Incontinência urinária feminina e laser vaginal : revisão narrativa e ensaio clínico randomizado comparativo ao treinamento muscular do assoalho pélvico
Samantha Condé Rocha Rangel
TESE
Multilíngua
T/UNICAMP R163i
[Female urinary incontinence and vaginal laser]
Campinas, SP : [s.n.], 2024.
1 recurso online (164 p.) : il., digital, arquivo PDF.
Orientadores: Luiz Gustavo Oliveira Brito, Cássia Raquel Teatin Juliato
Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Faculdade de Ciências Médicas
Resumo: Introdução: O tratamento cirúrgico com sling de uretra média é considerado padrão-ouro para a Incontinência Urinária de Esforço (IUE), porém faz-se necessária a oferta de tratamentos não invasivos para mulheres com esta condição. Objetivo: Comparar a eficácia e a segurança do laser...
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Resumo: Introdução: O tratamento cirúrgico com sling de uretra média é considerado padrão-ouro para a Incontinência Urinária de Esforço (IUE), porém faz-se necessária a oferta de tratamentos não invasivos para mulheres com esta condição. Objetivo: Comparar a eficácia e a segurança do laser fracionado de CO2 versus o treinamento muscular do assoalho pélvico (TMAP) em mulheres com IUE. Métodos: Uma revisão narrativa sobre a IUE e o laser vaginal e um ensaio clínico randomizado e o seu protocolo de estudo sobre o efeito do laser fracionado de CO2 versus TMAP em mulheres com IUE foram realizados. No ensaio clínico randomizado, não cego e de não – inferioridade, 94 mulheres com IUE foram randomizadas em dois grupos: grupo laser de CO2 (n=47) e grupo TMAP (n=47). No grupo laser de CO2 (Monalisa, DEKA), as participantes receberam três sessões de laser com intervalo de um mês entre as sessões e no grupo TMAP, 12 sessões de TMAP, duas vezes por semana. No desfecho primário, a diferença média dos escores do International Continence Incontinence Questionnaire – Urinary Incontinence – Short Form (ICIQ-SF) entre os grupos laser de CO2 e TMAP foi avaliada em três e seis meses de seguimento. E como desfechos secundários foram avaliados os sintomas do assoalho pélvico através do Pelvic Floor Impact Questionnaire (PFIQ-7), a função sexual através do Female Sexual Function Index (FSFI) e a melhora da IUE após as intervenções através do Patient Global Impression of Improvement (PGI-I). Resultados: Na revisão narrativa, uma história clínica detalhada, um exame físico criterioso e exames complementares são fundamentais na avaliação da IUE. Além disso, os três tipos de laser (laser de CO2, o Yag laser e o laser de Erbium) apresentam mecanismo de ação semelhante no tratamento de mulheres com IUE. O protocolo de estudo detalhou a metodologia e o cronograma de realização do ensaio clínico randomizado. Por fim, no ensaio clínico randomizado de não-inferioridade, o laser fracionado de CO2 ao ser comparado com o TMAP, foi não-inferior em três e seis meses de seguimento nas análises por protocolo e de intenção de tratar. A melhora da IUE foi observada em ambos os grupos. Conclusão: Ao ser comparado com a fisioterapia e a cirurgia de sling, o uso do laser vaginal para o tratamento da IUE revelou-se um método experimental, carecendo de estudos randomizados futuros para comprovar a sua eficácia e segurança. No entanto, o laser é um procedimento minimamente invasivo e preenche uma lacuna no fluxograma de tratamento para a IUE. O laser de CO2 mostrou-se não-inferior ao TMAP para o tratamento da IUE após três e seis meses de seguimento
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Abstract: Introduction: Although surgical treatment is considered the gold standard for Stress Urinary Incontinence (SUI), it is necessary to offer non-invasive treatments for women with this condition. Objective: To compare the efficacy and safety of CO2 laser versus pelvic floor muscle training...
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Abstract: Introduction: Although surgical treatment is considered the gold standard for Stress Urinary Incontinence (SUI), it is necessary to offer non-invasive treatments for women with this condition. Objective: To compare the efficacy and safety of CO2 laser versus pelvic floor muscle training (PFMT) in women with SUI. Methods: A narrative review on SUI and vaginal laser and a randomized clinical trial and its study protocol on the effect of fractional CO2 laser versus PFMT in women with SUI were performed. In the randomized, non-blind, non-inferiority clinical trial, 94 women with SUI were randomized into two groups: the CO2 laser group (n=47) and the PFMT group (n=47). In the CO2 laser group (Monalisa, DEKA), participants received three laser sessions with an interval of one month between sessions and in the TMAP group, 12 TMAP sessions, twice a week. In the primary outcome, the mean difference in the International Continence Incontinence Questionnaire – Urinary Incontinence – Short Form (ICIQ-SF) scores between the CO2 laser and TMAP groups was evaluated at three and six months of follow-up. And as secondary outcomes, pelvic floor symptoms, sexual function and improvement in SUI were evaluated after interventions using validated questionnaires, in the same follow-up periods (three and six months). Results: In the narrative review, a detailed clinical history including the investigation of complaints and symptoms of the lower urinary tract in addition to a careful physical examination and complementary tests are essential in the assessment of SUI. Furthermore, the three types of laser (CO2 laser, Yag laser and Erbium laser) have a similar mechanism of action in the treatment of women with SUI. The study protocol detailed the methodology and timeline for conducting the randomized clinical trial. Finally, in the non-inferiority randomized clinical trial, the fractional CO2 laser, when compared with TMAP, was non-inferior at three and six months of follow-up in the per-protocol and intention-to-treat analyses. Improvement in SUI was observed in both groups. Conclusion: When compared with physiotherapy and sling surgery, the use of vaginal lasers for the treatment of SUI proved to be an experimental method, requiring future randomized studies to prove its efficacy and safety. However, the laser is a minimally invasive procedure and fills a gap in the treatment flowchart for SUI. The CO2 laser proved to be non-inferior to TMAP for the treatment of SUI after three and six months of follow-up
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Aberto
Brito, Luiz Gustavo Oliveira, 1980-
Orientador
Juliato, Cássia Raquel Teatin, 1975-
Coorientador
Monteiro, Marilene Vale de Castro
Avaliador
Haddad, Jorge Milhem
Avaliador
Baccaro, Luiz Francisco Cintra, 1980-
Avaliador
Pedro, Adriana Orcesi, 1966-
Avaliador
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