Orientador: Carlos Alfredo Arguello

Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação

Resumo: O Museu Dinâmico de Ciências de Campinas desenvolve há cerca de dez anos, atividades ligadas ao ensino não-formal de Ciências, dirigidas a um público prioritariamente escolarizado. Dentre várias ações por ele desenvolvidas, destacamos, para esse estudo, as atividades de curta duração, em...

Resumo: O Museu Dinâmico de Ciências de Campinas desenvolve há cerca de dez anos, atividades ligadas ao ensino não-formal de Ciências, dirigidas a um público prioritariamente escolarizado. Dentre várias ações por ele desenvolvidas, destacamos, para esse estudo, as atividades de curta duração, em função de sua constância durante todos estes anos, e por envolver a maior parte dos esforços do corpo técnico e administrativo do Museu. Estas atividades envolvem, tanto sessões do Planetário, quantos temas diversos relacionados ao currículo das áreas de Ciências e Matemática, ou suas subdivisões curriculares, tais como: Biologia, Física, Geologia e Química. Nosso objetivo é avaliar, de uma perspectiva qualitativa, as influências trocadas nesta relação Museu/ensino-formal, bem como colocar esta experiência no âmbito dos paradigmas atuais do ensino não-formal e da museologia moderna. Para tanto, optamos por ouvir os depoimentos dos professores representantes do corpo técnico-pedagógico do Museu (protagonistas), e dos professores que utilizam os seus serviços (usuários), em aspectos. do ensino de Ciências, além, é claro, dos reflexos por eles sentidos dessa relação. Dentre os resultados, encontramos que os professores usuários, em grande parte, procuram o Museu para que sejam oferecidas atividades práticas aos seus. alunos, que, no momento, ele afirma não poder realizar, por lacunas em sua formação acadêmica. Outros professores se inspiram nas atividades do Museu, adaptando-as à realidade de sua escola. Alguns professores, após o contato com o Museu, acabam por percebera dimensão restrita do livro didático de Ciências. Uns chegam a admitir erros conceituais nas publicações. Por outro lado, outros professores se utilizam das atividade_ para que seja dado um contraponto real à dimensão abstrata dos livros. Por fim, o que esse Museu está realizando, é trabalhar em aspectos da proposta curricular de Ciências, em situações que a escola hoje é deficitária. Será esta a melhor contribuição ao ensino de Ciências que esse Museu pode oferecer?