Orientadores: Mara Patrícia Traína Chacon-Mikahil. Cleiton Augusto Libardi

Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação Física

Resumo: O processo de envelhecimento acarreta naturalmente em perdas fisiológicas. Conjuntamente a este fato, os hábitos pessoais também interferem na qualidade de vida. Sabe-se que diferentes métodos de treinamento físico, cada um na sua especificidade, atuam positivamente na melhoria da saúde. O...

Resumo: O processo de envelhecimento acarreta naturalmente em perdas fisiológicas. Conjuntamente a este fato, os hábitos pessoais também interferem na qualidade de vida. Sabe-se que diferentes métodos de treinamento físico, cada um na sua especificidade, atuam positivamente na melhoria da saúde. O treinamento aeróbio (TA) pode contribuir com adaptações cardiorrespiratórias, enquanto o treinamento de força (TF) pode interferir na manutenção da força e massa magra. A associação desses diferentes regimes de treinamento, chamado de treinamento concorrente (TC) tem mostrado prejuízo nos ganhos de força e massa magra, o que parece não ocorrer com a potência (VO2pico) e capacidade aeróbia. Este estudo tem por objetivo comparar o efeito de 16 semanas de TA e TC no VO2pico de homens de meia-idade. Participaram desse estudo 33 indivíduos do sexo masculino (47±1,41 anos; 73,35±11,95 kg; 171,75±2,47 cm) sendo: TC (n= 17) que realizou o TF composto de seis exercícios com 3 séries de 10 repetições máximas e 1 minuto de pausa, acrescido de 30 minutos de TA, com exercícios de caminhada ou corrida com intensidades correspondentes a 50-85% VO2pico, 3 sessões semanais; TA (n=16) que realizou 60 minutos exercícios de caminhada ou corrida com intensidades correspondentes a 50-85% do VO2pico realizados também 3 vezes por semana. Para determinação do VO2pico, foi realizada avaliação cardiorrespiratória antes, após oito semanas e ao final do período experimental, através de protocolo incremental até exaustão em esteira ergométrica, com análise de gases expirado. Foi aplicado o teste de normalidade de Shapiro Wilk, posteriormente realizada análise de variância de dois caminhos (Anova two-way) e post-hoc de Tukey. Para identificar as diferenças entre a percentagem de modificação do VO2pico, foi utilizado o teste t para amostras independentes. Foi adotado nível de significância p<0,05. Os resultados pré, após 8 semanas e após o período de TA para VO2pico (ml/kg/min) foram, respectivamente: 31,63±3,95, 35,63±3,13 e 37,95±3,72. Para o grupo TC: 30,00±5,58, 32,12±5,79 e 33,04±5,70. Houve diferença significante no VO2pico após 8 semanas somente para o TA, já após 16 semanas houveram diferenças significantes para TA e TC em relação ao momento pré. Ao final do período, o percentual de modificação médio do VO2pico visto entre o momento pré e pós de TA foi significantemente maior em relação ao valor observado entre oito e 16 semanas de TC. Concluímos que o TA se mostrou mais eficaz na melhora do VO2pico em homens de meia-idade sedentários. A realização do treinamento de força na mesma sessão que o treinamento aeróbio parece ter interferido no ganho do VO2pico em um curto período de treinamento, bem como a magnitude de sua modificação após 16 semanas de treinamento

Abstract: The aging process leads naturally to physiological losses. Together with this fact, personal habits also affect the quality of life. It is known that different methods of physical training, each one in its specificity, have positive effects on improving health. Endurance training (TA) can...

Abstract: The aging process leads naturally to physiological losses. Together with this fact, personal habits also affect the quality of life. It is known that different methods of physical training, each one in its specificity, have positive effects on improving health. Endurance training (TA) can contribute to cardiorespiratory adaptations while strength training (TF) can interfere with maintaining the strength and lean body mass. The combination of these various kinds of training, called concurrent training (TC) has shown prejudice in gains of strength and lean body mass, while it is unlikely to affect aerobic power (VO2peak) and capacity. This study aims to compare the effect of 16 weeks of TA and TC in VO2peak of middle-aged men. 33 males (47 ± 1.41 years, 73.35 ± 11.95 kg, 171.75 ± 2.47 cm) were randomly separated in two groups: TC (n = 17) which performed TF consisted of six exercises with 3 sets of 10 maximum repetitions and 1 minute of rest, plus 30 minutes of TA, doing walking or running exercises with intensities corresponding to 50-85% VO2peak, three weekly sessions; TA (n = 16) performed 60 minutes of walking or running exercises with intensities corresponding to 50-85% of VO2peak also performed three times per week. For determination of VO2peak, a cardiorespiratory evaluation was conducted before, after eight weeks and after the trial period, using incremental protocol to exhaustion on a treadmill, with expired gas analysis. We applied Shapiro Wilk¿s normality test, subsequently performed analysis of variance of two paths (ANOVA two-way) and Tukey¿s post-hoc. To identify the differences between the percentage change in VO2peak, we used the t-test for independent samples. The level of significance established at p<0.05. The results before, after 8 weeks and after the period of TA to VO2peak (ml/kg/min) were: 31.63 ± 3.95, 35.63 ± 3.13 and 37.95 ± 3.72. For the TC: 30.00 ± 5.58, 32.12 ± 5.79 and 33.04 ± 5.70. We found significant difference in VO2peak after 8 weeks only for the TA, after 16 weeks there were significant differences for TA and TC in relation to the beginning of the study. At the end of the period, the average percentage change of VO2peak between the moment before and after TA was significantly higher compared to the value observed between eight and 16 weeks of TC. We conclude that TA seems to be more effective in improving of VO2peak in middle-aged sedentary men. The implementation of strength training in the same session of TA may affect the increase of VO2peak in a short period of training, as well as the magnitude of its change after 16 weeks of training