O enfrentamento da medicalização pelo trabalho pedagogico
Ynayah Souza de Araujo Teixeira
DISSERTAÇÃO
Português
(Broch.)
T/UNICAMP T235e
Campinas, SP : [s.n.], 2007.
156 p.
Orientador: Maria Aparecida Affonso Moyses
Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas
Resumo: Esta pesquisa refere-se a crianças rotuladas como doentes, por não aprenderem, por serem imaturas, por não terem limites, por não pararem quietas, por serem indisciplinadas... Crianças que, após receberem pretensos diagnósticos/rótulos, tendo como referencial o senso comum e preconceitos...
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Resumo: Esta pesquisa refere-se a crianças rotuladas como doentes, por não aprenderem, por serem imaturas, por não terem limites, por não pararem quietas, por serem indisciplinadas... Crianças que, após receberem pretensos diagnósticos/rótulos, tendo como referencial o senso comum e preconceitos estabelecidos, sem embasamento científico, são encaminhadas para avaliações médicas e psicológicas, que legitimam sua ¿incapacidade¿, limitam suas possibilidades de desenvolvimento e as tornam prisioneiras de rótulos e marcas, não lhes restando alternativas a não ser incorporar o estigma a elas atribuído. Quando a instituição escola não consegue ensinar seus alunos, inicia-se, na maioria das vezes, o processo de medicalização do processo ensino-aprendizagem e da própria criança. A partir desse momento, as dificuldades já não são mais da instituição, pois transformadas em ¿defeitos¿ dos alunos; fabricam-se ideologicamente ¿doenças¿ que seriam as pretensas causas do fracasso escolar. A pesquisa fala das possibilidades colocadas pelo trabalho pedagógico de se abrir espaços para o acontecer destas crianças como sujeitos históricos, sociais e culturais, possibilidades alicerçadas no fato de que os significados das representações, vivenciadas em todos os espaços da vida cotidiana, são construções sociais que se transformam historicamente e que são apreendidas pelos sujeitos
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Abstract: This research refers to children labeled as sick, for not learning, being immature, not abiding to limits, not staying quiet, being undisciplined¿ Children that, after receiving alleged diagnostics, based on common sense or established preconceptions (prejudices), lacking of scientific...
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Abstract: This research refers to children labeled as sick, for not learning, being immature, not abiding to limits, not staying quiet, being undisciplined¿ Children that, after receiving alleged diagnostics, based on common sense or established preconceptions (prejudices), lacking of scientific foundations, are sent for medical and psychological evaluations, which only legitimize their ¿incapacity¿, limit their possibilities of development and make them prisoners of labels, marks, giving them no alternative other than to incorporate in themselves the stigma attributed to them. When the school is uncapable of teaching its pupils, there begins a process of medicalization of the process of teaching and a learning and of the children, most of the time. From this moment on, the difficulties are no longer the school¿s, they are instead turned into the pupils'¿defects¿: ¿illnesses¿ are then ideologically created, that allegedly account for the children¿s failures at school. This project addresses the possibilities of just making (giving) room for these children, that they can happen as subjects ¿ historical, social and cultural subjects; these possibilities are founded in the fact that the meanings of the representations that are experienced in every space of the daily life, are social constructions that are transformed historically and are so apprehended by the subjects
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Moysés, Maria Aparecida Affonso, 1949-
Orientador
Guzzo, Raquel Souza Lobo
Avaliador
Geraldi, Corinta Maria Grisolia, 1952-
Avaliador
O enfrentamento da medicalização pelo trabalho pedagogico
Ynayah Souza de Araujo Teixeira
O enfrentamento da medicalização pelo trabalho pedagogico
Ynayah Souza de Araujo Teixeira
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Nº de exemplares: 1
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