Por que as professoras tem medo de alfabetizar?
Silvana Paula de Souza
TCC
Português
(Broch.)
TCC/UNICAMP So89p
Campinas, SP : [s.n.], 2005.
89 f.
Orientador: Roseli Aparecida Cação Fontana
Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação
Resumo: Muitas professoras das séries iniciais do Ensino Fundamental evitam assumir classes de alfabetização. Instadas a justificar o porque dessa atitude declaram que se sentem inseguras para alfabetizar. Interessada em investigar de onde vem o medo de alfabetizar manifestado pelas professoras,...
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Resumo: Muitas professoras das séries iniciais do Ensino Fundamental evitam assumir classes de alfabetização. Instadas a justificar o porque dessa atitude declaram que se sentem inseguras para alfabetizar. Interessada em investigar de onde vem o medo de alfabetizar manifestado pelas professoras, defini como questão deste estudo: Por que as professoras sentem medo de alfabetizar? Para estudar esta questão decidi aproximar-me das histórias de formação e de trabalho de professoras que admitiam seu medo de alfabetizar, procurando em seus relatos indícios das origens do medo e das condições de sua manutenção. Na tentativa de um contraponto, busquei documentar também histórias de formação e de trabalho de professoras que experimentavam esse medo e que o superaram assumindo turmas de
alfabetização. Assim formulada, a questão do estudo aproximou duas áreas de conhecimento: uma referente às relações entre psiquismo e trabalho e a outra referente à história da alfabetização no Brasil . Para discutir a questão do medo recorri a Dejours (1980) e a suas elaborações sobre a psicopatologia do trabalho. Ancorado na Psicologia Concreta de Politzer (1977), Dejours aborda o medo e outras elaborações psíquicas do trabalho a partir das relações sociais vividas pelo trabalhador. Para discutir as questões relativas à história da alfabetização no Brasil e suas implicações nos processo de formação dos professores alfabetizadores, recorri ao estudo de Mortatti (2000) e de Klein (2002). Embora a condição de gênero esteja posta na própria formulação da questão, não assumi investigar, nesta primeira aproximação da temática, os efeitos da feminização do magistério sobre a configuração do medo e de sua manutenção, nem as marcas de um modo de ser feminino na configuração do medo experimentado no trabalho pelasprofessoras estudadas Ver menos
alfabetização. Assim formulada, a questão do estudo aproximou duas áreas de conhecimento: uma referente às relações entre psiquismo e trabalho e a outra referente à história da alfabetização no Brasil . Para discutir a questão do medo recorri a Dejours (1980) e a suas elaborações sobre a psicopatologia do trabalho. Ancorado na Psicologia Concreta de Politzer (1977), Dejours aborda o medo e outras elaborações psíquicas do trabalho a partir das relações sociais vividas pelo trabalhador. Para discutir as questões relativas à história da alfabetização no Brasil e suas implicações nos processo de formação dos professores alfabetizadores, recorri ao estudo de Mortatti (2000) e de Klein (2002). Embora a condição de gênero esteja posta na própria formulação da questão, não assumi investigar, nesta primeira aproximação da temática, os efeitos da feminização do magistério sobre a configuração do medo e de sua manutenção, nem as marcas de um modo de ser feminino na configuração do medo experimentado no trabalho pelasprofessoras estudadas Ver menos
Por que as professoras tem medo de alfabetizar?
Silvana Paula de Souza
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