Exercícios espirituais e parrhesia nos Ensaios de Montaigne
Alexandre Soares Carneiro
ARTIGO
Português
[Spiritual exercises and parrhesia in Montaigne’s Essays]
Resumo: Em seus últimos trabalhos, Michel Foucault destacou a importância da parrhesia (libertas, franc-parler, "dizer-verdadeiro") nas práticas filosóficas da Antiguidade, em uma reflexão mais ampla sobre a "espiritualidade", inspirada em grande medida na obra de Pierre Hadot. A noção de parrhesia...
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Resumo: Em seus últimos trabalhos, Michel Foucault destacou a importância da parrhesia (libertas, franc-parler, "dizer-verdadeiro") nas práticas filosóficas da Antiguidade, em uma reflexão mais ampla sobre a "espiritualidade", inspirada em grande medida na obra de Pierre Hadot. A noção de parrhesia mostra-se interessante também na abordagem dos Ensaios de Montaigne, nos quais podemos reconhecer uma série de "exercícios espirituais", no sentido dado à expressão por Hadot: práticas, não apenas intelectuais, que visam a efetuar uma transformação no sujeito. O "ensaio", em Montaigne, se apresenta como um exercício de "escrita de si" apoiado na leitura dos antigos, sobretudo dos filósofos do período helenístico. Essa ascese filosófica do gênero ensaístico também interessou a Foucault
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Abstract: In his late work Michel Foucault stressed the importance of parrhesia (libertas, franc-parler, frankness of speech) in the philosophical practices of the Anciens, through a broader reflection on "spirituality" inspired chiefly by the work of Pierre Hadot. The notion of parrhe- sia emerges...
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Abstract: In his late work Michel Foucault stressed the importance of parrhesia (libertas, franc-parler, frankness of speech) in the philosophical practices of the Anciens, through a broader reflection on "spirituality" inspired chiefly by the work of Pierre Hadot. The notion of parrhe- sia emerges as an interesting matter also in a approach of Montaigne's Essays, where we can recognize a series of "spiritual exercises", in the sense given to the expression by Hadot: prac- tices, not only intellectual, intended to effect a transformation in the subject who practice them. The "essay", in Montaigne, appears as a "writing of the self" exercise, based upon the reading of ancient philosophers, mainly from the Hellenistic period. This philosophic ascesis in the essay has also called Foucault's attention
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Exercícios espirituais e parrhesia nos Ensaios de Montaigne
Alexandre Soares Carneiro
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Fontes
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Revista de filosofia aurora (Fonte avulsa) |