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Tese (livre-docencia) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Odontologia de Piracicaba

Resumo: Este trabalho procurou estabelecer correlações entre os aspectos clínicos, histopatolõgicos e imunológicos da gengivite crônica, em humanos. Vinte pacientes, com boa saúde geral, com idades de 20 a 25 anos, foram selecionados e distribuidos em 4 grupos, de acordo com o índice Gengival (IG)...

Resumo: Este trabalho procurou estabelecer correlações entre os aspectos clínicos, histopatolõgicos e imunológicos da gengivite crônica, em humanos. Vinte pacientes, com boa saúde geral, com idades de 20 a 25 anos, foram selecionados e distribuidos em 4 grupos, de acordo com o índice Gengival (IG) de LOE & SILNESS (1963). As biópsias gengivais foram lavadas em salina isotônica a 49C, durante.36-48 horas, fixadas em etanol 951 a 49C, por 16-24 horas, e incluidas em parafina de baixo ponto de fusão, 51-53*0 ( SAINTE- MARIE, 1962). As imunoglobulinas intracelulares foram coradas com conjugado fluoresceina anti-soro humano para IgG, IgA, IgM, IgE e IgGAM. Para quantificação das imunoglobulinas foi empregado o procedimento de contagem de pontos de uma ocular integradora Zeiss, que incidiam sobre áreas fluorescentes. Nas gengivas IG=0, sem sinais clínicos de inflamação, foi observado pequeno infiltrado inflamatório de macrÕfagos e linfócitos no tecido conjuntivo e leucócitos entre as células do epitélio juncional. Na gengiva IG=1 foi observado moderado infiltrado inflamatório de macrofagos, linfócitos e alguns plasmõcitos. Nas gengivas Ig=2 e lg=3 foram observadas maiores áreas de degradação de colãgeno, aumento do número de linfócitos e principalmente de plasmõcitos. Pela imunofluorescência IgG e IgA foram detectadas em todas as gengivas, havendo sempre uma predominância de IgG sobre as demais imunoglobulinas estudadas. Com o aumento dos IG e das lesões observadas microscopicamente houve um contínuo aumento de células contendo IgG intracelular. O mesmo fato foi observado com IgA, apenas com um decréscimo nas gengivas IG=3. As relações IgG:IgA foram: 2,95:1 no IG=0, 4,85:1 no IG = 1, 6,4:1 no IG=2 e 55:1 no IG=3. IgE e IgM foram detectadas, em baixas proporções, somente nas gengivas IG=0 e IG=2, respectivamente. Estes resultados sugerem que as modificações nas propriedades imunogênicas da placa dental, a partir de IG=0, provocam uma intensificação da síntese de IgG, como resposta do hospedeiro, ampliando as condições para uma reação por imune-complexos, que associada a outros mecanismos imunológicos, levaria â alteração da homeostasia imunológica local e à manifestação da gengivite clinicamente observável. 0 constante predomínio de IgG sobre as demais gama globulinas, em todos os índices gengivais estudados, sugere que a manifes_ tação clínica da gengivite crônica encerra uma resposta humoral secundária

Abstract:This work was designed to establish the correlations among the clinical, microscopical and immunological characteristics of naturally occurring gingivitis in humans. Twenty healthy patients, aged 20 to 25 years, were selected and distributed in four groups according to the Gingival Index...

Abstract:This work was designed to establish the correlations among the clinical, microscopical and immunological characteristics of naturally occurring gingivitis in humans. Twenty healthy patients, aged 20 to 25 years, were selected and distributed in four groups according to the Gingival Index system (GI) 0f LOE ft SILNESS (1963).The gingival biopsies were washed for 36-48 hours in isotonic saline at 4'C, fixed in ice cold 951 ethanol for 16-24 hours at 49C and embedded in low melting point (51-55?C) paraffin (Sainte-Marie 1962).The intra cytoplasmic immunoglobulins were stained using anti-human fluorescein conjugated IgG, IgA, IgM, IgE and IgGAM (Behring Institute), in 1:10 dilution. The immunoglobulins quantification was performed employing the point counting procedure by using a Zeiss integration ocular. In the GI=0 gingivae, without clinical inflammation, the connective tissue had a mild inflammatory infiltrate of macrophages and lymphocytes, and leukocytes within the junctional epithelium. In the GIal gingivae, a moderate infiltrate of macrophages, lymphocytes and some plasma cells was found. In the GI = 2 and GI=3 gingivae, larger areas of collagen degradation, and increase in lymphocytes and mainly plasma cells number were observed. By immunofluorescence techniques IgG and IgA were detected in all examined gingivae, with a constant predominance of IgG over the other gamma globulins. With increasing GI and microscopical lesions there was a simultaneous increase of IgG containing cells. The same occured with IgA in all the GI, but GI=3. The average ratio of IgG:lgA was : 2.95:1 in GI=0, 4.85:1 in GI=1, 6.4:1 in GI=2 and 55.1 in GI=3. A small number of cells containing intracytoplasmic IgE and IgM were detected only in the gingivae with GI^O and GI=2, respectively. Based on these results it is proposed that the changes in the immunogenic properties of the dental plaque, initiated in the gingivae GI=0, will increase the IgG synthesis as a host response. Consequently increase the possibilities of immune-complexes reaction, that associated with other immunological mechanisms can modify the local immunological homeostasis, with the development of a clinical detectable gingivitis. As IgG was the predominant immunoglobulin in all studied gingivae, it is suggested that the clinical manifestation of chronic gingivitis reflects a secondary humoral immune response