Estudo da função das glandulas supra-renais em pacientes asmaticos em uso de beclometasona e fluticasona
Rosana Galli Poleti
DISSERTAÇÃO
Português
(Broch.)
T/UNICAMP P758e
Campinas, SP : [s.n.], 2001.
91f. : il.
Orientador: Ilma Aparecida Paschoal
Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas
Resumo: A asma brônquica é largamente conhecida como uma doença inflamatória crônica das vias aéreas e os corticosteróide são as drogas mais efetivas no seu tratamento, pois bloqueiam muitos dos mecanismos inflamatórios e têm ação profilática. Nas últimas décadas, com a introdução da corticoterapia...
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Resumo: A asma brônquica é largamente conhecida como uma doença inflamatória crônica das vias aéreas e os corticosteróide são as drogas mais efetivas no seu tratamento, pois bloqueiam muitos dos mecanismos inflamatórios e têm ação profilática. Nas últimas décadas, com a introdução da corticoterapia via inalatória, houve redução nos cursos de corticosteróide oral. Porém, existe muita preocupação em relação aos seus efeitos colaterais sistêmicos de impacto clínico, que são: supressão das glândulas supra-renais, osteoporose, catarata, glaucoma, distúrbios metabólicos e, em crianças, retardo do crescimento. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito de dois corticosteróide inalatórios - o dipropionato de beclometasona e o propionato de fluticasona - em doses equivalentes, sobre a resposta das glândulas supra-renais. Vinte pacientes asmáticos participaram do protocolo e foram divididos em dois grupos: o grupo I com o corticosteróide beclometasona na dose de 500 mcg, duas vezes ao dia, e o grupo II com o corticosteróide fluticasona na dose de 250 mcg, duas vezes ao dia. O grupo I foi formado por oito pacientes do sexo feminino e dois pacientes do sexo masculino, com idades entre 18 a 73 anos, todos portadores de asma brônquica de grau leve. O grupo 1
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oi composto por seis pacientes do sexo feminino e quatro do sexo masculino, com idades entre 19 e 67 anos; seis pacientes portadores de asma de grau leve e quatro pacientes portadores de asma de grau moderado. Após a admissão dos pacientes no protocolo, houve registro da história clínica e da prova...
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oi composto por seis pacientes do sexo feminino e quatro do sexo masculino, com idades entre 19 e 67 anos; seis pacientes portadores de asma de grau leve e quatro pacientes portadores de asma de grau moderado. Após a admissão dos pacientes no protocolo, houve registro da história clínica e da prova de função pulmonar, com estudo pré e pós broncodilatador. Fez-se, então, coleta de sangue para a dosagem do cortisol plasmático matinal e, a seguir, injeção intravenosa de cortrosina, com novas coletas sangüíneas de cortisol 30 e 60 minutos após a estimulação das glândulas supra-renais. As drogas foram destinadas aos pacientes de maneira alternada e depois de seis meses do uso das mesmas, nova dosagem de cortisol basal, 30 e 60 minutos após a estimulação das glândulas supra-renais foi realizada. O cortisol foi medido por meio do método de quimioluminescência. Com referência aos sintomas do início do protocolo, os grupos não apresentaram diferenças significativas entre si, fazendo-se a ressalva de que os mesmos não foram graduados em relação à sua intensidade.Após os seis meses do uso das medicações, os grupos mantiveram comportamento semelhante entre si; mas, quando a comparação é feita dentro do mesmo grupo, os pacientes em uso de fluticasona apresentaram melhora significativa da dispnéia (p = 0,0233), pois sete dos pacientes (70%) que apresentavam dispnéia no início do protocolo não mais apresentavam essa queixa após os seis meses de medicação. Deve-se ressaltar, no entanto, que não foi objetivo do trabalho avaliar a melhora dos sintomas e que o número de pacientes em cada grupo seria insuficiente para tal. A análise da prova de função pulmonar não mostrou diferença entre os grupos, antes e após a corticoterapia,mas observou-se melhora da resposta ao broncodilatador após os seis meses do uso dos dois diferentes corticosteróides. A dosagem de cortisol, antese após os seis meses do uso das medicações, não demonstrou alterações em nenhum dos dois grupos. Os resultados deste estudo revelaram que beclometasona e fluticasona, nas doses apresentadas, acopladas ao uso de espaçador, não causam nenhum grau detectável de supressão das glândulas supra-renais
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Abstract: Bronchial asthma is widely known as a chronic inflammatory disease of the airways and corticosteroids are the most effective drugs for asthma treatment since they block many of the inflammatory mechanisms of the disease and they have prophylactic action. In the last decades, with the...
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Abstract: Bronchial asthma is widely known as a chronic inflammatory disease of the airways and corticosteroids are the most effective drugs for asthma treatment since they block many of the inflammatory mechanisms of the disease and they have prophylactic action. In the last decades, with the introduction of inhaled corticotherapy, there was a reduction in the periods of use of oral corticosteroids; although there is concern about its systemic side effects of clinical impact that are: adrenal suppression, osteoporosis, cataracts, glaucoma, metabolic disturbances, in adults; and also growth retard in children. The purpose os this study was the comparison of the effects of two different inhaled corticosteroids - beclomethasone dipropionate and fluticasone propionate ¿ in equivalent doses, over the function of adrenal gland. Twenty asthmatic patients have been divided in two groups: group I treated with beclomethasone in doses of 500 microgram twice a day and group II treated with fluticasone in doses of 250 microgram twice a day. The group I was formed byeight female and two male patients, age varying trom 18 to 73 years, with mild bronchial asthma. Group 11was constituted of six female and four male patients, age varying trom 19 to 67 years; six patients had mild bronchial asthma and four patients had moderate bronchial asthma. After the patients were admitted in the protocol, there was the register of the clinical history and the pulmonary function test, with pre and post bronchodilator studies. After the first dosage of basal cortisol (8:00 am), intravenous injection of cortrosyn was made and new blood samples were collected, 30 and 60 minutes afier the stimulation of adrenal glands. After six months of medication, new blood samples were collected for cortisol dosage at basal conditions, 30 and 60 minutes after stimulation with cortrosyn. The cortisol was measured by the method of chemiluminescence. In relation to the symptoms at the beginning of the protocol, the groups did not show significant differences between them, with the great safeguard that the symptoms have not had graduation of intensity. After six months of medication, the groups also presented similar behaviour; when the comparisonis done in the same group, the patients using fluticasone presented a significant improvement of the dyspnea (p = 0,0233), since seven (70%) of the patients presented dyspnea at the beginning and did not have it in the post medication moment. Nevertheless, it was not the objective of the protocol the evaluation of improvement of the symptoms and the number of patients in each group was too small. The analysis of the pulmonary function tests in the pre and post medication periods shows no significant differences between the groups. It was observed significant improvement of the response to bronchodilator after six months of treatment with both inhaled corticosteroids. The concentration of cortisol, before and after six months of the use of both drugs, did not show alterations in any of the groups. The results of this study show that beclomethasone and fluticasone, at the doses described, used with a spacer attachment, do not cause any detectable adrenal suppression
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Estudo da função das glandulas supra-renais em pacientes asmaticos em uso de beclometasona e fluticasona
Rosana Galli Poleti
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