Avaliação da qualidade de vida em mulheres na menopausa com dispareunia
Vitória Rosa dos Santos
DISSERTAÇÃO
Português
T/UNICAMP Sa59a
[Assessment of quality of life in women in menopause with dyspareunia]
Campinas, SP : [s.n.], 2024.
1 recurso online (91 p.) : il., digital, arquivo PDF.
Orientador: Luiz Claudio Martins
Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Faculdade de Ciências Médicas
Resumo: A sexualidade passa por uma transformação influenciada por fatores históricos, culturais, religiosos e éticos, sendo uma expressão afetiva do indivíduo. Com a chegada do climatério, a redução dos níveis de estrogênio e progesterona causa mudanças que impactam a vivência plena da sexualidade...
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Resumo: A sexualidade passa por uma transformação influenciada por fatores históricos, culturais, religiosos e éticos, sendo uma expressão afetiva do indivíduo. Com a chegada do climatério, a redução dos níveis de estrogênio e progesterona causa mudanças que impactam a vivência plena da sexualidade nas mulheres, incluindo a dispareunia. A dispareunia, que é a dor durante a relação sexual, é um sintoma comum na menopausa e pode comprometer significativamente a qualidade de vida das mulheres. A saúde sexual é essencial para a qualidade de vida, refletindo-se na satisfação nos relacionamentos íntimos. A qualidade de vida é um conceito multidimensional que abrange bem-estar físico, social, psicológico e espiritual. Com o envelhecimento da população e o aumento da expectativa de vida, é crucial realizar estudos focados em melhorar o bem-estar dos idosos. O climáterio, que em média começa aos 48 anos, significa que muitas mulheres viverão quase metade de suas vidas com sintomas persistentes, como a dispareunia, afetando sua saúde sexual. Portanto, estudos são necessários para identificar variáveis que promovam um envelhecimento satisfatório e feliz. Esta dissertação teve como objetivo avaliar a qualidade de vida e a função sexual de mulheres menopausadas com dispareunia. Para isso, foi realizado um estudo quantitativo, descritivo e transversal, utilizando um questionário online divulgado nas redes sociais dos pesquisadores (Facebook, Instagram, Google e LinkedIn). O questionário incluía um perfil sociodemográfico, a Escala de Dor (EVA), o World Health Organization Quality of Life-Bref (WHOQOL-BREF), o World Health Organization Quality of Life-Old (WHOQOL-OLD) e o Female Sexual Function Index (FSFI). Participaram da pesquisa 21 mulheres, na faixa etária entre 56 e e 72 anos de idade, que haviam tido a última menstruação há pelo menos 12 meses e mantido relações sexuais no último mês (30 dias). A maioria das participantes era casada, tinha ensino superior e era branca. Os resultados indicaram que a maioria (76,2%) das participantes não tinham dispareunia, enquanto a minoria (23,8%) relataram dor variando de moderada a muito intensa. Os resultados do FSFI variaram entre 16,3 e 32, significando que a resposta sexual desta amostra se encontra dentro da média, no que tange a lubrificação, desejo, excitação, orgasmo, satisfação e dor. No geral, as participantes demonstraram uma boa qualidade de vida, com altos escores (75 pontos ou mais) em autonomia, participação social e habilidades sensoriais. Os resultados confirmam pressupostos do envelhecimento ao longo do ciclo vital, destacando que fatores socioeconômicos influenciam a percepção e vivência do climatério. Salienta-se que essa amostra provavelmente, constitui-se de mulheres que conseguiram transpassar os estereótipos atrelados ao envelhecimento e ao climatério. Recomenda-se o uso de questionários mais curtos em futuras pesquisas para aumentar a participação e a coleta de dados presenciais para incluir mulheres com dificuldades tecnológicas, além de um estudo qualitativo para coletar as variáveis não normativas dessa população
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Abstract: Sexuality undergoes a transformation influenced by historical, cultural, religious, and ethical factors, being an affective expression of the individual. With the onset of climacteric, the reduction in estrogen and progesterone levels causes changes that impact the full experience of...
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Abstract: Sexuality undergoes a transformation influenced by historical, cultural, religious, and ethical factors, being an affective expression of the individual. With the onset of climacteric, the reduction in estrogen and progesterone levels causes changes that impact the full experience of sexuality in women, including dyspareunia. Dyspareunia, which is pain during sexual intercourse, is a common symptom in menopause and can significantly compromise the quality of life of women. Sexual health is essential for quality of life, reflecting in satisfaction in intimate relationships. Quality of life is a multidimensional concept encompassing physical, social, psychological, and spiritual well-being. With the aging population and increased life expectancy, it is crucial to conduct studies focused on improving the well-being of the elderly. Climacteric, which on average begins at 48 years old, means that many women will live nearly half of their lives with persistent symptoms such as dyspareunia, affecting their sexual health. Therefore, studies are necessary to identify variables that promote satisfactory and happy aging. This dissertation aimed to evaluate the quality of life and sexual function of postmenopausal women with dyspareunia. For this purpose, a quantitative, descriptive, and cross-sectional study was conducted using an online questionnaire disseminated on the researchers' social media (Facebook, Instagram, Google, and LinkedIn). The questionnaire included a sociodemographic profile, the Pain Scale (EVA), the World Health Organization Quality of Life-Bref (WHOQOL-BREF), the World Health Organization Quality of Life-Old (WHOQOL-OLD), and the Female Sexual Function Index (FSFI). The study included 21 women aged between 56 and 72 years, who had their last menstruation at least 12 months ago and had engaged in sexual activity in the last month (30 days). Most participants were married, had higher education, and were white. The results indicated that the majority (76.2%) of the participants did not have dyspareunia, while a minority (23.8%) reported pain ranging from moderate to very intense. The FSFI results varied between 16.3 and 32, indicating that the sexual response of this sample is within the average concerning lubrication, desire, arousal, orgasm, satisfaction, and pain. Overall, the participants demonstrated a good quality of life, with high scores (75 points or more) in autonomy, social participation, and sensory abilities. The results confirm assumptions about aging throughout the life cycle, highlighting that socioeconomic factors influence the perception and experience of climacteric. It is noted that this sample likely consists of women who managed to transcend the stereotypes associated with aging and climacteric. It is recommended to use shorter questionnaires in future research to increase participation and to collect data in person to include women with technological difficulties, as well as a qualitative study to collect non-normative variables of this population
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