A constituição da escola primária paulista em sua dimensão material [recurso eletrônico] : um estudo sobre os inventários de bens escolares ( 1889-1914)
TCC DIGITAL
Português
TCC/UNICAMP R339c
Campinas, SP : [s.n.], 2012.
1 recurso online (79 p.) : il., digital, arquivo PDF.
Orientador: Heloísa Helena Pimenta Rocha
Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação.
Resumo: Este trabalho tem como objetivo é responder às seguintes questões: o que caracteriza o projeto de reorganização da escola primária paulista, instituído no final do século XIX e início do século XX? Qual o papel reservado à escola no interior desse projeto, que tinha c omo propósito a...
Resumo: Este trabalho tem como objetivo é responder às seguintes questões: o que caracteriza o projeto de reorganização da escola primária paulista, instituído no final do século XIX e início do século XX? Qual o papel reservado à escola no interior desse projeto, que tinha c omo propósito a formação do cidadão republicano? Como se expressou a atuação do Estado no sentido de dotar, do ponto de vista material, a escola primária? Que lugar ocupou nesse novo projeto de educação a produção de livros destinados às crianças e seus mestres? A pesquisa, desenvolvida com bolsa de Iniciação Científica PIBIC CNPq, voltou-se para o levantamento de Inventários de Bens Escolares, reunidos no Arquivo Público do Estado de São Paulo, o qual foi acompanhado de revisão bibliográfica sobre a temática estudada. A revisão bibliográfica possibilitou observar que a reforma e a expansão da escola pública elementar no estado de São Paulo, que redundou na implantação dos grupos escolares, provocou mudanças significativas no sistema de educação pública do estado. Buscou-se com a reforma paulista a uniformização do ensino e, para que isso pudesse ser alcançado, foi imposta a utilização dos mesmos métodos e dos mesmos materiais de ensino para uso dos alunos, gerando uma renov ação dos materiais didáticos até então utilizados. Tal renovação gerou um crescimento no mercado de livros e materiais escolares. Controlando a escolha dos livros, o governo de São Paulo estabeleceu que somente os livros de leitura pudessem ser destinados ao uso dos alunos e esse fato colocou tais produtos no foco dos interesses das editoras. O modelo de educação proposto em São Paulo logo se difundiu por outros estados e os livros didáticos editados por tipografias e livrarias paulistas passaram a ser utilizados por outras unidades federativas. A pesquisa realizada com os 156 Inventários possibilitou concluir que tais documentos mostram como a escola primária paulista estava se constituindo, do ponto de vista da sua materialidade, no período entre 1889 a 1914. Os inventários podem ser vistos como fonte para a história da educação, uma vez que, possibilitam uma aproximação dos investimentos estatais com vistas à dotação material das escolas primárias paulistas no período.
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