Sobre a virtude estoica
Ronildo Alves dos Santos
DISSERTAÇÃO
Português
(Broch.)
T/UNICAMP Sa59s
Campinas, SP : [s.n.], 2002.
130 p.
Orientador : João Quartim de Moraes
Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas
Resumo: o estoicismo buscou derivar a moralidade de uma tendência primitiva, a oikeíosis, presente em todos os seres animados. Biologicamente essa tendência se manifesta como um instinto de conservação presidindo o comportamento; psicologicamente ela se apresenta como um amor-de-si em virtude do...
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Resumo: o estoicismo buscou derivar a moralidade de uma tendência primitiva, a oikeíosis, presente em todos os seres animados. Biologicamente essa tendência se manifesta como um instinto de conservação presidindo o comportamento; psicologicamente ela se apresenta como um amor-de-si em virtude do qual cada ser não tem nada de mais querido que si mesmo. Tal tendência é profundamente transformada quando aparece, no homem, um princípio que vai lhe distinguir essencialmente de todos os outros seres e lhe conferir sua especificidade: a razão - a partir de então será a si mesmo enquanto ser racional e não mais enquanto animal que o homem está apropriado. É esta razão que funda toda sua atividade cognitiva e, igualmente, seu agir moral. O ato moral decorre, com efeito, do conhecimento e a virtude é definida como um saber. Sem sair da esfera da natureza, já que a razão é imanente à natureza, penetramos assim na esfera da moralidade e vemos
se delinear o fim último que a tendência, interiormente transformada pelo advento da razão, deve se propor: "a vida conforme à natureza, isto é, segundo a virtude", ou, segundo ainda uma precisão dada por Crísipo: "viver segundo a virtude equivale a viver conforme à experiência das coisas que acontecem naturalmente"; ele acrescenta que por natureza "é preciso entender tanto aquela que é própria do homem quanto a do Todo",
Definida como um saber a virtude se especifica nas quatro virtudes fundamentais ou cardeais: a prudência, a justiça, a coragem e a temperança - elas próprias subdivididas em uma quantidade de virtudes particulares -, mas que são, na realidade, inseparáveis e formam um corpo indissolúvel: nenhuma pode se realizar sem arrastar todas as outras consigo. Tendo consciência da fragilidade, ocasionada pela precariedades das fontes,
que pode apresentar a tentativa de reconstrução teórica de uma moral que buscava se afirmar sob uma concepção de totalidade orgânica, o objetivo deste trabalho é de tentar dar conta da noção de virtude e de seu lugar no conjunto da doutrina estóica Ver menos
se delinear o fim último que a tendência, interiormente transformada pelo advento da razão, deve se propor: "a vida conforme à natureza, isto é, segundo a virtude", ou, segundo ainda uma precisão dada por Crísipo: "viver segundo a virtude equivale a viver conforme à experiência das coisas que acontecem naturalmente"; ele acrescenta que por natureza "é preciso entender tanto aquela que é própria do homem quanto a do Todo",
Definida como um saber a virtude se especifica nas quatro virtudes fundamentais ou cardeais: a prudência, a justiça, a coragem e a temperança - elas próprias subdivididas em uma quantidade de virtudes particulares -, mas que são, na realidade, inseparáveis e formam um corpo indissolúvel: nenhuma pode se realizar sem arrastar todas as outras consigo. Tendo consciência da fragilidade, ocasionada pela precariedades das fontes,
que pode apresentar a tentativa de reconstrução teórica de uma moral que buscava se afirmar sob uma concepção de totalidade orgânica, o objetivo deste trabalho é de tentar dar conta da noção de virtude e de seu lugar no conjunto da doutrina estóica Ver menos
Abstract: Not informed.
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