Orientador: Maria Clementina Pereira Cunha

Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas

Resumo: Esta tese discute a dimensão de gênero dos debates por direitos na grande imprensa carioca do início do século XX. A partir de episódios selecionados no Correio da Manhã, analisa como homens e mulheres mobilizaram os conceitos de feminino e masculino, explorando suas indefinições e mudanças...

Resumo: Esta tese discute a dimensão de gênero dos debates por direitos na grande imprensa carioca do início do século XX. A partir de episódios selecionados no Correio da Manhã, analisa como homens e mulheres mobilizaram os conceitos de feminino e masculino, explorando suas indefinições e mudanças naquele contexto histórico, com diferentes objetivos: justificar sua intervenção nos jornais diários, construir argumentos e questionar a legitimidade de seus adversários. Acompanha, portanto, como esses sujeitos interpretavam os impactos da República em suas vidas, exprimindo expectativas ou recriminações em relação às mudanças advindas com o novo regime. A partir da trajetória de alguns colaboradores e das possibilidades abertas à participação de leitores, discute o uso da imprensa para a reivindicação de direitos e como concepções de trabalho feminino e feminismo foram elaboradas nesse contexto

Abstract: This thesis discusses the gender dimension of the debates on rights that took place in Rio de Janeiro's daily press in the early twentieth century. By selecting episodes from the Correio da Manhã, this research examines how men and women mobilized the concepts of male and female, exploring...

Abstract: This thesis discusses the gender dimension of the debates on rights that took place in Rio de Janeiro's daily press in the early twentieth century. By selecting episodes from the Correio da Manhã, this research examines how men and women mobilized the concepts of male and female, exploring its uncertainties and changes in that historical context, with different objectives: to justify its intervention in the daily newspapers, construct arguments and question the legitimacy of their opponents. It analyses how these people interpreted the impacts of the Republic in their own lives, expressing expectations or recriminations regarding the changes that came with the new regime. From the trajectory of some writers and the possibilities open to the participation of readers, it discusses the use of the press for claiming rights and how conceptions of women's work and feminism have been elaborated in this context