Tuberização em Simmingea allagophylla (Martius) Wiehler (Gesneriaccae), uma especie do cerrado
TESE
Português
T/UNICAMP AL64t
Campinas, SP : [s.n.], 1994.
[181]f. : il.
Orientador: Rosely Rocha Sharif
Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia
Resumo: Muitas das plantas herbáceas perenes do cerrado apresentam órgãos subterrâneos espessados que se mantém dormentes durante o período de seca e de frio. Assim para estas espécies o processo de formação destes órgãos subterrâneos garante a sobrevivência da planta. A indução e iniciação do órgão...
Resumo: Muitas das plantas herbáceas perenes do cerrado apresentam órgãos subterrâneos espessados que se mantém dormentes durante o período de seca e de frio. Assim para estas espécies o processo de formação destes órgãos subterrâneos garante a sobrevivência da planta. A indução e iniciação do órgão subterrâneo muitas vezes estão na dependência de fatores ambientais. Os fatores mais estudados são o fotoperíodo, temperatura e o suprimento de nitrogênio. Sementes de S. allalophylla germinam prontamente, sendo que após 21 dias há sinais visiveis de tuberização, como o aumento do diâmetro do hipocótilo e a presença de grãos de amido nesta região. Fotoperíodo de 18h, baixos níveis de nitrogênio no substrato e aplicação de benziladenina são promotores da tuberização, enquanto que fotoperíodo de 8h e aplicação de ácido giberélico são inibidores deste processo. Estaca de folha é um material interessante para o estudo da tuberização de S. allagophylla. O fotoperíodo de 18h é promotor apesar de também ocorrer tuberização em menor proporção nas estacas mantidas em fotoperíodo de 8h. A presença da gema axilar ou apical é primordial para a formação do órgão subterrâneo espessado, sugerindo que estes locais contenham um fator indutor da tuberização. Porém, quando apenas as gemas axilares são mantidas em cultura "in vitro" em meio MS a tuberização só ocorre se o meio de cultura contiver benziladenina. Não há promoção do crescimento do órgão subterrâneo espessado quando reguladores de crescimento são aplicados em plantas já tuberizadas ou quando mantidas em fotoperiodos de 8 ou 18h. Efeito promotor sobre o crescimento da parte aérea e inibidor sobre os níveis de carboidratos do tubérculo ocorrem quando ácido giberélico é aplicado na gema apical, sugerindo uma alocação de fotoassimilados para a parte aérea em detrimento do órgão subterrâneo espessado. Os dados sugerem que em S. allagophylla, provavelmente, o balanço entre inibidores e promotores controla o processo de tuberização na plântula; assim os níveis endógenos de giberelinas seriam baixos e a presença desencadeada por uma condição indutiva seria de um promotor necessária para ocorrer a tuberização no inicio do desenvolvimento da plântula