Infecções apos transplante de figado : caracteristicas e fatores de risco
Tiago Seva Pereira
DISSERTAÇÃO
Português
(Broch.)
T/UNICAMP P414i
[Infection in liver transplantation: current epidemiology and predictive factors]
Campinas, SP : [s.n.], 2006.
137 p. : il.
Orientador: Elza Cotrim Soares
Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas
Resumo: A infecção é uma das complicações mais freqüentes e graves após o transplante hepático. A evolução de técnicas operatórias e mudanças nos protocolos de transplante podem ter mudado a epidemiologia e os fatores de risco para infecções após o transplante hepático. Objetivos: estudar a...
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Resumo: A infecção é uma das complicações mais freqüentes e graves após o transplante hepático. A evolução de técnicas operatórias e mudanças nos protocolos de transplante podem ter mudado a epidemiologia e os fatores de risco para infecções após o transplante hepático. Objetivos: estudar a epidemiologia das infecções, identificar fatores de risco para infecções e verificar a influência das infecções na mortalidade após o transplante de fígado. Pacientes e métodos: estudo prospectivo de transplantados de fígado no Hospital Clínico e Provincial de Barcelona (Espanha) entre julho de 2000 e agosto de 2001. Foram coletados dados de incidência, etiologia, tipos de infecção e fatores de risco para infecção, assim como causas de mortalidade. Os fatores de risco foram identificados em análise multivariada de regressão de Cox. Resultados: Dos 81 transplantados no período de estudo, 52 (64%) tiveram infecção, sendo que 49 (60%) apresentaram 89 episódios de infecção bacteriana, metade destes nos primeiros 13 dias após o transplante. Infecções intra-abdominais (23) e urinárias (22) foram as mais comumente diagnosticadas. Bacilos Gram-negativos foram identificados em 65% das infecções com cultura positiva. Bactérias resistentes a múltiplos antibióticos estiveram presentes em 18,4% destas infecções. O citomegalovírus foi responsável por 16 (20%) episódios de infecção, que foram sintomáticos em 12. Nove (11%) pacientes tiveram infecção por fungos. Os fatores de risco independentes para infecção bacteriana foram insuficiência renal antes do transplante (RR: 2,54; p=0,004), presença de hemoperitônio (RR: 2,85; p=0,001) e anastomose biliar tipo colédoco-jejunal (RR: 2,89; p=0,015). Para infecções oportunistas virais e fúngicas, os fatores de risco encontrados foram: desenvolvimento de insuficiência renal logo após o transplante (RR: 6,29; p<0,001), necessidade de hemodiálise (RR: 9,55; p=0,016) e uso de anastomose biliar tipo colédoco-jejunal (RR: 7,34; p<0,001). Onze pacientes morreram durante o seguimento (13%), sendo 8 por causa infecciosa. Infecções oportunistas (RR: 4,5; p=0,026) e necessidade de hemodiálise (RR=99,7; p<0,001) foram os fatores de risco independentes de mortalidade. Conclusões: As infecções são, ainda, complicações freqüentes e graves no período após o transplante de fígado, e estão relacionadas a fatores cirúrgicos e insuficiência renal antes e depois do transplante
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Abstract: Infection is a frequent and severe complication of liver transplantation. Recent surgical and medical advances may have influenced epidemiology and risk factors of this complication. Aims: To study the epidemiology of infection in a prospective series of liver transplant recipients and to...
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Abstract: Infection is a frequent and severe complication of liver transplantation. Recent surgical and medical advances may have influenced epidemiology and risk factors of this complication. Aims: To study the epidemiology of infection in a prospective series of liver transplant recipients and to identify predictive factors for infection and its effects on survival. Patients and methods: patients consecutively submitted to liver transplantation between July 2000 and August 2001at the Clinical Hospital of Barcelona (Spain) were prospectively followed. The study analyzed data on incidence, etiology, risk factors and mortality. Results: Eighty-one patients were prospectively followed for 16_6 months. Forty-nine patients (60%) developed bacterial infections, half of them within 2 weeks after transplantation. Intraabdominal (23) and urinary infections (22) were the most frequent demonstrated infections. Gram-negative bacilli were isolated in 65% of culture-positive infections. Multiresistant bacteria, mainly Pseudomonas aeruginosas, accounted for 18,4% of these infections. Opportunistic viral and fungal infections were diagnosed in 21 patients (26%). There were 16 cytomegalovirus infection or disease (20%) and 9 fungal infections (11%). Independent risk factors for bacterial infection were renal impairment before transplantation (RR: 2,54; p=0,004), hemoperitoneum (RR: 2,85; p=0,001), and hepaticojejunostomy (RR: 2,89; p=0,015). Early posttransplant renal impairment with (RR: 9,55; p=0,016) or without hemodialysis requirement (RR: 6,29; p<0,001) and hepaticojejunostomy (RR: 7,34; p<0,001) were predictive factors for opportunistic infections. Eleven patients died during follow-up (13%), mainly because of sepsis (8 patients). Opportunistic infections (RR: 4.5; p=0.026) and hemodialysis requirement (RR=99.7; p<0.001) were the only identified independent predictors of mortality. Conclusions: Infections are still a frequent and severe complication following liver transplantation and are related to surgical factors and poor peritransplant renal function
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