Homogeneização e segregação : um estudo sobre a educação especial na decada de 1930
Josiane Nohama
TCC
Português
TCC/UNICAMP N69h
Campinas, SP : [s.n.], 2002.
81 f.
Orientador: Heloisa Helena Pimenta Rocha
Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação
Resumo: O trabalho visa estudar a influência da Psicologia na educação brasileira e, mais especificamente, nas discussões sobre a Educação Especial, na década de 1930. Para tanto, toma como fonte o periódico paulista Revista da Educação, detende-se sobre artigos que, direta eu indiretamente, abordam...
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Resumo: O trabalho visa estudar a influência da Psicologia na educação brasileira e, mais especificamente, nas discussões sobre a Educação Especial, na década de 1930. Para tanto, toma como fonte o periódico paulista Revista da Educação, detende-se sobre artigos que, direta eu indiretamente, abordam questões ligadas a Educação Especial. São analisados dezesseis artigos publicados na Revista de Educação, com o objetivo de compreender o papel da Psicologia na definição/identificaçäo dos comportamentos considerados "anormais" e no tratamento que se deveria dar, no âmbito educacional, as crianças consideradas deficientes/diferentes/anormais. Num momento em que se visava a urna reorganização educacional, pautada nos princípios de homogeneização, racionalização e eficiência, a Psicologia ganhava cada vez mais adeptos e introduzia seus conceitos na área educacional como uma forma de medir as capacidades individuais, por meio dos testes psicológicos, tendo como objetivo identificar e segregar os anormais". A homogeneização de classes visava, na concepção dos autores estudados, não apenas o progresso do ensino, mas também o progresso do país. Acreditava-se que a homogeneização facilitaria e agilizaria o trabalho docente, formaria pessoas disciplinadas e aptas ao trabalho. Neste sentido, a Psicologia contribuiu na constituição da Educação Especial no Brasil, identificando e definindo quem eram os "anormais" e, ainda, propondo, como forma de tratamento para as crianças ¿anormais¿ a sua segregação. Portanto, a Psicologia assumiu e foi considerada como portadora de uma autoridade que ultrapassou, evidentemente, os limites de sua competência. Isso não ocorreu sem razões politicas precisas, surgindo a Psicologia em muitas situações para validar posições ideológicas que serviram à marginalização e a rotulação de grande parte da população em função da sua etnia, classe socio-econômica e grupo cultural.
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