Fiction-Making as a Speech Act
Iago Mello Batistela
TESE
Inglês
T/UNICAMP B32f
[Fazer Ficção como um Ato de Fala]
Campinas, SP : [s.n.], 2024.
1 recurso online (134 p.) : il., digital, arquivo PDF.
Orientador: Marco Antonio Caron Ruffino
Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Resumo: Neste trabalho, proponho uma defesa da tese de que escrever uma obra de ficção consiste na performance de um ato de fala sui generis. Inspirado em Grice, caracterizo esse ato de fala em um modelo expressivista de força ilocucionária. De acordo com essa proposta, realizar um ato de fala...
Ver mais
Resumo: Neste trabalho, proponho uma defesa da tese de que escrever uma obra de ficção consiste na performance de um ato de fala sui generis. Inspirado em Grice, caracterizo esse ato de fala em um modelo expressivista de força ilocucionária. De acordo com essa proposta, realizar um ato de fala consiste na expressão de uma intenção comunicativa explícita, racionalmente restrita, e auto-referencial, que é direcionada a uma audiência. Neste modelo, proponho que no processo de escrever uma obra de ficção, o autor realiza um ato de fala sui generis que consiste na expressão de sua imaginação. Na sequência, proponho um modelo dinâmico para atos de fazer ficção. A contribuição realizada por um ato de fazer ficção, de acordo com esse modelo, é sempre dada por um outro ato de fala. Essa caracterização acomoda a uniformidade dinâmica apresentada por atos de fala ficcionais como um resultado natural da natureza representativa de obras de ficção. Depois, trato das diferenças entre minha proposta e teorias do solo comum não-oficial. Argumento que modelos completamente dinâmicos não são capazes de caracterizar precisamente forças ilocucionárias. Subsequentemente, discuto o lugar de asserções em obras de ficção. Enquanto concedo o fato de que há partes de obras ficcionais que parecem ser asseridas, argumento que esse fenômeno é mais restrito do que a literatura acerca do assunto estima. Posteriormente, discuto o lugar do ato de fazer ficção em uma taxonomia de forças ilocucionárias. Inicialmente, discuto o problema com teses que assumem que a caracterização intencional de fazer ficção é comprometida com uma leitura diretiva desta força ilocucionária. Em seguida, discuto a possibilidade de tomar ficção como um ato de fala declarativo. Finalmente, proponho uma caracterização da classe de constativos como composta por forças ilocucionárias com o mesmo tipo de condições de correção. Assumo que fazer ficção naturalmente se encaixa nessa categoria, dado que o tipo de imaginação exigido pela ficção tem um comportamento similar ao comportamento de crenças
Ver menos
Abstract: In this work, I propose a defense of the claim that writing a work of fiction consists of a sui generis speech act. I frame the speech act in a Grice-inspired expressivist account of illocutionary force, where, in order to perform a speech act, the speaker expresses an audience-directed,...
Ver mais
Abstract: In this work, I propose a defense of the claim that writing a work of fiction consists of a sui generis speech act. I frame the speech act in a Grice-inspired expressivist account of illocutionary force, where, in order to perform a speech act, the speaker expresses an audience-directed, overt, rationally constrained, and self-referential communicative intention. I propose that, in the process of writing a work of fiction, the author of that work performs an act that expresses imagination. I follow this account with a dynamic proposal for fiction-related speech acts, where the content an act of fiction-making adds to the context is always a speech act. This framework, I argue, accommodates the dynamic uniformity raised by fiction-related speech acts as a natural product of the representative nature of fiction. I discuss the differences between my proposal and unofficial common ground theories of fiction and argue that, without a static counterpart, a dynamic account cannot properly characterize illocutionary forces. Moving forward, I analyze the place of speech acts of assertion in works of fiction. I conclude that assertions can be a part of fictional works, but the phenomenon is less widespread than the literature around the subject assumes. In conclusion, I discuss the place that fiction-making occupies in a taxonomy of speech acts. First, I explain away the claim that intentionalist accounts of fiction-making are committed to a directive reading of illocutionary force. Moving forward, I investigate declarative accounts of fiction-making and argue that the illocutionary force seems better classified as a communicative, rather than institutional, speech act. Instead, I propose a norm-based account of the constative class as composed of illocutionary forces with similar correctness conditions. I take fiction-making to be a good fit for the class, as the kind of imagination raised by fiction seems to share some important similarities with belief
Ver menos
Aberto
Ruffino, Marco, 1963-
Orientador
Soutif, Ludovic
Avaliador
Perini-Santos, Ernesto
Avaliador
García-Carpintero, Manuel, 1957-
Avaliador
Greimann, Dirk
Avaliador
Fiction-Making as a Speech Act
Iago Mello Batistela
Fiction-Making as a Speech Act
Iago Mello Batistela