Estudo da alteração hidrotermala dos depósitos auríferos de Pitangui MG - utilizando espectroscopia de reflectância, sensoriamento remoto multispectral e aerogeofísica
TCC
Português
TCC/UNICAMP Sa59e
Campinas, SP : [s.n.], 2011.
62 f. : il.
Orientador: Alvaro Penteado Crósta
Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociências
Resumo: Foram avaliadas neste estudo técnicas exploratórias para a caracterização da alteração hidrotermal da região dos depósitos auríferos do Projeto Turmalina em Pitangui, Minas Gerais. O trabalho abrangeu análises por espectroscopia de reflectância de amostras de solo e rochas com alteração...
Resumo: Foram avaliadas neste estudo técnicas exploratórias para a caracterização da alteração hidrotermal da região dos depósitos auríferos do Projeto Turmalina em Pitangui, Minas Gerais. O trabalho abrangeu análises por espectroscopia de reflectância de amostras de solo e rochas com alteração hidrotermal, sensoriamento remoto multiespectral e aerogeofísica.
Os dados espectrais obtidos através de reflectância espectral foram utilizados na caracterização mineralógica da alteração hidrotermal, relacionada à formação deste depósito, na avaliação da distribuição espacial e comportamento das assembleias mineralógicas hidrotermais em superfície. Os espectros de reflectância do conjunto de amostras foram analisado qualitativamente nas faixas do espectro eletromagnético (EEM) correspondentes ao visível (Vis), infravermelho próximo (NIR) e infravermemelho de ondas curtas (SWIR). Nestas porções do EEM é possível analizar a composição mineralógica e cristalinidade dos materiais, através dos picos de absorção de energia.
As imagens orbitais multiespectrais do sensor ASTER foram analisadas com o intuito de identificar as assembleias de minerais de alteração hidrotermal, abrangendo a área do depósito e o seu entorno.
Aos dados de gamaespectroscopia foram aplicadas técnicas de processamento com o objetivo de caracterizar o comportamento dos radioelementos nos depósitos da região de Pitangui. Os objetivos de cada método consistem em evidenciar as concentrações anômalas de potássio (Kd) e de potássio e urânio (Fator F), sendo que a concentração de tório é utilizada como parâmetro de normalização. Os dados magnetométricos foram utilizados com o objetivo de mapear estruturas profundas, visto o ambiente colisional em que se encontram os depósitos auríferos estudados.
O conjunto de corpos mineralizados que formam o Projeto Turmalina encontra-se associado a xistos, filitos, formações ferríferas bandadas e tufos do Supergrupo Rio das Velhas, de idade arqueana. Estas rochas se configuram como uma faixa alongada que se estende de sudeste para noroeste.
Os principais minerais encontrados foram biotita, clorita, sericita, muscovita, caulinita, esmectita e óxidos de ferro. O principal óxido de ferro identificado foi a goethita, comum em solos tropicais e que confere cor amarelada às rochas alteradas, típica dos hidrotermalitos, como são chamados os corpos de minério oxidado da região.
A utilização de sensoriamento remoto mostrou-se pouco relevante para a caracterização composicional e espacial do depósito. Contudo, a partir das imagens ASTER foram identificados os principais lineamentos da região, até então não mapeados neste nível de detalhe.
A partir dos dados magnéticos foram mapeadas as estruturas principais e mais profundas. Os dados gamaespectrométricos, por sua vez, revelaram o comportamento anômalo deste depósito em relação aos clássicos depósitos tipo "lode¿, pois apresentam baixas concentrações de potássio e urânio que possivelmente refletem diretamente a composição do fluido hidrotermal.
Abstract: Not Informed