this period