Sintomas osteomusculares e qualidade de vida em professores do ensino fundamental
Ana Julia Frazão Panzeri
DISSERTAÇÃO
Português
(Broch.)
T/UNICAMP P196s
[Musculoskeletal symptoms and quality of life in teachers of elementary and secondary schools]
Campinas, SP : [s.n.], 2004.
146p. : il.
Orientador: Neusa Maria Costa Alexandre
Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas
Resumo: O objetivo da presente pesquisa foi identificar a ocorrência de sintomas musculoesqueléticos em professores do Ensino Fundamental, bem como a sua localização corporal, aspectos de qualidade de vida e tarefas do trabalho docente percebidas como mais fatigantes. Trata-se de um estudo...
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Resumo: O objetivo da presente pesquisa foi identificar a ocorrência de sintomas musculoesqueléticos em professores do Ensino Fundamental, bem como a sua localização corporal, aspectos de qualidade de vida e tarefas do trabalho docente percebidas como mais fatigantes. Trata-se de um estudo transversal, com 157 professores efetivos da rede estadual e municipal de ensino da cidade de São João da Boa Vista. Foi utilizado um questionário auto-aplicável composto por quatro partes. Os instrumentos compreenderam um inventário sobre dados gerais e ocupacionais, uma adaptação da parte geral do Questionário Nórdico; o questionário genérico de avaliação da qualidade de vida (SF-36) e a escala RPE
(Rating of Perceived Exertion) de Borg. Inicialmente foi realizada uma análise descritiva. Para realizar a análise estatística compararam-se dois grupos de sujeitos, com e sem sintomas nos últimos 12 meses. Posteriormente, compararam-se esses dois grupos especificamente em relação às regiões corporais de maior ocorrência de sintomas. As variáveis categóricas foram analisadas pelo teste de associação Qui-Quadrado ou teste de Fisher, e as variáveis contínuas pelo teste Mann-Whitney por abordagem metodológica quantitativa, com um nível de significância de 5%. Foi realizada também uma análise de regressão logística multivariada. Dos participantes, 90,4% apresentaram sintomas musculoesqueléticos nos últimos 12 meses e 64,3% nos últimos sete dias. As áreas corporais mais atingidas foram as regiões lombar, torácica, cervical, ombros e punhos e mãos. Quanto aos indicadores de gravidade, 35,7% referiram ter deixado de realizar atividades normais e 44,6% procuraram um profissional da área da saúde em razão da presença desses
sintomas. Os dados sugeriram que professores mais jovens, que não possuem uma união estável, sem filhos e com um tempo menor de atuação profissional estão mais sujeitos ao aparecimento de sintomas osteomusculares. Os professores que referiram dor osteomuscular apresentaram, comprometimento nos seguintes domínios da qualidade de vida: dor, vitalidade, aspecto emocional, saúde mental, aspecto social, estado geral de saúde, aspectos físicos e capacidade funcional. Quanto às atividades do trabalho percebidas como mais fatigantes para o sistema musculoesquelético, "corrigir caderno na carteira do aluno (com inclinação de tronco) na posição em pé", "permanecer em pé durante toda a aula", "retirar grandes quantidades de materiais do armário e levá-los a mesa do professor" e "escrever na lousa" foram as atividades que apresentaram escores mais altos. Os resultados deste estudo confirmam a gravidade do problema entre os professores e reforçam a necessidade de novas pesquisas Ver menos
(Rating of Perceived Exertion) de Borg. Inicialmente foi realizada uma análise descritiva. Para realizar a análise estatística compararam-se dois grupos de sujeitos, com e sem sintomas nos últimos 12 meses. Posteriormente, compararam-se esses dois grupos especificamente em relação às regiões corporais de maior ocorrência de sintomas. As variáveis categóricas foram analisadas pelo teste de associação Qui-Quadrado ou teste de Fisher, e as variáveis contínuas pelo teste Mann-Whitney por abordagem metodológica quantitativa, com um nível de significância de 5%. Foi realizada também uma análise de regressão logística multivariada. Dos participantes, 90,4% apresentaram sintomas musculoesqueléticos nos últimos 12 meses e 64,3% nos últimos sete dias. As áreas corporais mais atingidas foram as regiões lombar, torácica, cervical, ombros e punhos e mãos. Quanto aos indicadores de gravidade, 35,7% referiram ter deixado de realizar atividades normais e 44,6% procuraram um profissional da área da saúde em razão da presença desses
