Quantificação da função esfincteriana pela medida da capacidade de sustentação da pressão de contração voluntaria do canal anal
Luiz Henrique Cury Saad
TESE
Português
(Broch.)
T/UNICAMP Sa11q
Campinas, SP : [s.n.], 2002.
142p. : il.
Orientador: Juvenal Ricardo Navarro Goes
Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas
Resumo: Verificou-se que pacientes incontinentes submetidos à manometria anorretal podem apresentar pressão média de repouso e pressão máxima de contração voluntária dentro da faixa de normalidade. À partir da constatação de que as medidas de pressão média de repouso e pressão máxima de contração...
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Resumo: Verificou-se que pacientes incontinentes submetidos à manometria anorretal podem apresentar pressão média de repouso e pressão máxima de contração voluntária dentro da faixa de normalidade. À partir da constatação de que as medidas de pressão média de repouso e pressão máxima de contração voluntária (PMCV) esfincteriana não refletem a real situação clínica do paciente, levantou-se a hipótese de a capacidade de sustentação da pressão de contração (CS) seria uma medida mais correta para a avaliação da continência fecal, no que diz respeito à função de contração esfincteriana. Foram incluídos no estudo 72 pacientes portadores de incontinência fecal em graus variados, desde escapes ocasionais de fezes e de gases até incontinência franca à fezes sólidas, e 15 indivíduos normais, escolhidos, aleatoriamente, entre os pacientes encaminhados devido à outras queixas ou situações, como: proctalgia, prurido anal, pré-operatório de reconstrução de trânsito intestinal e pré-operatório de cirurgia de coluna lombossacra. Todos os indivíduos normais não apresentavam queixas de incontinência fecal de qualquer grau. Os pacientes incontinentes e os indivíduos normais foram submetidos à manometria anorretal onde foram analisados os seguintes parâmetros: pressão média de repouso (PMR), pressão máxima de contração voluntária (PMCV), capacidade de sustentação da pressão de contração voluntária (CS) . Entre os pacientes incontinentes, 39(54%) apresentaram níveis normais de PMCV e 33(46%) PMCV abaixo do normal; e todos os indivíduos normais apresentaram PMCV em nível normal. Em relação a CS, verificou-se que 56(78%) dos pacientes incontinentes apresentaram capacidade inadequada. A medida da PMCV apresentou excelente especificidade (100%), porém, baixa sensibilidade (46%) para incontinência fecal. Comparativamente, a medida da CS apresentou alta especificidade (93%) e alta sensibilidade (78%) para incontinência fecal. Além disso, a medida da PMCV não indicou falso positivo (PF+ = 0), mas, em compensação, apresentou 72% de falso negativo. A probabilidade deste fato ocorrer com a medida da CS foi, praticamente, 20% menor, valor estatisticamente significante. Concluindo, a medida da CS é um bom indicativo da função esfincteriana do canal anal em relação à continência fecal
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Abstract: It has been demonstrated that the maximum squeeze pressure and the average resting pressure do not reflect the actual clinical situation of the fecal incontinence bearer. Under the hypothesis that squeezing and keeping the contraction is more important than simply to squeeze, even if with...
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Abstract: It has been demonstrated that the maximum squeeze pressure and the average resting pressure do not reflect the actual clinical situation of the fecal incontinence bearer. Under the hypothesis that squeezing and keeping the contraction is more important than simply to squeeze, even if with momentary pressure peaks, the support capacity of sustained squeeze pressure of the anal canal was analyzed with the intent of quantifying the sphincteric function relative to fecal continence. A sample of 72 fecal incontinents in different degrees (among which 56 women), as well as 15 normal individuals (among which 9 women), was submitted to anorectal manometry to measure the average resting pressure, the maximum squeeze pressure and the support capacity of sustained squeeze pressure. The maximum squeeze pressure presented excellent specificity (100%), but low sensitivity (46%) for fecal incontinence. Comparatively, the support capacity of sustained squeeze pressure presented high specificity (93%) and high sensitivity (78%) for fecal incontinence. Although the maximum squeeze pressure did not indicate false positive (PF+ = 0), it presented a 72% false negative. The probability of this event happening with the support capacity measure is practically 20% lower, which is statistically significant. The indicator of sphincterial function can be better analyzed through support capacity. The support capacity translates more precisely the functional capacity of the anal canal in relation to voluntary continence, and it is better than maximum squeeze pressure as an isolated indicator
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Goes, Juvenal Ricardo Navarro, 1949-2007
Orientador
Jorge, Jose Marcio Neves
Avaliador
Klug, Wilmar Artur
Avaliador
Fagundes, João Jose, 1943-
Avaliador
Coy, Claudio Saddy Rodrigues, 1961-
Avaliador
Quantificação da função esfincteriana pela medida da capacidade de sustentação da pressão de contração voluntaria do canal anal
Luiz Henrique Cury Saad
Quantificação da função esfincteriana pela medida da capacidade de sustentação da pressão de contração voluntaria do canal anal
Luiz Henrique Cury Saad
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