O problema do suicidio em Santo Agostinho a luz do De civ. Dei, I
Paulo de Goes
TESE
Português
(Broch.)
T/UNICAMP G553p
Campinas, SP : [s.n.], 2004.
227 p.
Orientador : Francisco Benjamin de Souza Netto
Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas
Resumo: Considerando o livro I do De civitate Dei uma primeira exposição bem-articulada que se conhece no Ocidente sobre o suicídio, pretende-se abordar o tema a partir de dois ângulos. Num primeiro momento, apresenta-se a sólida argumentação de S. Agostinho no que diz respeito à condenação do...
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Resumo: Considerando o livro I do De civitate Dei uma primeira exposição bem-articulada que se conhece no Ocidente sobre o suicídio, pretende-se abordar o tema a partir de dois ângulos. Num primeiro momento, apresenta-se a sólida argumentação de S. Agostinho no que diz respeito à condenação do suicídio. Prevalece, nesse caso, a lógica de sua argumentação condenatória, haurida da herança cristã, no que conceme à valorização da vida e à consideração desta como dádiva divina. Num segundo momento, constata-se que a mesma lógica não é utilizada em determinados casos. Absolve personagens bíblicos que praticaram o ato e suspende o juízo quando se refere a mulheres virtuosas, veneradas pela Tradição. Por outro lado, condena claramente, quando se trata de personagens pagãos, não obstante serem nobres e elevados os motivos que os teriam levado à prática do suicídio. Exprime, portanto, a força da veneratio e o predomínio da aversão às práticas não-cristãs, mesmo que estas apresentem motivos justificáveis, tais como a defesa da honra, dentro da cultura da época. Inseriu-se na perspectiva da apologética de seu tempo, a saber, a exaltação da morte heróica (especialmente numa época em que o martírio não era um fato esporádico), e a condenação dos atos pagãos, mesmo que tais atos se apresentassem revestidos de heroísmo, contudo, despojados da caritas. O tratamento diferenciado surge no momento em que o rigor de sua lógica de condenação ao suicídio não foi suficiente para apresentar um enfoque novo em relação a casos já louvados pela Tradição
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Abstract: Considering the book I of De civitate Dei a first well-articulate exposure known in the West about suicide, it is intended to approach the subject ITom two points ofview. At a first moment, it is presented the solid argumentation of St. Augustine in regard to the condemnation of the...
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Abstract: Considering the book I of De civitate Dei a first well-articulate exposure known in the West about suicide, it is intended to approach the subject ITom two points ofview. At a first moment, it is presented the solid argumentation of St. Augustine in regard to the condemnation of the suicide. It prevails, in that case, the logic of his condemnatory argumentation, exhausted ITom Christian inheritance, in what concems the valorization of tife and to consideration ofthat as a divine gift. At a second moment, it is veritied that the same logic is not used in certain cases. It absolves biblical characters that committed the act and it suspends the judgment when it refers to virtuous ~omen, worshipped by the Tradition. On the other hand, it condemns c1early, when it refers to pagan characters, in spite of they being noble and high the reasons that would have cause them to commit suicide. It expresses, therefore, the force of veneratio and the prevalence of aversion to nonChristians practices, even if they present justifiable reasons, such as the defense of honor, inside the culture of the time. It was inserted in the perspective of the apologetic of his time the exaltation of heroic death (especial1y in a time when the martyrdom was not a sporadic fact), and the condemnation of pagan acts, even if such acts were covered by heroism, however, deprived of cantas. The differentiated treatment appears when the rigidity of his condemnation logic about suicide was not enough for presenting a new focus regarding to cases already praised by the Tradition
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Puente, Fernando Rey
Avaliador
Estevão, Jose Carlos
Avaliador
Novaes, Moacyr
Avaliador
Nogueira, Paulo Augusto de Souza
Avaliador
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Paulo de Goes
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