Fenda de labio e (ou) palato e fonoaudiologia : aspectos de saude sob a visão da familia
Livia Gobby Amstalden Mendes
DISSERTAÇÃO
Português
(Broch.)
T/UNICAMP M522f
Campinas, SP : [s.n.], 2005.
169p. : il.
Orientador: Vera Lucia Gil da Silva Lopes
Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas
Resumo: INTRODUÇÃO: Fendas de lábio e(ou) palato apresentam alta prevalência e grande complexidade, gerando implicações na alimentação do neonato e, posteriormente, nos aspectos comunicativos e psicossociais. Por estas razões é necessária a assistência por equipe multiprofissional. Nesta equipe, o...
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Resumo: INTRODUÇÃO: Fendas de lábio e(ou) palato apresentam alta prevalência e grande complexidade, gerando implicações na alimentação do neonato e, posteriormente, nos aspectos comunicativos e psicossociais. Por estas razões é necessária a assistência por equipe multiprofissional. Nesta equipe, o fonoaudiólogo tem a função de prevenir, tratar e(ou) minimizar os problemas alimentares e comunicativos do indivíduo afetado. OBJETIVO: Caracterizar a assistência fonoaudiológica aos indivíduos portadores de fenda labial e (ou) palatina de uma amostra de pacientes no Ambulatório de Dismorfologia Craniofacial do Hospital de Clínicas-UNICAMP; caracterizar as orientações alimentares recebidas pelos pais das crianças afetadas no período neonatal. MÉTODO: Os dados foram coletados por meio de entrevista, dirigida por uma única pesquisadora, com pelo menos um dos pais ou responsável legal. Foi utilizado um roteiro, previamente estabelecido, contendo 35 questões. Foram entrevistados 26 pais e (ou) responsáveis por crianças com fenda de lábio e(ou) palato. RESULTADOS: O atendimento fonoaudiológico foi prestado a 84,61% (22-26), sendo, a maioria, realizado em centros específicos de tratamento a indivíduos portadores de fenda labiopalatal. O atendimento referido foi orientação sobre alimentação e
desenvolvimento de fala e linguagem. A terapia fonoaudiológica foi realizada em 50% (13/26), sendo que 53,84% (7/13) a interromperam por problemas geoeconômicos. Quanto à atenção neonatal, as orientações alimentares foram fornecidas ainda na maternidade para 73,08% (19/26) das famílias. Entretanto, isto não garantiu o ganho efetivo de peso para 84,62% (22/26) das crianças, levando ao atraso da correção cirúrgica em 66,7% (12/18) dos indivíduos. CONCLUSÃO: A assistência fonoaudiológica, tanto preventiva quanto terapêutica foi precoce, porém não periódica. Mesmo realizada em centros específicos de tratamento, isso não garantiu facilidade de acesso, adesão ao tratamento e (ou) manutenção do mesmo. Quanto à atenção neonatal, as orientações alimentares não foram fornecidas na totalidade dos casos. Quando realizadas, foram feitas de maneira aparentemente adequada. Entretanto, esta prática, por si só, não garantiu a eficácia do ganho de peso, o que consequentemente atrasou as cirurgias corretivas. De modo geral, embora a amostra residisse numa região privilegiada, com maior oferta de serviço, foram detectados problemas tanto de acesso quanto de atenção primária. Tendo em vista estes aspectos e a alta prevalência deste defeito congênito, sugere-se a adoção de medidas para melhorar o atendimento primário destes indivíduos, incluindo programa específico no Sistema Único de Saúde. Neste contexto, elaborou-se um texto referente aos recursos alimentares para o lactente com fenda de lábio e(ou) palato, o qual pretende ser útil no seguimento ambulatorial dos afetados Ver menos
desenvolvimento de fala e linguagem. A terapia fonoaudiológica foi realizada em 50% (13/26), sendo que 53,84% (7/13) a interromperam por problemas geoeconômicos. Quanto à atenção neonatal, as orientações alimentares foram fornecidas ainda na maternidade para 73,08% (19/26) das famílias. Entretanto, isto não garantiu o ganho efetivo de peso para 84,62% (22/26) das crianças, levando ao atraso da correção cirúrgica em 66,7% (12/18) dos indivíduos. CONCLUSÃO: A assistência fonoaudiológica, tanto preventiva quanto terapêutica foi precoce, porém não periódica. Mesmo realizada em centros específicos de tratamento, isso não garantiu facilidade de acesso, adesão ao tratamento e (ou) manutenção do mesmo. Quanto à atenção neonatal, as orientações alimentares não foram fornecidas na totalidade dos casos. Quando realizadas, foram feitas de maneira aparentemente adequada. Entretanto, esta prática, por si só, não garantiu a eficácia do ganho de peso, o que consequentemente atrasou as cirurgias corretivas. De modo geral, embora a amostra residisse numa região privilegiada, com maior oferta de serviço, foram detectados problemas tanto de acesso quanto de atenção primária. Tendo em vista estes aspectos e a alta prevalência deste defeito congênito, sugere-se a adoção de medidas para melhorar o atendimento primário destes indivíduos, incluindo programa específico no Sistema Único de Saúde. Neste contexto, elaborou-se um texto referente aos recursos alimentares para o lactente com fenda de lábio e(ou) palato, o qual pretende ser útil no seguimento ambulatorial dos afetados Ver menos
