Natureza e evolução dos fluidos hidrotermais nos depositos de fluorita filonar do batolito Cerro Aspero, Provincia de Cordoba, Argentina
Jorge Enrique Coniglio
DISSERTAÇÃO
Português
(Broch.)
T/UNICAMP C76n
Campinas, SP : [s.n.], 1999.
1 v. (varias paginações) : il.
Orientador: Roberto Perez Xavier
Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Geociencias
Resumo: Os depósitos de fluorita filonar, no setor sul das Sierras Pampeanas de Córdoba, Argentina, ocorrem em rochas cálcio alcalinas, de idade Devoniana, constituídas principalmente por biotita monzogranito porfiriticos que compõem o batólito Cerro Aspero. Os veios de fluorita são de idade...
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Resumo: Os depósitos de fluorita filonar, no setor sul das Sierras Pampeanas de Córdoba, Argentina, ocorrem em rochas cálcio alcalinas, de idade Devoniana, constituídas principalmente por biotita monzogranito porfiriticos que compõem o batólito Cerro Aspero. Os veios de fluorita são de idade Cretácea e encontram-se controlados por sistemas de falhas transcorrentes, subverticais. Além da fluorita, estes veios também estão compostos por calcedônia, localmente pirita e, eventualmente, coffinita e pitchblenda. Os veios mostram texturas típicas de preenchimento de espaços abertos (bandamento, crustificação, brechamento, geodos, etc) e estão intimamente relacionados com intensa silicificação e argilitização das rochas granítícas hospedeiras.
Três sucessivos estágios de mineralização foram distinguidos por evidências de campo, attavés da cronologia relativa de deposição de fluorita, dados de ETR e inclusões fluídas em fluorita. Estes estágios mostram geralmente padrões de ETR pouco fracionados (La/Yb= 1.4 - 14), notando-se que a distribuição dos ETR na fluorita é principalmente governada pelo fracionamento dos ETR leves. Sugere-se que a composição em ETR do fluído hidrotermal e, conseqüentemente, da fluorita, foram amplamente controlados pela diferente mobilidade dos ETR leves a depender do tipo de alteração hidrotermal. Enquanto uma lixiviação preferencial de ETR pesadas sobre ETR leves ocorreu durante a alteração silícica e argílica, nesta última, os ETR leves praticamente não foram removidos.
As temperaturas de homogeneização total de inclusões fluidas aquosas, primárias, ocorreram invariavelmente na fase liquida entre 187°C e 104°C, com concentrações de valores em tomo de 160°C, 136°C e 116°C (estágios 1, 11 e III, respectivamente), definindo uma marcante tendência de resfriamento da solução. Este resfriamento está associado com importantes variações na fOz do fluido, de oxidante a redutor, inferido a partir da relação Eu/Eu* e da assembléia mineral (pirita, pitchblenda e coffmita). As inclusões aquosas nestes três estágios de deposição de fluorita mostram temperaturas de fusão do gelo no intervalo entre -O,3°C - +0,4°C, indicando que o fluido mineralizante sempre manteve uma salinidade muito baixa, próxima a água pura. Não foram encontradas evidencias de ebulição nem mistura de fluidos. Os dados de inclusões fluidas sugerem que os três estágios de mineralização propostos foram o resultado de um único e progressivo evento hidrotermal e suportam um reservatório único e uniforme para as soluções mineralizantes, provavelmente de águas meteóricas aquecidas e não de fluidos gerados em zonas mais profundas da crosta Ver menos
Três sucessivos estágios de mineralização foram distinguidos por evidências de campo, attavés da cronologia relativa de deposição de fluorita, dados de ETR e inclusões fluídas em fluorita. Estes estágios mostram geralmente padrões de ETR pouco fracionados (La/Yb= 1.4 - 14), notando-se que a distribuição dos ETR na fluorita é principalmente governada pelo fracionamento dos ETR leves. Sugere-se que a composição em ETR do fluído hidrotermal e, conseqüentemente, da fluorita, foram amplamente controlados pela diferente mobilidade dos ETR leves a depender do tipo de alteração hidrotermal. Enquanto uma lixiviação preferencial de ETR pesadas sobre ETR leves ocorreu durante a alteração silícica e argílica, nesta última, os ETR leves praticamente não foram removidos.
