Resumo: Biblioteca de Insignificâncias, pesquisa de doutorado no Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Universidade Estadual de Campinas, na linha de poéticas visuais e processos de criação, tem como ponto de partida discutir as insignificâncias cotidianas, dando luz ao que passa despercebido aos olhos engessados das rotinas desgastadas. A pesquisa buscou propor outras maneiras de observar a vida, os objetos que encontramos e coletamos, suas passagens, sobretudo por meio do afeto. Durante seu desenvolvimento, foi criada uma biblioteca como lugar para armazenar memórias, vestígios e objetos, dialogando com museus e gabinetes de curiosidades em outras partes do mundo. No entanto, não há uma ordem cronológica determinante; cada imagem ou objeto tem seu tempo datado no presente, sofrendo as ações do tempo, devido à efemeridade de sua materialidade. A biblioteca é composta de imagens e objetos, além de pequenos livros de artista, fotografias, cianotipias e gravuras nas mais variadas técnicas. Os objetos escolhidos para compor o acervo da Biblioteca de Insignificâncias têm origens distintas, podendo ser um objeto antigo, uma herança de família ou ainda um fragmento encontrado na rua, muitas vezes colecionado ao acaso ou motivado por um olhar interessado pela sua desimportância em relação à rotina diária. Ao longo da pesquisa, outros objetos foram incorporados ao acervo, muitos doados por outras pessoas, que se interessaram em contribuir para a formação da biblioteca. Dessa maneira, a biblioteca teve seu ponto de partida em um acervo pessoal e gradativamente foi se abrindo para um acervo coletivo Ver menos

Abstract: Library of Insignificances, a doctoral research project in the Visual Arts graduate program at Unicamp, within the line of visual poetics and creative processes, starts by discussing the everyday insignificances, shedding light on what goes unnoticed by the rigid eyes of worn-out routines. The research aims to propose new ways of observing life, the objects we encounter and collect, and their transitions, particularly through the lens of affection. During the development of the research, a library was created as a space to store memories, traces, and objects, engaging in a dialogue with museums and cabinets of curiosities from around the world. However, it does not follow a strict chronological order; each image or object carries its own temporal presence, influenced by the passage of time due to the ephemerality of its materiality. The library consists of images and objects, as well as small artist books, photographs, cyanotypes, and prints in various techniques. The chosen objects for the Library of Insignificances come from diverse origins, whether an antique item, a family heirloom, or a fragment found on the street—often collected by chance or driven by an interested gaze toward their perceived insignificance in daily life. Throughout the research, additional objects were incorporated into the collection, many donated by others who were eager to contribute to the formation of the library. In this way, the library began as a personal collection and gradually expanded into a collective archive Ver menos