Orientador: Sérgio Resende Carvalho

Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas

Resumo: A noção de que o uso de drogas é um problema a ser excluído, operada por uma linha de enquadre da saúde pública, de antemão limita possibilidades de mudanças na atenção às pessoas que fazem uso de drogas, seu acesso efetivo aos serviços públicos de saúde. Diante desse quadro (visível), no...

Resumo: A noção de que o uso de drogas é um problema a ser excluído, operada por uma linha de enquadre da saúde pública, de antemão limita possibilidades de mudanças na atenção às pessoas que fazem uso de drogas, seu acesso efetivo aos serviços públicos de saúde. Diante desse quadro (visível), no limite dessas formas ou noções, o movimento de Redução de Danos opera como tensor, produzindo uma subtração criadora de diferenças de dinâmicas: linhas de cuidado que desafinam as relações constantes, a determinação atual de uma política pública de drogas um tanto quanto fantasmática e intimidadora, ou ainda, hipertrofiada e neurótica. Com isso, sabendo que nunca se está diante de uma tela em branco, a presente investigação pretende tornar possível outro fundo para se pensar uma política de drogas. Toma-se, nesse intuito, o procedimento de limpeza e traços do pintor Francis Bacon, que em si já sugere a mudança de um quadro, no caso, do afundamento da atual política de drogas à rearticulação de práticas de saúde junto às pessoas que fazem uso de drogas. Mas a questão é como essa mudança pode ser feita? Assim, ao lançar a mancha, o traço, o grito de O QUE PODE A REDUÇÃO DE DANOS?, lança-se à ação no território, ao encontro de uma zona comunicante com outros traços. O traço-linha que foge, portanto, subtrai-se de possibilidades de cuidado dadas a priori para, comungando com outros traços, expressar um cuidado possível. No limite, Pintou Limpeza, uma atividade básica, precisamente radical, micropolítica, colaborativa, que ao criar uma zona de trocas impulsiona uma produção de cuidado que tensiona a poética social produzida

Abstract: The notion that drug use is a problem to be deleted, powered by a row of falling public health, limited possibilities for advance changes in attention to people who are using drugs, their effective access to public health services. Given this frame (visible), within the limits of those...

Abstract: The notion that drug use is a problem to be deleted, powered by a row of falling public health, limited possibilities for advance changes in attention to people who are using drugs, their effective access to public health services. Given this frame (visible), within the limits of those forms or notions, the harm reduction movement operates as tensor, producing a subtraction dynamic differences creator: lines of caution that desafinam relations constants, determining that a public policy of drugs somewhat daunting, or even fantasmatics and hypertrophied, and neurotic. With this, knowing that never is in front of a blank screen, this research aims to make possible other fund to think about a drug policy. Take, this the cleaning procedure and traces of the painter Francis Bacon, which in itself already suggests changing a frame, in the case of sinking of the current drug policy rearticulation of health practices among people that use drugs. But the question is how this change can be made? Thus, when launching the stain, the dash, the cry of WHAT CAN HARM REDUCTION?, launches the action in the territory, to meet a connecting zone with other traits. The dash-line that runs away, so subtract of possibilities a priori to care given, while concurring with other traits, expressing a care. In the limit, Painted Cleaning, a basic activity, precisely radical, collaborative, that the micropolitical create a trade area boosts production of care which the tension produced social poetics