Germinação, crescimento e cumarinas em Copaifera langsdorffii desf
Marcelo Polo
TESE
Português
(Broch.)
T/UNICAMP P766g
Campinas, SP : [s.n.], 1993.
[159]f. : il.
Orientador : Gil Martins Felippe
Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia
Resumo: Neste trabalho foram estudados diversos aspectos envolvendo o fruto, a semente e plântulas de Copaifera langsdorffii. Foram coletados frutos em diferentes estádios de desenvolvimento, de árvores crescidas em ambiente de mata, das quais foram retiradas as sementes. Também foi acompanhado o...
Ver mais
Resumo: Neste trabalho foram estudados diversos aspectos envolvendo o fruto, a semente e plântulas de Copaifera langsdorffii. Foram coletados frutos em diferentes estádios de desenvolvimento, de árvores crescidas em ambiente de mata, das quais foram retiradas as sementes. Também foi acompanhado o crescimento das sementes. Sementes maduras destas arvores e de arvores crescidas em ambiente de cerrado foram comparadas quanto à germinação em diferentes condições de temperaturas e fotoperíodo, assim como quanto ao conteúdo de substâncias cumarínicas. Também foi acompanhado o crescimento de plântulas oriundas de sementes da mata e do cerrado e dosada a quantidade de substancias cumarínicas nos órgãos destas plântulas. C. langsdorffii floresceu entre dezembro e março. A partir de fevereiro já podiam ser vistos frutos jovens, que cresceram até fins de setembro quando se iniciou a dispersão das sementes. Ao longo de 5 meses (de abril a setembro), o crescimento dos frutos e das sementes foi acompanhado através de coletas quinzenais. Em dez coletas feitas em 6 árvores, foram analisados 873 frutos, dos quais apenas 584 (66,9%) continham sementes sadias. Os demais continham sementes atacadas por larvas de inseto (21,5%) ou mortas (11,6%). Frutos e sementes sadios foram medidos para a análise de crescimento. De acordo com o peso, os frutos foram classificados em 12 classes e as sementes em 38 classes. Do primeiro estádio analisado até a época de dispersão, o comprimento médio dos frutos variou em 50,9% a largura 58,3% e a espessura 292,2% . Este maior aumento da espessura deveu-se, principalmente, ao crescimento da semente. O peso médio de matéria úmida do fruto variou de 742 a 6902mg no período. Foi demonstrada a existência de uma correlação direta e positiva entre o produto dos valores das 3 dimensões e o peso de matéria úmida dos frutos. As sementes tiveram um aumento médio de comprimento em 219,66%, da largura em 225,34% e da espessura em 705,12%. O peso médio da matéria úmida variou de 46,38 a 3002,49, dos quais o arilo correspondia, respectivamente, cerca de 52,4 a 39,3% enquanto o peso médio da matéria seca variou de 2,40 a 572,12mg, dos quais o arilo correspondia, respectivamente, cerca de 240,8 a 49,9%. A umidade das sementes variou cerca de 89% nos primeiros estádios a 59% na época da dispersão. As sementes também apresentam uma correlação direta e positiva entre o produto e suas dimensões e o peso da matéria úmida. A germinação das sementes de cerrado ocorreu a porcentagens elevadas nas temperaturas contínuas de 15, 20, 25 e 30ºC, não germinando a 35ºC, enquanto a de mata diferiram por apresentarem germinação baixa à temperatura de 15ºC. Em temperaturas alternantes e fotoperíodo de 12 horas a germinação também foi elevada entre 25-15, 25-20, 30-20 e 30-25ºC para as sementes de cerrado. As de mata germinaram menos nas alternantes 25-15ºC. A exsudação de cumarina das sementes de C. langsdorffii inibiu a germinação de sementes de alface e de picão-preto. A longevidade das sementes de C. langsdorffi pode ser estendida por mais de 36 meses quando armazenadas em câmara fria a 4ºC. O crescimento das plântulas de sementes de cerrado e de mata não difere entre si em relação à altura, área foliar e pesos de matéria úmida e seca. Apresentam, porém uma elevada correlação entre a altura e área foliar. A quantidade de óleo presente no pericarpo chega ser de 180mg (17% do peso da matéria seca). A cumarina e umbeliferona estão presentes nas sementes imaturas e maduras e nas plântulas de C. langsdorffii. A quantidade de cumarina presente nas sementes imaturas de mata aumenta com o aumento do tamanho e peso da semente, chegando a corresponder a mais de 6% do peso de matéria seca. O mesmo ocorre com a umbeliferona, porém com valores muito menores que os de cumarina. Nas sementes maduras a cumarina está presente na concentração de 0,63% nas sementes de mata e 0,52% nas sementes de cerrado. As plântulas apresentam cumarina nas raízes, parte aérea e cotilédones. A quantidade de cumarina presente nos cotilédones diminui à medida que aumenta no eixo embrionário
Ver menos
Germinação, crescimento e cumarinas em Copaifera langsdorffii desf
Marcelo Polo
Germinação, crescimento e cumarinas em Copaifera langsdorffii desf
Marcelo Polo
Exemplares
Nº de exemplares: 1
Não existem reservas para esta obra