As temperaturas de homogeneização total de inclusões fluidas aquosas, primárias, ocorreram invariavelmente na fase liquida entre 187°C e 104°C, com concentrações de valores em tomo de 160°C, 136°C e 116°C (estágios 1, 11 e III, respectivamente), definindo uma marcante tendência de resfriamento da solução. Este resfriamento está associado com importantes variações na fOz do fluido, de oxidante a redutor, inferido a partir da relação Eu/Eu* e da assembléia mineral (pirita, pitchblenda e coffmita). As inclusões aquosas nestes três estágios de deposição de fluorita mostram temperaturas de fusão do gelo no intervalo entre -O,3°C - +0,4°C, indicando que o fluido mineralizante sempre manteve uma salinidade muito baixa, próxima a água pura. Não foram encontradas evidencias de ebulição nem mistura de fluidos. Os dados de inclusões fluidas sugerem que os três estágios de mineralização propostos foram o resultado de um único e progressivo evento hidrotermal e suportam um reservatório único e uniforme para as soluções mineralizantes, provavelmente de águas meteóricas aquecidas e não de fluidos gerados em zonas mais profundas da crosta Ver menos
Abstract: Vein-type fluorite deposits in the southem part of the Sierras Pampeanas, Córdoba, Argentina, occur mainly hosted by caleaIkaline porphyritie biotite granites, whieh belong to the Paleozoie, post-tectonie Cerro Aspero batholith. The fluorite veins, of Cretaceous age, occupy steep
dipping, strike-slip fauh zones and are composed of fluorite and ehalcedony, locally pyrite and, eventually, coffmite and pitchblende. These veins show typical open-space-filling textures and are elosely reIated with pervasive silieie and argillie alteration of the hosted granite.
Three successive... Ver mais dipping, strike-slip fauh zones and are composed of fluorite and ehalcedony, locally pyrite and, eventually, coffmite and pitchblende. These veins show typical open-space-filling textures and are elosely reIated with pervasive silieie and argillie alteration of the hosted granite.
Three successive stages ofmineralization were distinguished on the basis ofvein ehronology, REE data and fluid inclusions study in fluorite ores. These stages generally display slightly ftactionated REE pattems (La/Yb=1.4-14), with REE behavior given by a relatively stronger LREE ftactionation with respect to HREE. Thus, it is suggested that the REE composition of the fluids responsible for fluorite deposition was Iargely controlled by a different mobility of the REE during the silieie or argillie alteration of the host granite. Preferentialleaching of HREE over LREE occurred during both alteration types, but in the argillie alteration the LREE were practically not removed.
The total homogenization temperatures of primary-like aqueous inclusions took place invariably in the liquid phase at temperatures ranging fi'om 187°C to 104°C, with concentration of values around 160°C, 136°C and 116°C (stage 1, 11 and IIl, respectively), defining a cIear trend of fluid cooling. This cooling is accompanied by Iarge ehanges in the./02 of the fluid, fi'om oxidizing to redueing, as inferred fi'om the Eu/Eu* ratios and the mineral assemblage (pyrite, pitehblende and coffmite). The three stages of fluorite depositions exhibit temperature of ice mehing within the interval -O,3°C - +O,4°C, indicating that the mineraIizing fluids were exe!usively aqueous and highly diluted. No evidence of fluid mixture or boiling were found. The fluid inclusion data suggest that the proposed three stages of mineraIization was probably the resuh of a single hydrothermal event and strongly support a single and uniform fluid reservoir for the ore-forming solutions, probably heated meteorie waters rather than fluids generated in deepseated environrnents within the crust
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Three successive... Ver mais dipping, strike-slip fauh zones and are composed of fluorite and ehalcedony, locally pyrite and, eventually, coffmite and pitchblende. These veins show typical open-space-filling textures and are elosely reIated with pervasive silieie and argillie alteration of the hosted granite.
Three successive stages ofmineralization were distinguished on the basis ofvein ehronology, REE data and fluid inclusions study in fluorite ores. These stages generally display slightly ftactionated REE pattems (La/Yb=1.4-14), with REE behavior given by a relatively stronger LREE ftactionation with respect to HREE. Thus, it is suggested that the REE composition of the fluids responsible for fluorite deposition was Iargely controlled by a different mobility of the REE during the silieie or argillie alteration of the host granite. Preferentialleaching of HREE over LREE occurred during both alteration types, but in the argillie alteration the LREE were practically not removed.
The total homogenization temperatures of primary-like aqueous inclusions took place invariably in the liquid phase at temperatures ranging fi'om 187°C to 104°C, with concentration of values around 160°C, 136°C and 116°C (stage 1, 11 and IIl, respectively), defining a cIear trend of fluid cooling. This cooling is accompanied by Iarge ehanges in the./02 of the fluid, fi'om oxidizing to redueing, as inferred fi'om the Eu/Eu* ratios and the mineral assemblage (pyrite, pitehblende and coffmite). The three stages of fluorite depositions exhibit temperature of ice mehing within the interval -O,3°C - +O,4°C, indicating that the mineraIizing fluids were exe!usively aqueous and highly diluted. No evidence of fluid mixture or boiling were found. The fluid inclusion data suggest that the proposed three stages of mineraIization was probably the resuh of a single hydrothermal event and strongly support a single and uniform fluid reservoir for the ore-forming solutions, probably heated meteorie waters rather than fluids generated in deepseated environrnents within the crust
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Natureza e evolução dos fluidos hidrotermais nos depositos de fluorita filonar do batolito Cerro Aspero, Provincia de Cordoba, Argentina
Jorge Enrique Coniglio
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