Verticalização da agroindustria canavieira e a regulação fundiaria no Brasil : uma comparação internacional e um estudo de caso
Sebastião Neto Ribeiro Guedes
TESE
Português
(Broch.)
T/UNICAMP G934v
Campinas, SP : [s.n.], 2000.
238p. : il.
Orientador: Bastiaan Philip Reydon
Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Economia
Resumo: A tese pretendeu discutir os detenninantes da forma de coordenação econômica integrada predominante na agroindústria canavieira do Brasil, ou seja, buscou-se identificar as razões que levam as firmas (usinas e destilarias) desta agroindústria no Brasil a optar por estratégias de integração...
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Resumo: A tese pretendeu discutir os detenninantes da forma de coordenação econômica integrada predominante na agroindústria canavieira do Brasil, ou seja, buscou-se identificar as razões que levam as firmas (usinas e destilarias) desta agroindústria no Brasil a optar por estratégias de integração vertical "para trás" que implicam pesados investimentos na aquisição de terra. PercoITendo a literatura internacional sobre o tema, descobriu-se que esta forma de organização não era universal, nem era determinada por supostas economias de escala. Um estudo comparativo feito com dois países revelou que as formas de coordenação econômica predominante nessa agroindústria eram bastante heterogêneas, comportando desde estruturas de coordenação integradas (como a brasileira) até formas de coordenação hibridas (como a australiana). Essas diferenças foram explicadas a partir da teoria institucionalista, na sua vertente liderada por Williamson. Procurou-se, a partir deste autor, identificar os aspectos macro e microinstitucionais e a natureza de sua interação, que presidiam a opção por uma ou outra forma de coordenação. A comparação entre as agroindústrias do Brasil e Austrália revelou que os controles institucionais sobre o uso e comercialização da terra, nessa agroindústria, respondem não apenas pelo tipo de coordenação escolhido pelas firmas, mas também pelo desempenho econômico e pelo nível de bem-estar dos agentes envolvidos na produção e comercialização do açúcar de cana. Essa tese concluiu - através do estudo das estratégias de um grande Grupo econômico usineiro do estado de São Paulo - que a decisão microeconômica de integrar é sustentada, na agroindústria canavieira brasileira, por hábitos e rotinas reproduzidos e partilhados no interior dos Grupos usineiros, que incorporam valores e processos de avaliação e decisão no qual as oportunidades propiciadas pela dimensão ativo líquido e de capital da terra são plenamente aproveitadas num ambiente institucional favorável às transações com terra
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