Crises financeiras dos paises "emergentes" : uma interpretação heterodoxa
Daniela Magalhães Prates
TESE
Português
(Broch.)
T/UNICAMP P887c
Campinas, SP : [s.n.], 2002.
205 p.
Orientador: Ricardo de Medeiros Carneiro
Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Economia
Resumo: Esta tese pretende avançar na compreensão das causas da maior vulnerabilidade dos países "emergentes" às crises financeiras nos anos 90, a partir de uma abordagem heterodoxa, a qual permite a introdução no esquema analítico de um elemento, ao nosso ver fundamental, para a compreensão dessas...
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Resumo: Esta tese pretende avançar na compreensão das causas da maior vulnerabilidade dos países "emergentes" às crises financeiras nos anos 90, a partir de uma abordagem heterodoxa, a qual permite a introdução no esquema analítico de um elemento, ao nosso ver fundamental, para a compreensão dessas crises: a dinâmica do sistema monetário e financeiro internacional
contemporâneo, enquanto um arranjo institucional hierarquizado e assimétrico em tomo de uma moeda-chave, o dólar. No capítulo 1, apresentam-se os modelos convencionais de crises financeiras nos países "emergentes" desenvolvidos após as crises mexicana e asiática. Argumenta-se que, nesses modelos, os determinantes, em última instância, das crises, continuam sendo os desequilíbrios internos aos países. Este resultado está, por sua vez, associado ao fato de que, apesar da incorporação de fatos estilizados característicos do sistema financeiro internacional contemporâneo, a dinâmica deste sistema está, de forma geral, ausente dos novos modelos, ou é inserida de forma parcial e insuficiente, a partir do relaxamento da hipótese de informação perfeita. O capítulo 2 dedica-se à análise desta dinâmica, a partir das contribuições de diversos autores heterodoxos. Procura-se mostrar que o sistema monetário e financeiro internacional contemporâneo é intrinsecamente instável, característica que se manifesta na natureza volátil dos fluxos de capitais. Um das principais expressões dessa instabilidade foram exatamente as sucessivas crises financeiras
que eclodiram nos chamados países "emergentes" nos anos 90. No capítulo 3, tomando como ponto de partida essa hipótese, procura-se desenvolver uma interpretação heterodoxa dessas crises. Após caracterizar, de forma geral, a sua dinâmica interna, e
apontar algumas especificidades das crises latino-americanas e asiática, argumenta-se que as assimetrias monetárias e financeiras daquele sistema explicam a maior vulnerabilidade dos países "emergentes" às crises financeiras, bem como a tendência ao endividamento em moeda estrangeira e à dolarização, fatores subjacentes ao caráter predominantemente gêmeo das crises financeiras desses países, ao contrário do que se verifica nos países centrais Ver menos
contemporâneo, enquanto um arranjo institucional hierarquizado e assimétrico em tomo de uma moeda-chave, o dólar. No capítulo 1, apresentam-se os modelos convencionais de crises financeiras nos países "emergentes" desenvolvidos após as crises mexicana e asiática. Argumenta-se que, nesses modelos, os determinantes, em última instância, das crises, continuam sendo os desequilíbrios internos aos países. Este resultado está, por sua vez, associado ao fato de que, apesar da incorporação de fatos estilizados característicos do sistema financeiro internacional contemporâneo, a dinâmica deste sistema está, de forma geral, ausente dos novos modelos, ou é inserida de forma parcial e insuficiente, a partir do relaxamento da hipótese de informação perfeita. O capítulo 2 dedica-se à análise desta dinâmica, a partir das contribuições de diversos autores heterodoxos. Procura-se mostrar que o sistema monetário e financeiro internacional contemporâneo é intrinsecamente instável, característica que se manifesta na natureza volátil dos fluxos de capitais. Um das principais expressões dessa instabilidade foram exatamente as sucessivas crises financeiras
que eclodiram nos chamados países "emergentes" nos anos 90. No capítulo 3, tomando como ponto de partida essa hipótese, procura-se desenvolver uma interpretação heterodoxa dessas crises. Após caracterizar, de forma geral, a sua dinâmica interna, e
apontar algumas especificidades das crises latino-americanas e asiática, argumenta-se que as assimetrias monetárias e financeiras daquele sistema explicam a maior vulnerabilidade dos países "emergentes" às crises financeiras, bem como a tendência ao endividamento em moeda estrangeira e à dolarização, fatores subjacentes ao caráter predominantemente gêmeo das crises financeiras desses países, ao contrário do que se verifica nos países centrais Ver menos
Abstract: Not informed.
Crises financeiras dos paises "emergentes" : uma interpretação heterodoxa
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