Enlutamento público e vidas vivíveis : o arouche enquanto casa, habitar e lugar
Mayara Sebinelli, Tiago Rodrigues Moreira
ARTIGO
Português
Resumo: As variadas lutas por uma vida vivível rebatem ontologicamente a figura do humano, aquela que querendo ou não, atravessa o pensamento moderno eurocentrado ocidental, que por vezes em situação de enquadramento, encapsula os humanos e os naturaliza como uma totalidade, esquecendo da...
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Resumo: As variadas lutas por uma vida vivível rebatem ontologicamente a figura do humano, aquela que querendo ou não, atravessa o pensamento moderno eurocentrado ocidental, que por vezes em situação de enquadramento, encapsula os humanos e os naturaliza como uma totalidade, esquecendo da desnaturalização e da despossessão. Judith Butler no processo de reconhecimento, abre margens para tensionarmos quais vidas são passíveis do enlutamento coletivo e, portanto, consideradas vidas humanas/legítimas/vivíveis. Eis o desafio do nosso texto, reverberar o enlutamento público e coletivo no lugar Arouche, que hoje simboliza um habitar de luta e um lugar de moradia para muitas pessoas LGBTQIAPN+. Por isso, repensar o Humano, assim como o Humanismo, se faz basilar no contexto contemporâneo, onde várias corporeidades estão marginalizadas por não fazerem parte de um modelo normativo de humano. O caminho feito está proposto pelas bases da fenomenologia, que busca deslindar os fenômenos como eles são e como eles se manifestam no mundo vivido (voltar às coisas mesmas). Por isso, circunscrever vidas vivíveis e o enlutamento público se mostram como relevantes possibilidades de deflagrar a fenomenologia dos lugares e do habitar contemporâneo
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Abstract: The many struggles for a livable life ontologically refute the figure of the human, the one that willingly or unwillingly crosses modern Western Eurocentric thought. Which, at times, in a framing situation, encapsulates humans and naturalizes them as a whole, forgetting denaturalization...
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Abstract: The many struggles for a livable life ontologically refute the figure of the human, the one that willingly or unwillingly crosses modern Western Eurocentric thought. Which, at times, in a framing situation, encapsulates humans and naturalizes them as a whole, forgetting denaturalization and dispossession. Judith Butler, in the recognition process, opens up margins for us to stress which lives are subject to collective mourning and, therefore, considered lives. This is the challenge of our essay, to reverberate the public and collective mourning in the Arouche place, which today symbolizes a place of struggle and a place of residence for many LGBTQIAPN+ people. Therefore, rethinking the Human in this way, as well as Humanism, becomes fundamental in the contemporary context, where various corporeities are marginalized because they are not part of a normative model of the Human. The path taken is proposed by the foundations of phenomenology, which seeks to see phenomena as they are and how they manifest themselves in the lived world (back to things themselves). This is why livable lives and public mourning are so dear to our ontological perspective
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Resumen: As variadas lutas por uma vida vivível rebatem ontologicamente a figura do humano, aquela que querendo ou não, atravessa o pensamento moderno eurocentrado ocidental, que por vezes em situação de enquadramento, encapsula os humanos e os naturaliza como uma totalidade, esquecendo da...
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Resumen: As variadas lutas por uma vida vivível rebatem ontologicamente a figura do humano, aquela que querendo ou não, atravessa o pensamento moderno eurocentrado ocidental, que por vezes em situação de enquadramento, encapsula os humanos e os naturaliza como uma totalidade, esquecendo da desnaturalização e da despossessão. Judith Butler no processo de reconhecimento, abre margens para tensionarmos quais vidas são passíveis do enlutamento coletivo e, portanto, consideradas vidas humanas/legítimas/vivíveis. Eis o desafio do nosso texto, reverberar o enlutamento público e coletivo no lugar Arouche, que hoje simboliza um habitar de luta e um lugar de moradia para muitas pessoas LGBTQIAPN+. Por isso, repensar o Humano, assim como o Humanismo, se faz basilar no contexto contemporâneo, onde várias corporeidades estão marginalizadas por não fazerem parte de um modelo normativo de humano. O caminho feito está proposto pelas bases da fenomenologia, que busca deslindar os fenômenos como eles são e como eles se manifestam no mundo vivido (voltar às coisas mesmas). Por isso, circunscrever vidas vivíveis e o enlutamento público se mostram como relevantes possibilidades de deflagrar a fenomenologia dos lugares e do habitar contemporâneo
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Aberto
Enlutamento público e vidas vivíveis : o arouche enquanto casa, habitar e lugar
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Fontes
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Cadernos do PET Filosofia (Fonte avulsa) |