Abstract: INTRODUCTION: Cleft lip and (or) palate present a high prevalence and a great complexity, generating implications in neonate feeding and later in communicative and psychosocial aspects. Because of these reasons, it is necessary the assistance by a multiprofessional team. In this team, the...
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Abstract: INTRODUCTION: Cleft lip and (or) palate present a high prevalence and a great complexity, generating implications in neonate feeding and later in communicative and psychosocial aspects. Because of these reasons, it is necessary the assistance by a multiprofessional team. In this team, the phonoaudiologist has the role of preventing, treating and (or) minimizing feeding and communicative problems of the affected individual. OBJECTIVE: Characterize the phonoaudiologic assistance to individuals holders of labial and (or) palatine cleft from a sample of patients assisted for diagnosis at the Craniofacial Dysmorphology Ambulatory of the University of Campinas Teaching Hospital; characterize feeding orientations received on the neonatal period. METHOD: Twenty-six parents and (or) people responsible for children with cleft lip and (or) palate, assisted for diagnosis and genetic counseling at the Craniofacial Dysmorphology Ambulatory of the University of Campinas, were interviewed. RESULTS: The phonoaudilogic assistance was provided to 84.61% (22-26), considering that most was accomplished in specific centers for treatment of individuals holders of cleft lip and palate. The cited assistance was related to orientation about feeding and development of speech and language. The phonoaudilogic therapy was fulfilled in 50% (13/26), considering that 53.84% (7/13) interrupted it due to geoeconomical problems. Regarding the neonatal care, the feeding orientations were provided even in motherhood for 73.08% (19/26) of families. However, it did not assure the effective weight gain for 84.62% (22/26) of children, leading to delay of surgical correction in 66.7% (12/18) of affected individuals. CONCLUSION: The phonoaudilogic assistance either preventive or therapeutic was precocious, but not periodical. Even though it was performed in specific centers for treatment, it did not assure an easy access, adherence to the treatment and (or) maintenance of the same. Concerning the neonatal care, the feeding orientations were not provided in the totality of cases. When they were fulfilled, they were provided in an apparently adequate way. However, this practice itself did not assure the effectiveness of weight gain, delaying consequently the corrective surgeries. Altogether, although the sample resided in a privileged region, with a
higher offer of assistance services, both access and primary attention problems were detected. Taking into account these aspects and the high prevalence of this congenital defect, it is suggested the adoption of measures to improve the primary assistance of these individuals, including a specific program in the Unified Health System (SUS). In this context, it was elaborated a text with guidelines about possible feeding resources for the
infant with lip and (or) palate cleft, which intends to be useful on the ambulatory pursuance of affected individuals Ver menos
higher offer of assistance services, both access and primary attention problems were detected. Taking into account these aspects and the high prevalence of this congenital defect, it is suggested the adoption of measures to improve the primary assistance of these individuals, including a specific program in the Unified Health System (SUS). In this context, it was elaborated a text with guidelines about possible feeding resources for the
infant with lip and (or) palate cleft, which intends to be useful on the ambulatory pursuance of affected individuals Ver menos
Fenda de labio e (ou) palato e fonoaudiologia : aspectos de saude sob a visão da familia
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