Resumo: Este trabalho de pesquisa pode ser entendido resumidamente como um exercício confabulatório. Objetiva-se experenciar modos outros de pensar as práticas docentes pela confabulação de contextos e peripécias produzidos no espaço escolar. O trabalho aqui proposto justifica-se pela dimensão transformadora que a experiência da escrita, como exercício do pensamento, pode suscitar. Por essa justificativa a pesquisa encontra sua hipótese: se nos deparamos com as estratificações do tecido social em constante precarização, automatizada, normatizada, instituída, talvez o percurso a ser tomado esteja justamente nas errâncias de uma escrita que se propõe cartográfica. Quanto ao referencial teórico há predileção por autores que em suas linhas teóricas possibilitam a multiplicidade, a imanência, os afetos, as diferenças. Entre os autores mais referenciados estão Michel Foucault e Gilles Deleuze, por suas ferramentas na análise desse tempo-espaço presente, histórico e geográfico, além de bell hooks e seus escritos sobre educação, prática pedagógica e o corpo da professora. A pesquisa apresenta-se em três partes propositivas: primeiramente um aporte teórico que abarca questões sobre a escola (governamento, ordenamento, hierarquização, espaço, tempo etc.). Segundamente um ensaio metodológico para referenciar as possibilidades de um (ou múltiplos) eu(s) como correlativo histórico da tecnologia construída no curso de nossa história, estando inclusa a linguagem escrita. Por fim, compõe-se a partir de um território de inquietações e confabulações que são ambientadas na escola – e para além dela – não recusando as inferências teóricas, mas torcendo-as nas miríades das experiências escolares normalizadas e normatizadas Ver menos

Abstract: This research work can be succinctly understood as an exercise of confabulation. The objective is to experience other ways of thinking about teaching practices through the confabulation of contexts and adventures produced in the school space. The proposed work is justified by the transformative dimension that the experience of writing, as an exercise of thought, can elicit. Based on this justification, the research finds its hypothesis: if we encounter the stratifications of the social fabric in constant precarization, automation, normalization, institutionalization, perhaps the path to be taken lies precisely in the loss of the trail of certainties of a writing that proposes to be cartographic. As for the theoretical framework, there is a preference for authors who, in their theoretical lines, enable multiplicity, immanence, affects and differences. Among the most referenced authors are Michel Foucault and Gilles Deleuze, for their tools in analyzing this present, historical and geographical time-space. In addition, bell hooks and her writings on education, pedagogical practice and the body of the teacher. The research is presented in three propositional parts: firstly, a theoretical contribution that covers issues about the school (governance, ordering, hierarchization, space, time etc.). Secondly, a methodological essay to reference the possibilities of a multiple selves as a historical correlative of technology built throughout our history, including written language. Finally, it is composed from a territory of inquiries, percepts, and affects, confabulations that are set in the school - and beyond it - not rejecting theoretical inferences but twisting them within the myriads of normalized and standardized school experiences Ver menos