Educação moral na escola [recurso eletrônico] : formação dos professores
TCC
Português
TCC/UNICAMP Ai27e
Campinas, SP : [s.n.], 2011.
1 recurso online (126 p.) : il., digital, arquivo PDF.
Orientador: Telma Pileggi Vinha
Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação
Resumo: A conquista de relações equilibradas e respeitosas depende de todo um processo de
construção e aprendizagem durante a formação da criança ou jovem que, por certo, não aprende sozinho questões tão complexas. Tal formação exige das instituições que educam uma urgente revisão na qualidade do...
Resumo: A conquista de relações equilibradas e respeitosas depende de todo um processo de
construção e aprendizagem durante a formação da criança ou jovem que, por certo, não aprende sozinho questões tão complexas. Tal formação exige das instituições que educam uma urgente revisão na qualidade do ambiente sociomoral em que os alunos estão interagindo e no trabalho com a educação moral. Para realizar esse trabalho faz-se necessária uma sólida formação do professor nessa área. Em vista disso, o objetivo desta pesquisa foi o de investigar a formação recebida por professores para trabalhar a moralidade com seus alunos. Para tanto foi realizado um estudo descritivo e exploratório, com quatro professores do 3º, 4º, 6º e 9º anos e com os especialistas (diretor e coordenador) de uma escola municipal de Ensino Fundamental. Os dados foram coletados por meio de entrevistas, recolhimento de documentos e sessões de observações. A análise foi qualitativa e embasada na teoria construtivista de Piaget, sobre o desenvolvimento da autonomia moral, e de pesquisadores que trabalham com a mesma perspectiva. Os resultados obtidos mostraram que apesar de constar no Projeto Político Pedagógico da unidade escolar pesquisada a clara intenção de formar moralmente seus alunos para a autonomia, a prática vivida na instituição refletia uma posição neutra e relativista em que a moral era tratada como uma questão privada. Cada professor tinha uma concepção particular de moral e dos valores, não havia consenso sobre quais eram os mais importantes, nem sobre quais valores a escola almejava desenvolver em seus alunos. Por conseguinte, os professores atuavam nessa área de acordo com suas concepções, tanto sem intenção, por meio de suas atitudes cotidianas (currículo oculto), quanto de forma intencional, porém ausente de qualquer sistematização, pela transmissão verbal. A análise dos dados mostrou ainda que os professores não tinham estudado temáticas relacionadas à moralidade em sua formação de base (graduação), tampouco na continuada, realizada fora da escola (cursos, seminários, especializações). Apesar de no PPP ser valorizado o aperfeiçoamento contínuo do docente, os encontros de formação continuada (TDCs) realizados na instituição também não eram espaços destinados a estudo e discussão de tais questões, nem de um projeto coletivo institucional. Constatou-se que a maior parte dos temas abordados nesses encontros eram questões organizacionais e administrativas, tais como informes, planejamento de eventos e problemas práticos a serem resolvidos. Apesar de ocorrerem, tais espaços não propiciavam ao professor pensar em problemas tanto de sua escola como além desta, auxiliando-o a compreender as diversas perspectivas envolvidas e a buscar o estudo e embasamento para suas decisões, num exercício contínuo de cooperação, de forma a favorecer o maior envolvimento e corresponsabilidade.
Contudo, nenhum professor ou gestor respondeu que se sentia inseguro para trabalhar com
a educação moral, não vendo, portanto, suas atuações como contrárias aos objetivos
almejados. Assim, evidenciou-se que a moralidade não era vista como um dos componentes mais importantes da educação, não sendo, portanto, alvo de debates, de reflexão e de formação
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