Repensando o conceito de competencia comunicativa no "aquecimento" da aula de portugues-lingua estrangeira : uma perspectiva estrategica
Elizabeth Maria Fontão do Patrocinio
DISSERTAÇÃO
Português
(Broch.)
T/UNICAMP P276r
Campinas, SP : [s.n.], 1993.
162f.
Orientador: Marilda do Couto Cavalcanti
Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudo da Linguagem
Resumo: Este trabalho focaliza a competência comunicativa partindo da suposição de que o aspecto estratégico não tem espaço na aula de língua estrangeira, embora pudesse favorecer as situações não-previstas que alunos em contexto de imersão
enfrentam em suas interações cotidianas. Os registros para... Ver mais Resumo: Este trabalho focaliza a competência comunicativa partindo da suposição de que o aspecto estratégico não tem espaço na aula de língua estrangeira, embora pudesse favorecer as situações não-previstas que alunos em contexto de imersão
enfrentam em suas interações cotidianas. Os registros para a realização deste estudo foram coletados em um curso de português para estrangeiros de uma universidade pública na região sudeste. Os alunos, falantes de diferentes línguas maternas, são profissionais, estudantes ou estagiários em diferentes áreas de interesse. A análise dos dados, que busca os aspectos privilegiados da competência comunicativa no ritual de uma sala de aula, teve como ponto de partida o arcabouço teórico de Canale (1983). Tal arcabouço, entretanto, revelou-se problemático, no decorrer da análise. Primeiro, pela ausência de um componente cognitivo no que o autor cons;i.dera "conhecimentos e habilidades exigidos para a comunicação" em sua definição sobre o conceito; segundo, porque sua concepção sobre cada um dos componentes (gramatical, sociolingüístico, discursivo e estratégico) parece bastante linear. O estratégico, por exemplo, se resume a compensar falhas ou otimizar a produção dos outros três componentes. Buscou-se então em Vygotsky (1991 a,b) uma perspectiva dinâmica para compreender o processo de construção da competência comunicativa em interações mais informais e menos dirigidas, encontradas no "aquecimento" inicial da aula. A visão periférica de estratégias concebida por Canale é contrária à de Vygotsky, que entende o desenvolvimento cognitivo numa relação dialética com o social, relação esta denominada atividade estratégica. A análise dos dados sugere que o fato de o ensino comunicativo, conforme configurado na sala de aula em exame, não considerar a capacidade do aluno para lidar com situações não-previstas está intimamente relacionado à ausência de um tratamento estratégico processual em sala de aula e a uma noção de competência comunicativa idealizada na literatura da área. Sugere também que a competência comunicativa não pode ser tratada isolada dos aspectos sócio-ideológico-culturais que permeiam o contexto imediato das interações Ver menos
enfrentam em suas interações cotidianas. Os registros para... Ver mais Resumo: Este trabalho focaliza a competência comunicativa partindo da suposição de que o aspecto estratégico não tem espaço na aula de língua estrangeira, embora pudesse favorecer as situações não-previstas que alunos em contexto de imersão
enfrentam em suas interações cotidianas. Os registros para a realização deste estudo foram coletados em um curso de português para estrangeiros de uma universidade pública na região sudeste. Os alunos, falantes de diferentes línguas maternas, são profissionais, estudantes ou estagiários em diferentes áreas de interesse. A análise dos dados, que busca os aspectos privilegiados da competência comunicativa no ritual de uma sala de aula, teve como ponto de partida o arcabouço teórico de Canale (1983). Tal arcabouço, entretanto, revelou-se problemático, no decorrer da análise. Primeiro, pela ausência de um componente cognitivo no que o autor cons;i.dera "conhecimentos e habilidades exigidos para a comunicação" em sua definição sobre o conceito; segundo, porque sua concepção sobre cada um dos componentes (gramatical, sociolingüístico, discursivo e estratégico) parece bastante linear. O estratégico, por exemplo, se resume a compensar falhas ou otimizar a produção dos outros três componentes. Buscou-se então em Vygotsky (1991 a,b) uma perspectiva dinâmica para compreender o processo de construção da competência comunicativa em interações mais informais e menos dirigidas, encontradas no "aquecimento" inicial da aula. A visão periférica de estratégias concebida por Canale é contrária à de Vygotsky, que entende o desenvolvimento cognitivo numa relação dialética com o social, relação esta denominada atividade estratégica. A análise dos dados sugere que o fato de o ensino comunicativo, conforme configurado na sala de aula em exame, não considerar a capacidade do aluno para lidar com situações não-previstas está intimamente relacionado à ausência de um tratamento estratégico processual em sala de aula e a uma noção de competência comunicativa idealizada na literatura da área. Sugere também que a competência comunicativa não pode ser tratada isolada dos aspectos sócio-ideológico-culturais que permeiam o contexto imediato das interações Ver menos
Abstract: Not informed.
Repensando o conceito de competencia comunicativa no "aquecimento" da aula de portugues-lingua estrangeira : uma perspectiva estrategica
Elizabeth Maria Fontão do Patrocinio
Repensando o conceito de competencia comunicativa no "aquecimento" da aula de portugues-lingua estrangeira : uma perspectiva estrategica
Elizabeth Maria Fontão do Patrocinio
Exemplares
Nº de exemplares: 3
Não existem reservas para esta obra