Estudo metabolico e resposta hemodinamica a sobrecarga oral de glicose em individuos portadores de hipertensão arterial essencial
Milton Lopes de Souza
TESE
Português
T/UNICAMP So89e
Campinas, SP : [s.n.], 1993.
105 f. : il.
Orientador : Elza Olga A. Muscelli Berardi
Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas
Resumo: Vários autores têm demonstrado que a fisiopatogenia da Hipertensão Arterial Essencial envolve relações com Resistência à
Insulina e Hiperinsulinemia. Vários efeitos deste hormônio são notados no sistema cardiovascular, estando implicados nos diversos setores do organismo onde a morbidade da... Ver mais Resumo: Vários autores têm demonstrado que a fisiopatogenia da Hipertensão Arterial Essencial envolve relações com Resistência à
Insulina e Hiperinsulinemia. Vários efeitos deste hormônio são notados no sistema cardiovascular, estando implicados nos diversos setores do organismo onde a morbidade da HAS se faz presente. Neste estudo, 45 indivíduos, (10 normotensos brancos, 10 normotensos negros, 14 hipertensos brancos e 11 hipertensos negros), de ambos os sexos, pareados por idade e dentro do peso ideal, foram submetidos a um Teste de Tolerância Oral à Glicose (TTOG) com 75 g de glicose, a um Teste de Tolerância à Insulina (TTI) e observados quanto às curvas glicêmica e insulinêmica, quanto à resposta pressórica e hemodinâmica, avaliadas por ecocardiograma, em intervalos de 30 min durante 120 min (TO a T120) do TTOG. A observação das curvas insulinêmicas, do TTI, bem como das medidas dos diâmetros internos e espessura do Ventrículo Esquerdo, permitiu subdividir os hipertensos em: hipertensos com hipertrofia cardíaca (n = 12), hipertensos sem hipertrofia cardíaca (n = 13), hipertensos resistentes à insulina (n = 7), hipertensos não resistentes à insulina, (n = 17), hipertensos hiperinsulinêmicos (n = 6) e hipertensos não hiperinsulinêmicos (n = 17) . A análise dos resultados demonstrou: 1- Os hipertensos apresentaram insulinemia média de JeJum mals elevada que os normotensos, e nos normotensos negros a curva insulinêmica foi mais alta que a dos brancos. 2- Cerca de 30% dos hipertensos apresentaram resistência à insulina pelo TTI e 26% hiperinsulinemia pelo cálculo da área sob a curva insulinêmica. 3- Mesmo sem intolerância à glicose, os hipertensos hiperinsulinêmicos apresentaram curva glicêmica significativamente mais elevada aos 60 min pós SOG que os normoinsulinêmicos. 4- Entre os hipertensos com hipertrofia cardíaca, 45% apresentaram resistência à insulina, porém apenas 10% mostraram-se hiperinsulinêmicos pelo método empregado e apenas 15% dos hipertensos sem hipertrofia cardíaca eram resistentes à insulina. 5- Todos os indivíduos estudados obtiveram aumento do débito e do inotropismo cardíaco após a. SOG, sendo que os hipertensos responderam mais prontamente, aos 30 min, que os normotensos. A pressão diastólica, a pressão arterial média e a resistência vascular periférica apresentaram um decréscimo de seus valores, evidenciando um efeito vasodilatador, atribuído à insulina. Nos normotensos negros a resistência vascular periférica basal foi maior que nos normotensos brancos, aproximando-se dos níveis dos hipertensos brancos. 6- A presença ou não de hipertrofia cardíaca não influiu nas respostas hemodinâmicas encontradas após SOG. 7- Não houve variação significativa da freqüência cardíaca nos diversos grupos durante o experimento.Os achados desta pesquisa sugerem a presença de resistência à insulina em uma porcentagem de pacientes hipertensos essenciais e evidenciam diferenças raciais nas respostas metabólicas e hemodinâmicas. Outro ponto relevante é a elevada associação entre resistência à insulina e hipertrofia cardíaca Ver menos
Insulina e Hiperinsulinemia. Vários efeitos deste hormônio são notados no sistema cardiovascular, estando implicados nos diversos setores do organismo onde a morbidade da... Ver mais Resumo: Vários autores têm demonstrado que a fisiopatogenia da Hipertensão Arterial Essencial envolve relações com Resistência à
