Reflexões neurolinguisticas sobre a surdez
Ana Paula de Oliveira Santana
TESE
Português
(Broch.)
T/UNICAMP Sa59r
Campinas, SP : [s.n.], 2003.
312 p. : il.
Orientador: Edwiges Maria Morato
Tese aguardando autorização para liberação do texto completo no Repositório da Produção Científica e Intelectual da UNICAMP
Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem
Resumo: Na surdez, encontramos uma condição (neuro) lingüística de grande diversidade. Essa diversidade se dá pela heterogeneidade lingüística, pelo uso da leitura labial, da língua de sinais, da fala, da "audição" alcançada por meio das próteses auditivas e dos implantes cocleares. Essas condições...
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Resumo: Na surdez, encontramos uma condição (neuro) lingüística de grande diversidade. Essa diversidade se dá pela heterogeneidade lingüística, pelo uso da leitura labial, da língua de sinais, da fala, da "audição" alcançada por meio das próteses auditivas e dos implantes cocleares. Essas condições dependem ainda de outras variáveis: usos da língua, interlocutores com diferentes graus de proficiência, possibilidades de adquirir uma segunda língua, métodos formais ou não formais na aprendizagem da segunda língua, tipo de relação de cada sujeito com essa(s) língua(s). O objetivo desta tese é discutir, nesse contexto, a relação entre cérebro, linguagem e cognição. Para tanto, tomo como posto de observação uma neurolingüística de abordagem discursiva, que leva em conta as relações entre linguagem, cognição e cérebro, contingenciadas pela cultura, pelas interações sociais, pela intersubjetividade. Este estudo revela que a organização cerebral modifica-se sob condições lingüísticas e cognitivas diversas. O cérebro humano, por sua natureza plástica e dinâmica, é capaz de novas (re)organizações funcionais resultantes do contexto sócio-histórico de que o sujeito participa. Da mesma forma, a aquisição da linguagem modifica e amplia os processos cognitivos. Essas questões estão diretamente relacionadas ao modo como a sociedade, os surdos e seus familiares lidam com a surdez, como se relacionam com a(s) língua(s), como interpretam o mundo. Isso quer dizer que não podemos fazer generalizações arbitrárias sobre o "cérebro do surdo" ou sobre sua linguagem, ou esperar que a metodologia educacional associada à teoria seja a mesma encontrada na prática e em circunstâncias reais de aquisição e desenvolvimento da linguagem. São as práticas sociais com a linguagem o ponto principal de nossa organização lingüístico cognitiva. Nesta tese discuto aspectos relacionados apenas a surdos de grau profundo, filhos de pais ouvintes. Para discutir determinadas questões, foram levados em conta dados lingüísticos de surdos que participam de abordagem bilíngüe, surdos que foram submetidos à abordagem oralista e surdos que possuem implante coclear. Os surdos que participaram desta pesquisa freqüentam ou freqüentaram os seguintes centros especializados: DERDIC (PUC/SP), CENTRINHO (USP /Bauru) e CEPRE (UNICAMP)
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