Resumo: Estudo bibliográfico-histórico de natureza qualitativa sobre o tema da formação de psicanalistas, realizado na linha de pesquisa Filosofia e História da Educação, na sub-linha Filosofia, Educação e Direitos Humanos. A pesquisa buscou reconstituir o contexto histórico de produção social da teoria e da prática social da Psicanálise, a partir da atmosfera social e política de Weimar e das determinações da prática médico-biologista hegemônica. Debate a questão: quais seriam as fundamentações históricas, epistemológicas e políticas de uma política de formação de psicanalistas sobre bases ontológicas sociais e políticas, cooperativas, democráticas e de ampla participação de grupos sociais e populares? Ou ainda, quais seriam as leituras e as categorias de uma Psicanálise que sustentasse a compreensão da identidade humana, das etiologias humanas, sobre causas e disposições sociais, superando a determinação reducionista, biologista, neurologista, individualista e psicologista? Destaca a atuação de Freud (1856-1939) e de seus críticos e interlocutores, revelando a proposta de clínicas psicanalíticas populares e de práticas psicossociais de alcance político e cultural críticos em sua origem e contexto histórico. Estuda aproximações entre o pensamento humanista de Freud e a abordagem humanista-dialética de K. Marx (1818-1883) e explora possibilidades de leituras e de novas práticas sobre a potencialidade emancipatória dessas articulações. Aponta a Pedagogia Humanizadora e a Educação em Direitos Humanos como duas proposições de formação de agentes sociais, de profissionais e de psicanalistas críticos e humanistas, sobre a compreensão do direito à Educação e da educação como direito, sobre a concepção da ontologia social dos direitos humanos, ressignificando Educação e Humanização. Aponta elementos para a formação de psicanalistas refundando a Educação e a Psicanálise sob a ótica da luta universal pelos direitos humanos Ver menos

Abstract: Bibliographic-historical study of a qualitative nature on the theme of the training of psychoanalysts, carried out in the research line Philosophy and History of Education, in the sub-line Philosophy, Education and Human Rights. The research sought to reconstruct the historical context of social production of the theory and social practice of Psychoanalysis, based on the social and political atmosphere of Weimar and the determinations of hegemonic medical-biological practice. The question is debated: what would be the historical, epistemological and political foundations of a policy of training psychoanalysts on social and political ontological bases, cooperative, democratic and with broad participation of social and popular groups? Or still, what would be the readings and categories of a Psychoanalysis that would sustain the understanding of human identity, of human etiologies, of social causes and dispositions, overcoming the reductionist, biologist, neurologist, individualist and psychologist determination? It highlights the work of Freud (1856-1939) and his critics and interlocutors, revealing the proposal of popular psychoanalytic clinics and psychosocial practices of critical political and cultural scope in their origin and historical context. It studies approximations between Freud's humanist thought and K. Marx's (1818-1883) humanist-dialectical approach and explores possibilities of readings and new practices on the emancipatory potentiality of these articulations. It points out Humanizing Pedagogy and Human Rights Education as two propositions for the training of social agents, professionals and critical and humanistic psychoanalysts, on the understanding of the right to Education and education as a right, on the conception of the social ontology of human rights, resignifying Education and Humanization. It points out elements for the training of psychoanalysts, refounding Education and Psychoanalysis from the perspective of the universal struggle for human rights Ver menos