Rochas hospedeiras e alteração hidrotermal associadas às mineralizações auríferas dos corpos Turmalina e Santinoco, mina de ouro de Turmalina, Pitangui (MG)
TCC
Português
TCC/UNICAMP OL41r
Campinas, SP : [s.n.], 2012.
35 f. : il.
Orientador: Roberto Perez Xavier
Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociências
Resumo: A Mina de Ouro de Turmalina, localizada em Pitangui (MG), compreende os corpos de minério de Turmalina e Satinoco, que fazem parte de um lineamento de quatro jazidas auríferas oblíquo à sequência estratigráfica da região e paralelo a uma zona de cisalhamento cuja formação foi responsável...
Resumo: A Mina de Ouro de Turmalina, localizada em Pitangui (MG), compreende os corpos de minério de Turmalina e Satinoco, que fazem parte de um lineamento de quatro jazidas auríferas oblíquo à sequência estratigráfica da região e paralelo a uma zona de cisalhamento cuja formação foi responsável pela circulação do fluido hidrotermal mineralizante. No conjunto de depósitos auríferos do Quadrilátero Ferrífero, os da Mina de Ouro de Turmalina estão entre os que ainda carecem de estudos de maior detalhe. Os depósitos estão hospedados no Grupo Pitangui, uma sequência vulcano-sedimentar arqueana correlacionável ao Grupo Nova Lima. No corpo Turmalina, a mineralização aurífera é hospedada em um nível de granada-clorita/biotita xisto; em Satinoco, a mineralização ocorre tanto em um nível de anfibólio-clorita xisto quanto em formação ferrífera bandada. A composição mais sódica do plagioclásio em Turmalina coloca o biotita xisto na fácies epidoto-anfibolito (transição de xisto-verde para anfibolito), enquanto que a quase ausência de epidoto em Satinoco coloca o anfibólio xisto na fácies anfibolito. Há evidências de que a mineralização ocorreu pós-metamorfismo regional, em condições de P e T menores que as do pico metamórfico. A partir dessas evidências foi possível estabelecer uma sequência de formação das paragêneses, determinando o tempo de ocorrência da mineralização em relação ao metamorfismo.
Abstracts: Host rocks and hydrothermal alteration associated with auriferous mineralization of Turmalina and Satinoco ore bodies, Turmalina Gold Mine, Pitangui (MG). The Ouro de Turmalina Mine, located at Pitangui, comprises the Turmalina and Satinoco ore bodies that belong to a four auriferous lodes lineament oblique to the regional stratigraphic sequence and parallel to a shear zone responsible for the circulation of the mineralizing hydrothermal fluid. Overall Quadrilátero Ferrífero gold deposits, the Turmalina and Satinoco ore bodies are amongst those that still need more detailed studies. The lodes are hosted at the Pitangui Group, an Archaean metavolcano-sedimentary sequence that can be correlated to the Nova Lima Group. At the Turmalina ore body, the gold lode is hosted at a garnet¿chlorite/biotite schist level; at the Satinoco ore body, the gold lode is hosted in both amphibole¿chlorite schist level and banded iron formation. The sodium composition of plagioclase at Turmalina places de biotite schist at epidote-amphibolite facies (transition between greenschist and amphibolite facies), while the near absence of epidote at Satinoco places the amphibole schist at amphibolite facies. There are evidences for post-metamorphism mineralization occurring under conditions of P and T smaller than the conditions of peak metamorphism. From those evidences, it was possible to establish a sequence for the mineral assemblage formation, determining the relative timing of the mineralization in respect to the metamorphism