Impacto da atividade fisica na qualidade de vida em pacientes com epilepsia
TCC
Português
TCC/UNICAMP V888i
Campinas, SP : [s.n.], 2011.
42 p.
Orientador: Clarissa Lin Yasuda
Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação Física
Resumo: A epilepsia é uma doença crônica que influencia negativamente na qualidade de vida (QV). Existem evidências científicas abundantes que mostram a contribuição da atividade física (AF) para a qualidade de vida de diferentes indivíduos e populações. No entanto, há controvérsias em estudos que...
Resumo: A epilepsia é uma doença crônica que influencia negativamente na qualidade de vida (QV). Existem evidências científicas abundantes que mostram a contribuição da atividade física (AF) para a qualidade de vida de diferentes indivíduos e populações. No entanto, há controvérsias em estudos que relacionam AF e epilepsia, muitas pessoas ainda acreditam que o exercício físico pode desencadear crises epiléticas. Assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar se pessoas com epilepsia que apresentam uma vida ativa e que praticam AF em seu cotidiano, possuem uma melhor QV, em relação a pessoas inativas com epilepsia. Metodologia: aplicamos questionário de nível de AF, (IPAQ) e de QV, QOLIE-31 a 23 indivíduos com epilepsia de lobo temporal mesial e dividimos os entrevistados em grupo A, ativo e grupo C, inativo. Utilizamos o software SYSTAT9¿ com teste de Mann-Whitney U para analisar diferenças de variáveis contínuas entre grupos e teste exato de Fisher para analisar distribuição de freqüências. Realizamos correlações de Pearson entre variáveis contínuas. O nível de significância adotado foi de p<0,05. Resultados: Encontramos diferença significativa entre as médias do QOLIE para os níveis de AF, o grupo A apresentou maior QOLIE em relação ao grupo C. Identificamos correlação positiva do valor do QOLIE com a frequência de atividade fisica moderada (semanal) e com a intensidade do medo de ter crises .Identificamos uma correlação negativa entre o QOLIE e a idade dos pacientes. Conclusão: a partir dos nossos resultados e de outras evidências da literatura concluímos que pessoas com epilepsia que apresentam uma vida ativa, ao contrário do que ainda muitos acreditam, apresentam melhor qualidade de vida. Desta forma acreditamos que além dos benefícios físicos e emocionais que a AF proporciona para qualquer grupo de pessoas, programas de AF planejado podem constituir uma forma alternativa de melhorar a qualidade de vida de indivíduos com epilepsia
Abstract: Epilepsy is a chronic disease that negatively influences the quality of life (QOL). There is scientific evidence showing the contribution of physical activity (PA) for the quality of life of different individuals and populations, however there is controversy in studies relating AF and...
Abstract: Epilepsy is a chronic disease that negatively influences the quality of life (QOL). There is scientific evidence showing the contribution of physical activity (PA) for the quality of life of different individuals and populations, however there is controversy in studies relating AF and epilepsy; many people still believe that physical exercise can trigger seizures. Therefore, this study aimed to evaluate whether individuals with epilepsy who have an active life with daily AF, have a better QOL, compared to inactive people with epilepsy. Methodology: we evaluated 23 patients with mesial temporal lobe epilepsy with 2 questionnaires, one for physical activity (IPAQ) and another for quality of life (QOLIE-31). Patients were divided in group A (active patients) and group C (non-active patients). We used the software SYSTAT9¿ with Mann-Whitney U for continuous variables Fisher exact test to compare frequency distribution. We also performed Pearson correlation between some continuous variables. We used p<0,05 as significant threshold.
Results: We identified significant differences between groups A and C, as the active group presented higher levels of quality of life. We also observed positive correlation between QOLIE and the frequency of moderate physical activity (weekly) as well as with the fear of seizure occurrence. Besides, a significant negative correlation was identified between QOLIE and age of patients. Conclusion: Based in our results and the evidences from previous studies we conclude that individuals with epilepsy who present an active life present better quality of life, despite the fact that many people still believe in the contrary. In this sense, we also believe that benefits from physical activity for individuals with epilepsy go beyond the ordinary physical and emotional effects and that planned, regular PA plans may act as an alternative to improve their general quality of life