Orientador: Pablo Christiano Barboza Lollo

Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação Física

Resumo: Um dos desafios das metodologias do treinamento físico consiste em realizar estímulos, pautados na relação entre esforço físico e período de recuperação/regeneração, que proporcione ao organismo a aquisição de uma condição funcional favorável para a mobilização de esforços mais elevados com...

Resumo: Um dos desafios das metodologias do treinamento físico consiste em realizar estímulos, pautados na relação entre esforço físico e período de recuperação/regeneração, que proporcione ao organismo a aquisição de uma condição funcional favorável para a mobilização de esforços mais elevados com um custo energético menor, além de propiciar um retardamento do aparecimento da fadiga, diminuição das lesões e uma melhora/otimização da performance física. Sabe-se que o exercício físico pode gerar estresse oxidativo (oriundo da produção de radicais livres), desde que as quantidades de espécies reativas de oxigênio (EROs) sejam superiores às defesas antioxidantes. Constata-se que durante o exercício físico a demanda energética é maior quando comparada a de repouso, com consequente elevação no consumo de O2 e possível produção concomitante de EROs, sendo que estas quando não neutralizadas tendem a ter efeitos deletérios celulares e teciduais no organismo. Assim, o presente trabalho visou analisar biomarcadores sanguíneos, glutationa (GSH) e ácido úrico (AU) (marcadores do sistema antioxidante); creatina quinase (CK) e lactato desidrogenase (LDH) (marcadores de dano muscular), frente à uma suplementação vitamínica, objetivando entender e otimizar as adaptações dos sistemas antioxidantes ao exercício, evitando possíveis desequilíbrios entre a produção de radicais livres e sua neutralização, no sentido de atuar na manutenção da integridade celular e reduzir o tempo de recuperação de lesão muscular decorrente da prática de exercício físico. Para tal, participaram da pesquisa 12 universitários saudáveis, divididos aleatoriamente em grupo controle e experimental, na faixa etária de 18 à 25 anos de idade, sendo estes suplementados com 1000mg de vitamina C (ácido ascórbico) e 300mg de vitamina E (alfatocoferol) ou placebo, a suplementação foi subdividida em duas doses, a primeira metade da dose foi administrada 24 horas antes da aplicação de uma bateria de testes físicos e a outra metade imediatamente antes da execução dos testes. 48 horas após a aplicação dos testes físicos foram retiradas amostras de sangue para análise dos biomarcadores já referidos. Para o grupo experimental, os resultados médios obtidos para as medidas de GSH, AU, CK e LDH foram: 69,85 Imol/L, 5,360 mg/dL, 303,50 U/L e 163,33 U/L, respectivamente. O grupo controle, por sua vez, apresentou para os mesmos marcadores os valores 61,83 Imol/L, 5,356 mg/dL, 323,17 U/L e 158,50 U/L, respectivamente. Embora esses valores tenham ficado com p>0,05, pode-se inferir que há uma tendência de melhora no perfil de defesa do sistema antioxidante, assim como uma redução nos marcadores de dano muscular

Abstract: One of the challenges in physical training methods is to perform stimuli, guided by the relationship between physical effort and the period of recovery / regeneration, which provide the organism with the acquisition of a favorable functional condition for the mobilization of bigger efforts...

Abstract: One of the challenges in physical training methods is to perform stimuli, guided by the relationship between physical effort and the period of recovery / regeneration, which provide the organism with the acquisition of a favorable functional condition for the mobilization of bigger efforts with less energy cost, in addition to providing a delay on the onset of fatigue, decrease injuries and an improvement / optimization of physical performance. It is known that physical exercise can cause oxidative stress (from the production of free radicals), since the quantities of reactive oxygen species (ROS) exceed the antioxidant defenses. It appears that during exercises the energy demand is higher than in the rest, with the consequent increase in O2 consumption and possible concomitant production of ROS which when are not neutralized tend to have deleterious effects on cell and tissue of the body. Thus, this study aimed to analyze blood biomarkers, glutathione (GSH) and uric acid (UA) (markers of the antioxidant system); creatine kinase (CK) and lactate dehydrogenase (LDH) (markers of the muscle damage), and their relation to a vitamin supplementation, aiming to understand and optimize the adaptations of antioxidant systems to exercise, avoiding possible imbalances between the production of free radicals and their neutralization, to act in the maintenance of cell integrity and reduce the recovery time of muscle injury caused by physical exercise. In order to achieve this goal, around 12 healthy college students, aged from 18 to 25 years old, were randomly divided into control and experimental groups, the latter being supplemented with 1000mg of vitamin C (ascorbic acid) and 300mg of vitamin E (alpha tocopherol) or placebo, the supplementation was divided into two doses, the first half of the dose was administered 24 hours before applying a battery of physical tests and the other half just before the execution of tests. 48 hours after application of physical tests were taken blood samples for analysis of biomarkers mentioned earlier. For the experimental group, the average results for the measures of GSH, AU, CK, and LDH were, respectively: 69,85 mmol / L, 5,360 mg / dL, 303,50 U / L and 163,33 U / L. For the control group, the results for the same markers were: 61.83 mmol / L, 5.356 mg / dL, 323.17 U / L, and 158.50 U / L, respectively. Although these data have presented p> 0.05, one can infer there is a trend of improvement in the antioxidant defense system profile, as well as a reduction in muscle damage markers