Resumo: INTRODUÇÃO: O tecido ósseo passa continuamente por um processo de remodelação para manutenção da homeostase. Na remodelação atuam-se mediadores como a Esclerostina, porém ainda não se sabe completamente como os mecanismos biológicos ósseos atuam frente a variações de cargas mecânicas. OBJETIVO: Associar a expressão da esclerostina com as deformações mecânicas no osso alveolar de ratos submetidos à extração dental. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram utilizados 24 ratos machos (Rattus norvegicus albinus), linhagem Wistar, com 2 meses de idade. Ao completarem 2 meses de idade, foi realizada a extração do dente incisivo central superior (lado direito), e a eutanásia ocorreu nos períodos 5 (n=6), 7 (n=6) e 14 (n=6) dias após o dia 0 da exodontia. No grupo controle (n=6), foi mantida a dentição sem extração dental. A eutanásia do grupo controle ocorreu no período de 14 dias após o dia 0 da exodontia. A cabeça de 01 rato por grupo foi submetida à microtomografia computadorizada. Após a reconstrução tridimensional do crânio e da mandíbula do rato em cada grupo, a simulação computacional para análise de elementos finitos foi realizada para simular uma mordida nos incisivos. Na análise de elementos finitos, foram avaliados os padrões de deformação óssea ocorridos após aplicação da força de mordida. Logo após a eutanásia, os ratos de todos os grupos, tiveram sua maxila esquerda removida e separadas ao meio. As peças passaram por processamento histológico de rotina e em seguida, a marcação imunohistoquímica foi realizada para marcação da expressão do anticorpo primário Esclerostina. Os resultados obtidos nas análises das deformações (Strain) foram relacionados com a análise da expressão da esclerostina, proposta neste estudo. O terço médio da lâmina óssea lingual foi analisado tanto na FEA quanto na análise imuno-histoquímica. RESULTADOS: A análise realizada pela Análise de Elementos Finitos foi capaz de detectar alterações nos padrões de deformações do osso alveolar frente a uma força mecânica mastigatória entre os grupos controle e experimental. As análises qualitativas por imunohistoquímica da expressão da esclerostina mostrou marcações para esclerostina nas lacunas dos osteócitos e também na região pericelular dos grupos controle e 5 dias. CONCLUSÃO: Os achados da presente pesquisa reforçam a hipótese de que a expressão da esclerostina é altamente dependente do contexto biomecânico demonstrado pela FEA Ver menos

Abstract: INTRODUCTION: Bone tissue continually undergoes a remodeling process to maintain homeostasis. Mediators such as sclerostin act in remodeling, but it is not yet fully understood how bone biological mechanisms act in response to variations in mechanical loads. OBJECTIVE: To associate sclerostin expression with mechanical deformations in the alveolar bone of rats subjected to tooth extraction. MATERIALS AND METHODS: Twenty-four male Wistar rats (Rattus norvegicus albinus), 2 months of age, were used. When they were 2 months old, the upper central incisor tooth (right side) was extracted, and euthanasia occurred at 5 (n=6), 7 (n=6) and 14 (n=6) days after day 0 of tooth extraction. In the control group (n=6), the dentition was maintained without tooth extraction. The euthanasia of the control group occurred 14 days after day 0 of the extraction. The head of 01 rat per group was subjected to microcomputed tomography. After three-dimensional reconstruction of the skull and mandible of the rat in each group, the computational simulation for finite element analysis was performed to simulate a bite on the incisors. In finite element analysis, the patterns of bone deformation that occurred after the application of the bite force were evaluated. Immediately after euthanasia, the rats of all groups had their left maxilla removed and separated in half. The pieces underwent routine histological processing and then immunohistochemical staining was performed to mark the expression of the primary antibody Sclerostin. The results obtained in the deformation analysis (Strain) were related to the analysis of sclerostin expression proposed in this study. The middle third of the lingual bone plate was analyzed both in FEA and immunohistochemical analysis. RESULTS: The analysis performed by Finite Element Analysis was able to detect changes in the patterns of deformation of the alveolar bone in the face of a mechanical masticatory force between the control and experimental groups. Qualitative analyses by immunohistochemistry of sclerostin expression showed sclerostin markings in the osteocyte lacunae and also in the pericellular region of the control and 5-day groups. CONCLUSION: The findings of the present study reinforce the hypothesis that sclerostin expression is highly dependent on the biomechanical context demonstrated by the FEA Ver menos