Orientadores: Edson do Prado Pfützenreuter, Anna Paula Silva Gouveia

Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Artes

Resumo: No fim do século XIX, o diálogo entre as artes visuais e a música abriu precedentes para que as artes aplicadas, ou comerciais, incentivassem o consumo do espetáculo musical. Paralelamente, com o desenvolvimento tecnológico da indústria fonográfica, a música passou a ser gravada e...

Resumo: No fim do século XIX, o diálogo entre as artes visuais e a música abriu precedentes para que as artes aplicadas, ou comerciais, incentivassem o consumo do espetáculo musical. Paralelamente, com o desenvolvimento tecnológico da indústria fonográfica, a música passou a ser gravada e comercializada. A comercialização da música gravada, por sua vez, também foi beneficiada por um interesse de explorar-se uma conexão visual com o conteúdo da gravação. Em 1940, este interesse foi diretamente manifestado pelo designer gráfico norte-americano Alex Steinweiss, quando começou a projetar capas de álbuns de discos de 78rpm para a gravadora Columbia Records. Steinweiss não foi o primeiro artista comercial ou designer gráfico a projetar uma capa ilustrada para álbuns de discos de 78rpm mas, ao projetar capas, foi pioneiro na intenção de exercer uma correspondência semântica com o conteúdo musical dos discos. Esta tese tem como grande objetivo o resgate das principais condições históricas e culturais que ajudaram a caracterizar o trabalho de Steinweiss e que possibilitaram fosse ele incorporado com sucesso pela indústria fonográfica. Por meio do levantamento de tais condições e também do próprio método de projeto de Steinweiss, observou-se que seu sucesso proporcionou o estabelecimento de um paradigma, na medida em que as soluções propostas por ele foram, posteriormente, tomadas como modelo e substituíram as regras vigentes para o projeto gráfico das capas dos álbuns de discos

Abstract: By the end of the nineteenth century, the dialog between visual arts and music was a great influence on the applied arts, or commercial arts, in its own task of promoting the music spectacle. Meanwhile, with the technological development of the music industry, music started to be recorded...

Abstract: By the end of the nineteenth century, the dialog between visual arts and music was a great influence on the applied arts, or commercial arts, in its own task of promoting the music spectacle. Meanwhile, with the technological development of the music industry, music started to be recorded and commercialized. The recorded music business, moved by its own interests, also explored a visual connection with the recorded musical content of their product. In 1940, the early work of the American graphic designer Alex Steinweiss was a consequence of this interest, as he started to design album covers for 78rpm records while working at Columbia Records. Steinweiss was not the first commercial artist or graphic designer to design illustrated album covers for 78rpm records, but he was the first one who expected to achieve semantic correspondence with the musical content of the record. The main goal of this thesis is to retrieve key historical and cultural conditions that influenced Steinweiss' work and allowed him to succeed as a graphic designer inside the recorded music business. By doing so, and by setting up aspects of Steinweiss' design methods, we have come to the conclusion that his success characterized a paradigm. The solutions he offered were taken as models and replaced the rules that determined how an album cover should be designed