A feminilidade doente ou de como um saber vai sendo esquecido
TESE
Português
(Broch.)
T/UNICAMP Si38f
Campinas, SP : [s.n.], 1993.
206f.
Orientador : Antonio Muniz de Rezende
Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação
Resumo: Nosso estudo visa estabelecer o conceito de ¿feminidade¿ como um saber que foi se perdendo ao longo da história, particularmente com a instituição do sistema monoteísta patriarcal e a organização de uma certa estrutura psíquica fundada no recalque da cultura anterior. D}entro dessa nova...
Resumo: Nosso estudo visa estabelecer o conceito de ¿feminidade¿ como um saber que foi se perdendo ao longo da história, particularmente com a instituição do sistema monoteísta patriarcal e a organização de uma certa estrutura psíquica fundada no recalque da cultura anterior. D}entro dessa nova organização a ¿feminidade¿ se tornou estruturalmente negativa, expressando por meio de mecanismos como o sintoma histérico e a subversidade social aquilo que outrora positivava-se como transcendência mística. Tentamos demonstrar esta hipótese através da instituição básica de uma dicotomia fundamental no ser humano que o divide em duas posições: ativa e passiva. Tomando a referencia psicanalítica do Falo como organizador dessas duas posições sexuais, encontramos duas estruturas não-simétricas e não complementares que confirmam a existência de um lugar topológico do ser para além da própria divisão sexual que o determina. A ele corresponde nossa definição de ¿feminidade¿, lugar de passividade e de transcendência, mas que foi transformado em submissão no sistema patriarcal. A esse lugar também corresponde um saber somente designável pela lógica para consistente, naquilo que vai além dos paradigmas clássicos da lógica forma