Insulina e Hiperinsulinemia. Vários efeitos deste hormônio são notados no sistema cardiovascular, estando implicados nos diversos setores do organismo onde a morbidade da HAS se faz presente. Neste estudo, 45 indivíduos, (10 normotensos brancos, 10 normotensos negros, 14 hipertensos brancos e 11 hipertensos negros), de ambos os sexos, pareados por idade e dentro do peso ideal, foram submetidos a um Teste de Tolerância Oral à Glicose (TTOG) com 75 g de glicose, a um Teste de Tolerância à Insulina (TTI) e observados quanto às curvas glicêmica e insulinêmica, quanto à resposta pressórica e hemodinâmica, avaliadas por ecocardiograma, em intervalos de 30 min durante 120 min (TO a T120) do TTOG. A observação das curvas insulinêmicas, do TTI, bem como das medidas dos diâmetros internos e espessura do Ventrículo Esquerdo, permitiu subdividir os hipertensos em: hipertensos com hipertrofia cardíaca (n = 12), hipertensos sem hipertrofia cardíaca (n = 13), hipertensos resistentes à insulina (n = 7), hipertensos não resistentes à insulina, (n = 17), hipertensos hiperinsulinêmicos (n = 6) e hipertensos não hiperinsulinêmicos (n = 17) . A análise dos resultados demonstrou: 1- Os hipertensos apresentaram insulinemia média de JeJum mals elevada que os normotensos, e nos normotensos negros a curva insulinêmica foi mais alta que a dos brancos. 2- Cerca de 30% dos hipertensos apresentaram resistência à insulina pelo TTI e 26% hiperinsulinemia pelo cálculo da área sob a curva insulinêmica. 3- Mesmo sem intolerância à glicose, os hipertensos hiperinsulinêmicos apresentaram curva glicêmica significativamente mais elevada aos 60 min pós SOG que os normoinsulinêmicos. 4- Entre os hipertensos com hipertrofia cardíaca, 45% apresentaram resistência à insulina, porém apenas 10% mostraram-se hiperinsulinêmicos pelo método empregado e apenas 15% dos hipertensos sem hipertrofia cardíaca eram resistentes à insulina. 5- Todos os indivíduos estudados obtiveram aumento do débito e do inotropismo cardíaco após a. SOG, sendo que os hipertensos responderam mais prontamente, aos 30 min, que os normotensos. A pressão diastólica, a pressão arterial média e a resistência vascular periférica apresentaram um decréscimo de seus valores, evidenciando um efeito vasodilatador, atribuído à insulina. Nos normotensos negros a resistência vascular periférica basal foi maior que nos normotensos brancos, aproximando-se dos níveis dos hipertensos brancos. 6- A presença ou não de hipertrofia cardíaca não influiu nas respostas hemodinâmicas encontradas após SOG. 7- Não houve variação significativa da freqüência cardíaca nos diversos grupos durante o experimento.Os achados desta pesquisa sugerem a presença de resistência à insulina em uma porcentagem de pacientes hipertensos essenciais e evidenciam diferenças raciais nas respostas metabólicas e hemodinâmicas. Outro ponto relevante é a elevada associação entre resistência à insulina e hipertrofia cardíaca Ver menos
Abstract: To determine the possible relationship between insulin resistance, essencial hypertension and rriyocardium hipertrophy we studied 25 hypertensive patients (14 whites and 11 blacks), and 20
nOl:motensi ve (10 blacks and 10 whites). Secondary forms of hypertension were excluded as well other... Ver mais Abstract: To determine the possible relationship between insulin resistance, essencial hypertension and rriyocardium hipertrophy we studied 25 hypertensive patients (14 whites and 11 blacks), and 20
nOl:motensi ve (10 blacks and 10 whites). Secondary forms of hypertension were excluded as well other intercurrent illnesses, like DMNID and obesity. The voluntaries were submitted to an insulin tolerance test (0,1 U/kg of human insulin - TTI), and to an oral glucose tolerance test (OGTT) , concomitantly with a repeated echocardiographic evaluation (30 min intervals) . It was observed: - Seven hypertensives (about 30%) are insulin resistant (TTI) - Six hypertensive are hyperinsulinemicby the criterion of Total area under the insulin curve. These patients, alI with normal glucose tolerance, had higher glucose levels at 60 min after glucose ingestion. - Twel ve (12) hypertensives had rriyocardium