Resumo: Introdução: Os inibidores da dipeptidil peptidase 4 (iDPP4) são uma classe de antidiabéticos orais amplamente utilizados no tratamento do diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e conhecidos por sua segurança cardiovascular e renal. Revisões sistemáticas demonstraram que os iDPP-4 estão associados a risco reduzido de demência por mecanismo ainda desconhecido. Objetivo: Investigar o efeito da vildagliptina (iDPP4) na microbiota intestinal, na metabolômica plasmática e no perfil inflamatório em pacientes diabéticos tipo 2 não controlados com metformina, para identificar correlações com potenciais efeitos neuroprotetores. Métodos: Foram examinados 29 pacientes com DM2 (não controlados com metformina) antes, 30 e 60 dias após a introdução da vildagliptina, e investigada a microbiota intestinal, a metabolômica plasmática e os perfis inflamatórios. Resultados: Os resultados mostraram que o tratamento por 2 meses com a vildagliptina promoveu alterações discretas na microbiota, com aumento significativo de bactérias dos gêneros Bariatricus e Butyricimonas e bactérias da família Marinifilaceae, que são produtoras de ácidos graxos de cadeia curta. Apresentaram níveis reduzidos de insulina, HOMA-IR, MCP1 e interferon ? (IFN-?) e níveis elevados de IL-4 e IL-10, caracterizando um perfil anti-inflamatório. As análises da metabolômica mostraram a redução significativa de leucina, 2-oxoisocaproato (metabólito de aminoácido de cadeia ramificada (BCAA)) e inosina após o uso da vildagliptina. Além disso, o tratamento com a vildagliptina promoveu o aumento significativo de colina, dimetilamina e betaína, metabólitos neuroprotetores. Conclusões: Em nossa coorte de pacientes com DM2, a vildagliptina, além de melhorar o controle da glicose e a resistência à insulina, modulou a microbiota intestinal, os perfis de citocinas anti-inflamatórias e a metabolômica e quando combinados, esses dados podem explicar os efeitos neuroprotetores dos iDPP-4 Ver menos

Abstract: Introduction: Dipeptidyl peptidase 4 (DPP-4) inhibitors (DPP-4i) are widely used to treat Type 2 diabetes (T2D) and are known for their cardiovascular and renal safety profiles. Systematic reviews have also shown that DPP-4i are associated with reduced dementia risk via unknown mechanisms. Objectives. To examine vildagliptin (DPP-4i) effects on the intestinal microbiota in T2D patients, plasma metabolomics were conducted and inflammatory profiles collected to investigate correlations with potential neuroprotective effects. Methods. We examined 29 patients with T2D (not controlled with metformin) before, and at 30 and 60 days after vildagliptin was introduced, and investigated intestinal microbiota, plasma metabolomic, and inflammatory profiles. Results. In patients after 2 months, vildagliptin induced mild microbiota changes, represented by significant increases in Bariatricus and Butyricimonas genera and the Marinifilaceae family (short-chain fatty acids (SCFA) producers), reduced insulin, HOMA-IR, MCP1, and interferon (INF)-a levels, and elevated interleukin (IL)-4 and IL-10 levels, all of which represented an anti-inflammatory profile. Metabolomics results showed that leucine, 2-oxoisocaproate (branched-chain amino acid (BCAA) metabolite), and inosine were significantly reduced after vildagliptin was introduced. Additionally, choline, dimethylamine, and betaine levels were significantly higher, which may explain DPP-4i protective effects against dementia, as these metabolites are neuroprotective. Conclusions. In our T2D patient cohort, vildagliptin, in addition to improved glucose control and improved insulin resistance, modulated the intestinal microbiota, anti-inflammatory cytokine profiles, and metabolomics, and when combined, may explain DPP-4i’s neuroprotective effects Ver menos