Montanhas e memorias, uma identificação cultural no Marumbi
Alessandra Izabel de Carvalho
TESE
Português
T/UNICAMP C253m
Campinas, SP : [s.n.], 2005.
265 p. : il.
Orientador: Edgar Salvadori De Decca
Tese aguardando autorização para liberação do texto completo no Repositório da Produção Científica e Intelectual da UNICAMP
Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencia Humanas
Resumo: Trata-se de um estudo sobre o marumbinismo, uma manifestação específica da prática do montanhismo que se delineou nas montanhas do Marumbi, porção paranaense da Serra do Mar, entre as décadas de 1940 e 1960. O grupo que sistematicamente se deslocava para aquelas montanhas acabou edificando...
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Resumo: Trata-se de um estudo sobre o marumbinismo, uma manifestação específica da prática do montanhismo que se delineou nas montanhas do Marumbi, porção paranaense da Serra do Mar, entre as décadas de 1940 e 1960. O grupo que sistematicamente se deslocava para aquelas montanhas acabou edificando uma cultura própria, evidenciada por meio de um conjunto de sentimentos e atitudes para com o ambiente natural e das relações que estabeleceram entre si. Os estudos no campo da memória permitiram um entendimento da lógica interna do grupo representada nos parâmetros da sociabilidade vivenciada entre eles. Tal abordagem possibilitou também a identificação de camadas mais profundas de memórias que informaram, e informam ainda hoje, muito das interações que envolvem pessoas e montanhas. A uma certa distância, e por muito tempo, a experiência de montanha foi, primordialmente, balizada pelos mitos e pelas referências literárias clássicas e bíblica. No século XVII, o dilema da passagem do discurso religioso para o discurso científico estabeleceu uma nova forma de as pessoas pensarem a si mesmas e ao seu universo. Naquele momento as características terrestres, entre elas as montanhas, eram explicadas a partir de teorias que tentavam combinar o dogmatismo teológico e os conhecimentos produzidos pela Revolução Científica. Com efeito, na viagem que visava ao culto ao antigo, os viajantes foram expostos à grandiosidade de cenários como o do mundo alpino e vivenciaram uma experiência in loco nas montanhas. Novas concepções de tempo, de espaço e de conhecimento (cada vez mais dessacralizados) facilitaram a aproximação humana às regiões alcantiladas. Em busca de uma experiência sublime ou das informações científicas que conformavam uma nova ordem natural, as pessoas começam a subir as encostas das montanhas. No caminho, perceberam que aquele era um movimento que atingia não apenas os músculos, mas também o espírito e, sobretudo, era fascinantemente prazeroso
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Abstract: This is a study about "marumbinismo", a specific manifestation of mountaineeringthat developed in the Marumbi mountains, located in the sea mountain range in the state of Parana, between the decades of 1940 and 1960. The group that systematically went to those mountains consolidated a...
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Abstract: This is a study about "marumbinismo", a specific manifestation of mountaineeringthat developed in the Marumbi mountains, located in the sea mountain range in the state of Parana, between the decades of 1940 and 1960. The group that systematically went to those mountains consolidated a culture of their own, evinced by a set of attitudes and feelings towards the natural environment, and the relationships established among themselves. Studies in the field of memory allowed for an understanding of the group internal reasoning, manifested in the parameters of the sociability experienced by them. Such approach also allowed for the identification of deeper layers of memories that informed, and still do until today, a lot about the interaction comprehending people and mountains. From a certain distance, and for quite a long time, the mountain experience was at first ruled by myths and by classical and bíblical literary references. In the XVII century, the dilemma of the transition from a religious to a scientific discourse established a new way for people to think about themselves and their universe. At that moment, the earthy characteristics, including the mountains, were explained based on theories that tried to combine the theological dogmatism and the knowledge produced by the Scientific Revolution. Effectively, in journeys engaged in the cult of the ancient, the travelers were exposed to the greatness of sceneries such as the alpine world, and lived and in loco experience in the mountains. New concepts of time, space and knowledge, which was more and more desacralized, made the human approach to cragged areas easier. Searching for either a sublime experience or the scientific information that built a new natural order, people start climbing the mountain sides. On their path, they realized that such movement reached not onlytheir muscles, but also their spirits, and, above ali, it was astonishingly pleasant
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De Decca, Edgar Salvadori, 1946-2016
Orientador
Burmester, Ana Maria de Oliveira
Avaliador
Pádua, José Augusto, 1959-
Avaliador
Rubino, Silvana Barbosa, 1959-
Avaliador
Rago, Luzia Margareth, 1948-
Avaliador
Montanhas e memorias, uma identificação cultural no Marumbi
Alessandra Izabel de Carvalho
Montanhas e memorias, uma identificação cultural no Marumbi
Alessandra Izabel de Carvalho
Exemplares
Nº de exemplares: 2
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