hipertrophy, 45% of them were insulin resistant and only 10% were hyperinsulinemic. - A cardiac inotropic response was seen in alI, normotensive and hypertensive subjects, earlier. and stronger in the hypertensives. The blood pressure and periferic vascular resistance decreased in all groups, but it was higher in hypertensives and in nornlotensive blacks then in whites, even in basal period. There lS no difference on hemodinamics effects between patients with or without myocardium hipertrophy. - The double cross index decreased only in hypertensives till 30 or 60 minutes after glucose ingestion. There is no change of cardiac rate during all the experiments. The data obtained suggest that insulin resistance does develop in a subset of hypertensive patients, that the normotensive blacks are more" insulin resistant" than the whi tes . And also that hypertrophic patients there is no significant differences on their hemodinamic response. Also there is 45% of insulin resistant subjects in thes subgroup. there is a significant difference between whites and blacks concerning on their hemodinamic changes related to a glucose ingestion. An important point is that between hypertensive hypertrophic patients there is no significant differences on their hemodinamic response. Also there is 45% of insulin resistant subjects in these subgroup Ver menos
nOl:motensi ve (10 blacks and 10 whites). Secondary forms of hypertension were excluded as well other... Ver mais Abstract: To determine the possible relationship between insulin resistance, essencial hypertension and rriyocardium hipertrophy we studied 25 hypertensive patients (14 whites and 11 blacks), and 20
nOl:motensi ve (10 blacks and 10 whites). Secondary forms of hypertension were excluded as well other intercurrent illnesses, like DMNID and obesity. The voluntaries were submitted to an insulin tolerance test (0,1 U/kg of human insulin - TTI), and to an oral glucose tolerance test (OGTT) , concomitantly with a repeated echocardiographic evaluation (30 min intervals) . It was observed: - Seven hypertensives (about 30%) are insulin resistant (TTI) - Six hypertensive are hyperinsulinemicby the criterion of Total area under the insulin curve. These patients, alI with normal glucose tolerance, had higher glucose levels at 60 min after glucose ingestion. - Twel ve (12) hypertensives had rriyocardium hipertrophy, 45% of them were insulin resistant and only 10% were hyperinsulinemic. - A cardiac inotropic response was seen in alI, normotensive and hypertensive subjects, earlier. and stronger in the hypertensives. The blood pressure and periferic vascular resistance decreased in all groups, but it was higher in hypertensives and in nornlotensive blacks then in whites, even in basal period. There lS no difference on hemodinamics effects between patients with or without myocardium hipertrophy. - The double cross index decreased only in hypertensives till 30 or 60 minutes after glucose ingestion. There is no change of cardiac rate during all the experiments. The data obtained suggest that insulin resistance does develop in a subset of hypertensive patients, that the normotensive blacks are more" insulin resistant" than the whi tes . And also that hypertrophic patients there is no significant differences on their hemodinamic response. Also there is 45% of insulin resistant subjects in thes subgroup. there is a significant difference between whites and blacks concerning on their hemodinamic changes related to a glucose ingestion. An important point is that between hypertensive hypertrophic patients there is no significant differences on their hemodinamic response. Also there is 45% of insulin resistant subjects in these subgroup Ver menos
Estudo metabolico e resposta hemodinamica a sobrecarga oral de glicose em individuos portadores de hipertensão arterial essencial
Milton Lopes de Souza
Estudo metabolico e resposta hemodinamica a sobrecarga oral de glicose em individuos portadores de hipertensão arterial essencial
Milton Lopes de Souza
Exemplares
Nº de exemplares: 1
Não existem reservas para esta obra