Qualidade proteica e biodisponibilidade de metionina em proteinas do feijão "IAC-Carioca 80 SH" (Phaseolus vulgaris, L.)
TESE
Português
T/UNICAMP C65q
Campinas, SP : [s.n.], 1993.
[193]f. : il.
Orientador : Valdemiro C. Sgarbieri
Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Enganharia de Alimentos
Resumo: Um novo cultivar de feijão, "lAC-Carioca 80 SH" {Phaseolus vulgaris, L.), foi desenvolvido a partir da variedade "Carioca 80", de elevada capacidade produtiva e qualidade proteica superior. Inicialmente, buscou-se caracterizar o valor nutritivo das proteínas da farinha integral do feijão...
Resumo: Um novo cultivar de feijão, "lAC-Carioca 80 SH" {Phaseolus vulgaris, L.), foi desenvolvido a partir da variedade "Carioca 80", de elevada capacidade produtiva e qualidade proteica superior. Inicialmente, buscou-se caracterizar o valor nutritivo das proteínas da farinha integral do feijão autoclavado, determinando-se seu teor proteico, sua composição aminoaeidica e também a digestibilidade, o teor de metionina biodisponível, o valor biológico (VE) e o quociente de utilização proteica liquida de suas proteínas (NPU), por métodos biológicos. Em seguida, as proteínas do feijão foram separadas em cinco frações, em função da solubilidade: glutelinas, globulina Gl, globulinas, albuminas e lectinas/inibidores de proteases. A qualidade proteica das frações isoladas foi então avaliada por métodos in vitro, com base na determinação de parâmetros como digestibilidade, VB e tíPU e com enfoque especial sobre a biodisponibilidade de metionina, incluindo a avaliação da extensão da liberação de metionina das proteínas ao longo da hidrólise enzimática, pelo sistema pepsina/pancreatina. antes e após tratamento térmico. Os resultados obtidos indicaram que o novo cultivar apresentou excelente qualidade proteica, apresentando digestibilidade superior à de outros cultivares brasileiros e um teor elevado de metionina, cisteína e tírosina. As proteínas da farinha integral do feijão autoclavado possuem VB e NPU superiores aos observados para outras variedades brasileiras de feijão- As glutelinas, que representam 23% do total das proteínas, mostraram-se as mais ricas em lisina e metionina e, quando autoclavadas- apresentaram digestibilidade elevada e os maiores valores de NPU e VB, dentre todas as frações isoladas. As glutelirias forneceram proporcionalmente mais metionina biodísponivel que as outras proteínas. Os resultados obtidos sugerem que o desenvolvimento de variedades contendo maiores teores de glutelinas e menores de globulina Gl poderá resultar em feijões com qualidade proteica superior
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