Orientador: Fernando Oliveira Catanho da Silva

Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação Física

Resumo: O início da vida se confunde, muitas vezes, com a introdução do oxigênio na atmosfera terrestre. Derivado dos primitivos organismos procariontes/fotossintetizantes, essa molécula, ao atingir determinado nível de saturação, foi peça fundamental na promoção de pressões evolutivas que...

Resumo: O início da vida se confunde, muitas vezes, com a introdução do oxigênio na atmosfera terrestre. Derivado dos primitivos organismos procariontes/fotossintetizantes, essa molécula, ao atingir determinado nível de saturação, foi peça fundamental na promoção de pressões evolutivas que determinaram, posteriormente, o surgimento dos organismos aeróbicos. Essa primeira grande adaptação da vida, que permitiu que os sistemas biológicos evoluíssem até o presente estágio teve e tem como ônus metabólico o aparecimento de diversos componentes tóxicos, dentre eles, com fundamental importância metabólica, as EROs. Neste contexto, destaca-se a luta mortal entre EROs e o sistema de defesa antioxidante; um balanço dinâmico que perdura desde a concepção da vida até o momento onde esse balanço atinge o equilíbrio, resultando na morte. O processo inflamatório, evento intrínseco da vida e, principalmente do exercício físico, nesse sentido, age potencializando o desequilíbrio desse balanço dinâmico, sendo um intrigante modelo de estudo. Dentre as principais fontes geradoras de EROs em decorrência da atividade física estão a ativação da CTE mitocondrial, a mobilização de leucócitos oriundos da resposta inflamatória ao agente estressor e ainda por eventos que mimetizam o fenômeno de I/R. A gama de alterações metabólicas produzidas pelas EROs, pelo exercício, por mais assustadora que possa parecer, tem seu lado vilão e seu lado herói. Esse contraditório reflexo metabólico dos sistemas vivos, que há muitos anos vem sendo estudado, gerou a construção de um novo conceito, chamado hormese. Esse novo conceito reafirma um velho ditado que diz que: "há males que vem para o bem", ou seja, a adaptação para vida e para a morte depende da intensidade do estresse, constantemente provocado nos seres vivos

Abstract: The beginning of life often intermingles with the introduction of oxygen in the Earth atmosphere. Derived from the primitive prokaryotic/photosynthetic organisms, the O2 molecule, by reaching a definitive level of saturation, played an essential role in the promotion of evolutive...

Abstract: The beginning of life often intermingles with the introduction of oxygen in the Earth atmosphere. Derived from the primitive prokaryotic/photosynthetic organisms, the O2 molecule, by reaching a definitive level of saturation, played an essential role in the promotion of evolutive pressures, which later determined the appearance of aerobic organisms. By allowing biological systems to evolve to their current stage, this first great life adaptation had and has as a metabolic burden the appearance of multiple toxic components, amongst which, with key importance, the Reactive Oxygen Species (ROS). In this context, we can distinguish the mortal struggle between ROS and the antioxidant defense system; a dynamic balance that lasts from the conception of life to the moment when this balance reaches the equilibrium, resulting in death. The inflammatory process, an intrinsic event of life and also of physical exercises, thus acts increasing the unbalance of this dynamic balance, being an intriguing model of research. The main generating sources of ROS as a result of physical exercise include: the activation of the mitochondrial electron transport chain, the mobilization of leukocytes deriving from the inflammatory response to the stressful agent, and events that mimic the ischaemia/reperfusion phenomenon. Scary as that might sound, the variety of metabolic changes produced by ROS, by exercising, has its villain side and its hero side. These contradictory metabolic aspects of living systems, which have been studied for years, generated the construction of a new concept, called hormesis. This new concept reaffirms the old saying of "a blessing in disguise", i.e. the adaptation for life and for death depends on the intensity of stress, constantly caused on living beings