sintomas. Os dados sugeriram que professores mais jovens, que não possuem uma união estável, sem filhos e com um tempo menor de atuação profissional estão mais sujeitos ao aparecimento de sintomas osteomusculares. Os professores que referiram dor osteomuscular apresentaram, comprometimento nos seguintes domínios da qualidade de vida: dor, vitalidade, aspecto emocional, saúde mental, aspecto social, estado geral de saúde, aspectos físicos e capacidade funcional. Quanto às atividades do trabalho percebidas como mais fatigantes para o sistema musculoesquelético, "corrigir caderno na carteira do aluno (com inclinação de tronco) na posição em pé", "permanecer em pé durante toda a aula", "retirar grandes quantidades de materiais do armário e levá-los a mesa do professor" e "escrever na lousa" foram as atividades que apresentaram escores mais altos. Os resultados deste estudo confirmam a gravidade do problema entre os professores e reforçam a necessidade de novas pesquisas Ver menos
Abstract: The objective of the present study was to identify the occurrence of musculoskeletal symptoms in teachers, as well as their localization, aspects of quality of lifeand teaching tasks perceived as more stressful. This is a transversal study carried out with 157 teachers of the state and...
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Abstract: The objective of the present study was to identify the occurrence of musculoskeletal symptoms in teachers, as well as their localization, aspects of quality of lifeand teaching tasks perceived as more stressful. This is a transversal study carried out with 157 teachers of the state and city educational network in a city in the interior of the state of São Paulo. A self-applicable questionnaire, composed of four parts, was used. The instruments comprehended an inventory on unspecified and occupational data, adapted from the general portion of the Nordic Questionnaire; the generic questionnaire for evaluation of quality of life (SF-36) and Borg's RPE scale (Rating of Perceived Exertion). A descriptive analysis was performed as a first step. In order to carry out the statistical analysis two groups of subjects were compared, with and without symptoms in the previous 12 months. These two groups were afterward specifically compared as regards the body areas where symptom occurrence is more common. Chi-square or exact Fisher tests was applied for categorical variables, and the Mann-Whitney test for continuous variables additionally multivariate logistic regression analysis were performed. The significance levei adopted for statistical analysis was 5%. Of ali participants, 90.4% presented musculoskeletal symptoms in the previous 12 months and 64.3% in the previous seven days. The most frequently affected body areas were the lumbar, thoracic, cervical, shoulder and wrist and hand regions. As regards severity indicators, 35.7% referred having discontinued normal activities and 44.6% sought the attention of a health care professional as a result of the presence of these symptoms. The data suggest that younger teachers, who are not in a stable affective relationship, do not have children and have less time of professional activity are more prone to the occurrence of musculoskeletal symptom. The teachers that complained of musculoskeletal pain presented
impairment of the followingquality of life aspects: pain, vitality,emotional aspect, mental health, social aspect, general health, physical aspects and functional capacity. Concerning the work activities perceived as more stressful to the
musculoskeletal system, such as "Correcting assignments at the student's desk (bending the trunk) in the standing position", "Remaining in the standing position during the entire class"I "Removing large quantities of materiais from the cupboard and take them to the teacher's desk" and "Writingon the board"were the activities that presented the highest scores. The results of this study confirm the severity of the problem among teachers and emphasize the need for new research Ver menos
impairment of the followingquality of life aspects: pain, vitality,emotional aspect, mental health, social aspect, general health, physical aspects and functional capacity. Concerning the work activities perceived as more stressful to the
musculoskeletal system, such as "Correcting assignments at the student's desk (bending the trunk) in the standing position", "Remaining in the standing position during the entire class"I "Removing large quantities of materiais from the cupboard and take them to the teacher's desk" and "Writingon the board"were the activities that presented the highest scores. The results of this study confirm the severity of the problem among teachers and emphasize the need for new research Ver menos
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